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SaúdeFrança

França libera vacina de Oxford para pessoas até 75 anos

2 de março de 2021

Depois de autoridade de saúde rever recomendação para vacina da AstraZeneca, ministro anuncia que imunizante será usado também em pessoas entre os 65 e 74 anos.

Vacina da AstraZeneca
Outros países da União Europeia também deverão rever suas restrições à vacina da AstraZenecaFoto: Andreas Arnold/dpa/picture alliance

O governo da França decidiu liberar a vacina de Oxford para pessoas até 75 anos com doenças pré-existentes, como diabetes ou pressão alta, anunciou nesta segunda-feira (1º/03) o ministro da Saúde, Olivier Veran.

Até então, a vacina fabricada pela empresa AstraZeneca estava liberada apenas para pessoas com menos de 65 anos, sendo que de 50 até 65 anos apenas em casos de doenças pré-existentes. A justificativa era a falta de dados sobre o efeito da vacina em idosos.

Veran afirmou, em entrevista à emissora France 2, que os maiores de 75 continuarão recebendo vacinas da Pfizer e da Moderna.

A mudança foi anunciada após a divulgação dos resultados de um estudo em condições reais feito no Reino Unido com mais de 5 milhões de pessoas.

A Alta Autoridade de Saúde (HAS), o órgão cujas recomendações fundamentam as decisões do governo francês, justificou nesta terça-feira a decisão de alterar sua recomendação para a vacina de Oxford com base nesse estudo.

A HAS recomenda agora o uso da vacina de Oxford também para pessoas com mais de 65 anos. A autoridade de saúde argumentou que, no estudo britânico, o número de hospitalizações caiu 85% no grupo de 18 a 64 anos, 79% no grupo entre 65 e 79 anos e 81% entre os maiores de 80 anos que foram vacinados.

Também com base no estudo, realizado na Escócia, a autoridade de saúde francesa recomenda agora que as duas doses da vacina da AstraZeneca sejam aplicadas com um intervalo de 12 semanas.

Outra recomendação é que pessoas que tenham sido contaminadas pelo novo coronavírus recebam apenas uma dose de vacina contra a covid-19.

A França vacinou 4 milhões e meio de pessoas e usou menos de um quarto do 1,1 milhão de vacinas da AstraZeneca que recebeu por causa das restrições em vigor.

Outros países da União Europeia também deverão em breve rever suas restrições à vacina da AstraZeneca após o estudo feito no Reino Unido.

as/lf (Reuters, AFP, Efe)