França identifica 182 mil passaportes sanitários falsos
20 de dezembro de 2021
Pena para uso e venda de falsificações pode chegar a cinco anos de prisão e multa de 75 mil euros. Desde junho, documento é obrigatório para o acesso a restaurantes, museus, cinemas e no transporte público.
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A França anunciou nesta segunda-feira (20/12) que 182.000 passaportes sanitários falsos foram identificados pelas autoridades no país desde que o documento passou a ser exigido para o acesso em muitos locais, em junho.
Desde o verão europeu, para entrar em lugares como cinemas, restaurantes, museus e transportes públicos, na França, é obrigatório apresentar um comprovante de vacinação contra a covid-19, de recuperação da doença ou um teste negativo recente.
O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, destacou no Twitter que o uso, produção ou venda de passaportes médicos falsificados pode resultar em até cinco anos de prisão e multa de até 75.000 euros (o equivalente a cerca de R$ 484 mil).
Governo quer ajustes no passaporte sanitário
Nas últimas semanas, o número de novas infecções na França aumentou significativamente. Na quinta-feira, a taxa de infecção era de 530 pessoas a cada 100 mil habitantes. Diante da situação, o governo francês quer ajustar o passaporte sanitário no ano que vem. Desta forma, um teste negativo não deve mais ser suficiente para acessar vários lugares, anunciou o primeiro-ministro Jean Castex.
O passaporte sanitário deverá se converter em um certificado de vacinação. Castex não mencionou se um atestado de recuperação da doença seguiria sendo válido.
Na França, 71,7% das pessoas estão completamente vacinadas contra a covid-19. No entanto, como em muitos países europeus, uma boa parcela da população se nega a receber o imunizante e acaba recorrendo a meios ilícitos para comprovar imunidade.
Alemanha tem mais de 6.000 falsificações
Na Alemanha, desde que a lei se tornou mais rígida, em novembro, os escritórios de investigação criminal estaduais responsáveis relataram pelo menos 6.543 investigações sobre fraude em carteiras de vacinação, de acordo com o portal de notícias "Business Insider".
Autoridades afirmam que o número real de falsificações é muito superior ao divulgado, já que nem todos os escritórios de investigação criminal estaduais foram capazes de fornecer dados exatos.
le (dpa, ots)
As vacinas contra covid-19 aprovadas na UE
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) liberou cinco imunizantes para combater a pandemia causada pelo vírus Sars-Cov-2. Saiba de onde vêm e como funcionam.
Foto: Christof STACHE/AFP
Pfizer-Biontech (BNT162b2)
Desenvolvida pela alemã Biontech e produzida pela americana Pfizer, é uma vacina de RNA mensageiro (mRNA). Seu princípio é fazer o próprio corpo produzir a proteína do vírus. Depois que o material é injetado no corpo humano, ele instrui o organismo a produzir a proteína, incentivando a fabricação de anticorpos contra Sars-Cov-2. O produto exige a aplicação de duas doses.
Foto: Liam McBurney/REUTERS
AstraZeneca (AZD1222 ou ChAdOx1 nCoV-19)
A tecnologia usada chama-se vetor viral recombinante, que usa um adenovírus incapaz de causar doenças. No corpo humano, a vacina incentiva a produção da proteína do coronavírus, que o sistema imune reconhece como ameaça e destrói. Quando o Sars-Cov-2 infecta o organismo de verdade, o corpo reconhece e combate o vírus. São necessárias duas doses.
Foto: Marco Passaro/Independent Photo Agency Int./imago images
Moderna (mRNA-1273)
Também usa a tecnologia de RNA mensageiro, que imita a proteína spike, específica do vírus Sars-CoV-2, que ajuda na invasão das células humanas. A cópia não é nociva como o vírus, mas desencadeia uma reação das células do sistema imune. Ela também deve ser aplicada em duas doses. Como todas as vacinas contra covid-19, é aplicada em forma de injeção intramuscular.
Foto: Markus Mainka/dpa/picture-alliance
Janssen, da Johnson&Johnson (Ad26.COV2-S)
O produto da farmacêutica Janssen exige a aplicação de apenas uma dose. Sua tecnologia é baseada em vetores de um tipo de vírus que causa resfriado comum. Na vacina, parte da proteína das espículas do vírus é colocada no adenovírus (que é o transportador). No corpo vacinado, inicia-se um processo de defesa, com a produção de anticorpos contra o invasor e a criação de uma "memória" contra o vírus.
Foto: Michael Ciaglo/Getty Images
Nuvaxovid, da Novavax (NVX-CoV2373)
A quinta vacina aprovada pela União Europeia contra o coronavírus é a Nuvaxovid, fabricada pela americana Novavax. Ela é baseada em proteínas, ou seja, contém pequenas partículas proteicas do vírus Sars-CoV-2 produzidas em laboratório. Com isso, as proteínas atuam como anticorpos neutralizantes e, assim, bloqueiam o vírus causador de covid-19.