País encerra estado de emergência em razão da pandemia. Reimposição de lockdowns e obrigatoriedade do uso de máscaras exigirão aprovação no Parlamento. Áustria elimina quarentena obrigatória para pessoas infectadas.
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A França removeu todas as restrições referentes à pandemia de covid-19 que vinham sendo impostas a estrangeiros nos pontos de entrada do país.
O estado de emergência que havia sido declarado para combater o coronavírus foi encerrado nesta segunda-feira (01/08), por meio de uma nova lei. Até esta data, o governo podia adotar as medidas que visse como necessárias sem o envolvimento do Legislativo.
A partir de agora, os viajantes que chegarem à França não precisarão mais cumprir regras como a apresentação de comprovantes de vacinação ou de testes com resultado negativo. Pessoas provenientes de outros países da União Europeia tinham a opção de exibir comprovação de cura recente da doença, algo que também não será mais necessário.
O certificado digital de vacinação exigido para a participação em eventos culturais ou esportivos – que teve êxito durante o combate à pandemia – não é mais válido e somente poderá ser reintroduzido após aprovação no Parlamento.
O mesmo se aplica a medidas como lockdowns, toques de recolher e à obrigatoriedade do uso de máscaras. A lei também prevê o fim da imposição do uso da proteção facial para os profissionais de saúde, mas a decisão final caberá às principais autoridades sanitárias do país.
Caso surjam novas e perigosas variantes do coronavírus, o governo francês poderá reinstaurar medidas como a obrigatoriedade da apresentação de testes negativos antes dos embarques em voos rumo ao país.
A França acumula mais de 33,9 milhões de infecções e 153 mil mortes em razão da doença desde o início da pandemia. Na semana passada, foram registrados 375 mil novos casos e 633 óbitos, com 81,21% da população totalmente vacinada, segundo dados da Universidade Johns Hopkins.
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Fim da quarentena obrigatória na Áustria
A Áustria, por sua vez, decidiu pelo relaxamento da maior parte das restrições, como o fim da quarentena obrigatória.
A partir desta segunda-feira, os cidadãos que testarem positivo para covid-19, mas que estiverem assintomáticos, poderão sair de suas casas, mas ainda terão de usar máscaras PFF2 se não estiverem em ambientes externos ou a uma distância mínima de dois metros de outras pessoas.
Também será permitido que os que testarem positivo possam ir trabalhar, mas somente nas profissões onde seja possível usar máscaras. Para as pessoas que apresentarem resultado positivo em testes de antígenos, o uso de máscaras será obrigatório em ambientes internos ou em distâncias de menos de dois metros em relação aos demais.
Os que testarem positivo continuam proibidos de entrar nos jardins de infância, casas de repouso e hospitais, embora a regra não seja válida para os funcionários desses locais. A Áustria acumula 4,7 milhões de casos e 20,3 mil mortes atribuídas à covid-19.
rc/bl (dpa, ots)
Os 10 vírus mais perigosos do mundo
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.