Emmanuel Macron e a extremista Marine Le Pen devem passar para o segundo turno, numa repetição do duelo de 2017. Apatia de parte do eleitorado e crescimento da ultradireita adicionam incerteza sobre resultado final.
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Os eleitores franceses decidem neste domingo (10/04) quais serão os dois candidatos que vão passar ao segundo turno das eleições presidenciais. Doze postulantes se apresentam, porém as mais recentes pesquisas eleitorais indicam um cenário de déjà vu. Os dois lugares da segunda rodada devem ser ocupados pelos mesmos personagens da eleição de 2017: Emmanuel Macron, de centro-direita e vencedor do pleito anterior, e Marine Le Pen, veterana política de extrema direita.
Em terceiro lugar no primeiro turno aparece outro rosto conhecido: Jean-Luc Mélenchon, populista de esquerda, que ficou pouco atrás de Le Pen no primeiro turno da eleição passada. Tanto o socialista quanto a radical Le Pen disputam a Presidência pela terceira vez
Macron, que tomou de assalto a eleição de 2017, apresentando-se como jovem independente com um discurso otimista pró-europeu, também já não pode contar com a vantagem de se vender como uma novidade no sistema político.
E novamente partidos tradicionais de esquerda e direita, que por décadas dominaram a política francesa e se alternaram no poder, devem voltar a agonizar nas urnas, ficando mais uma vez de fora do segundo turno. Combinados, o Partido Socialista (PS) e os Republicanos mal devem passar de 10% dos votos neste domingo.
E novamente o pleito francês levanta preocupações sobre o crescimento da extrema direita na França e acende o alerta em outros países da União Europeia. Essa também é a terceira vez que um candidato de extrema direita deve passar para o segundo turno, repetindo os pleitos de 2002 e 2017, que transformam a próxima rodada, em diferentes escalas, não só em disputas de projetos, mas em corridas para deter a direita radical.
Sai o terrorismo, entra o poder de compra
Alguns temas que encabeçam as prioridades dos eleitores também permanecem os mesmos nesta campanha: emprego, saúde, aposentadorias. Mas tópicos como meio ambiente e combate ao terrorismo perderam espaço em relação a 2017 (à época a França saía de uma longa série de atentados).
Agora, a queda no poder de compra encabeça as preocupações dos franceses, diante da inflação e aumento dos preços de energia.
O pleito também volta a ocorrer em meio a um cenário externo tumultuado. Em 2017, eram acontecimentos recentes como o Brexit e a eleição de Donald Trump nos EUA que forneciam apreensão adicional. Desta vez, são os efeitos da pandemia e a guerra de agressão russa na Ucrânia.
No entanto, o cenário na França desta vez se apresenta menos embolado do que no primeiro turno de cinco anos atrás, quando quatro candidatos chegaram à reta final com chances de passar para o segundo turno, tornando a composição da rodada final mais imprevisível.
As eleições francesas raramente são decididas no primeiro turno: desde o início da Quinta República, em 1958, apenas o general Charles de Gaulle conseguiu o feito.
Um segundo turno que se desenha imprevisível
Mas se os personagens do segundo turno já podem ser identificados de antemão, o resultado da próxima rodada de votação, marcada para 24 de abril, mostra-se mais complicado.
Em 2017, as pesquisas davam como certo que Macron, que se vendia como centrista reformista, facilmente derrotaria a eurocética e pessimista Le Pen no segundo turno. Macron venceu aquela segunda rodada com 66,06% dos votos válidos, contra 33,04% de Le Pen.
Agora, Macron ainda aparece à frente em praticamente todos os levantamentos. Mas sua vantagem no segundo turno é raquítica se comparada a 2017: maioria das pesquisas o mostra apenas entre dois e seis pontos percentuais à frente de Le Pen.
Apatia do eleitorado e enfraquecimento do "cordão sanitário"
O segundo turno de 2017 ainda havia sido marcado por um comparecimento mais fraco do que no primeiro – o oposto do que havia ocorrido em 2002. Ao todo, 25,8% dos eleitores deixaram de comparecer às urnas nesse turno; no primeiro foram 22,23%.
Agora, pesquisas indicam que 30% dos eleitores podem se abster neste domingo logo no primeiro turno – se confirmada, será a maior porcentagem da história das eleições presidenciais francesas. "A apatia dos eleitores está colocando um segundo mandato de Macron em risco", avaliou o site Politico.eu.
Por outro lado, a alta abstenção também pode prejudicar Le Pen, já que uma boa parte dos eleitores que não pretendem votar inclui trabalhadores menos qualificados, que tendem a votar no partido da candidata.
A apatia ainda deve influenciar a formação de um eventual "cordão sanitário" para apoiar Macron no segundo turno. A quarta candidata mais bem posicionada nas pesquisas, com 8,5%, Valérie Pécresse, dos Republicanos, afirmou nesta semana que não pretende declarar apoio no segundo turno – em contraste com François Fillon, que em 2017 disputou a presidência pela sigla e se apressou em apoiar Macron.
Jean-Luc Mélenchon, por sua vez, já indicou que deve seguir a mesma estratégia de 2017: consultar sua base e no máximo sugerir que seus eleitores não votem na extrema direita, sem apoiar ativamente Macron.
No pleito de 2017, 36% dos eleitores de Mélenchon escolheram se abster ou votar nulo/branco no segundo turno; 53% votaram em Macron e 11% se distanciaram da ultraesquerda para votar em Le Pen. Desta vez, a proporção de eleitores de Mélenchon passíveis de votarem na extrema direita pode passar de 20%, segundo levantamentos. Já a abstenção/brancos/nulos arrisca ultrapassar 50%.
A força e a fraqueza de Macron
Apesar de não demonstrar a mesma força eleitoral de outrora, Macron ainda tem algumas armas que o mantém como favorito a conquistar um segundo mandato, algo que nenhum presidente francês conseguiu desde 2002.
A economia é seu principal argumento para convencer o eleitorado de que as reformas de seu mandato estão rendendo frutos.
A economia francesa se recuperou mais rápido do que se esperava da pandemia, com um crescimento de 7% em 2021, o maior em 52 anos. Por sua vez, a taxa de desemprego foi a mais baixa em uma década e os investimentos estrangeiros pouco a pouco voltaram a fluir.
Por outro lado, muitos se perguntam se os ganhos econômicos se refletiram no bolso dos cidadãos. Pesquisas entre o eleitorado citam como a principal preocupação a perda de poder aquisitivo em consequência da inflação.
Macron ainda se viu recentemente sob críticas ao apresentar projetos impopulares, como o aumento da idade mínima para aposentadoria dos atuais 62 para 65 anos, e reformas na concessão de benefícios de renda mínima pelo Estado.
O atual presidente ainda entrou tardiamente na campanha, anunciando oficialmente sua candidatura à reeleição no início de março, um dia antes do prazo final. Nas semanas seguintes, evitou eventos presenciais de campanha e participar de debates com outros candidatos, preferindo buscar protagonismo como um mediador na guerra na Ucrânia.
A estratégia foi inicialmente benéfica para Macron, que conseguiu imprimir uma imagem de estadista e subir nas pesquisas, mas o efeito logo passou, especialmente quando os franceses começaram a se mostrar mais preocupados com os impactos do conflito na economia.
"Normalização" da extremista Le Pen
Herdeira de um clã político que há décadas assombra a França, Marine Le Pen exibiu nesta campanha o produto de um longo e intenso trabalho de suavização da sua imagem radical.
Desta vez, focou em temas sociais, como diminuição dos impostos e aumento de salários e aposentadorias, com o objetivo de aumentar seu apelo junto ao eleitorado, até mesmo entre os que costumavam votar na esquerda. Em 2017, sua campanha focou especialmente no combate à imigração e na defesa de um "Frexit".
Agora, as agendas anti-imigração e anti-UE passaram a ser abordadas com um vocabulário menos explicito. Com o choque causado pela guerra na Ucrânia, ela ainda tratou de minimizar sua admiração pelo presidente russo, Vladimir Putin.
Numa campanha personalista, ela também tentou se pintar como uma pessoa comum, oferecendo um contraste com o fundador da Frente Nacional, antecessora do Reagrupamento Nacional: seu pai, Jean-Marie Le Pen, que se destacava mais nas campanhas eleitorais por declarações antissemitas e abertamente racistas. Uma das primeiras medidas desse longo rebranding, iniciado antes mesmo da eleição passada, incluiu a expulsão em 2015 de Jean-Marie da legenda.
Ao longo da campanha, Marine Le Pen chegou a ser ameaçada pela candidatura de Eric Zemmour, comentarista televisivo que ganhou notoriedade por defender uma agenda ainda mais radical que a de Marine, atraindo eleitores que se sentiam órfãos do estilo violento de Jean-Marie.
Em 2021, Zemmour chegou a aparecer à frente de Marine em algumas pesquisas, mas a ascensão dele não seria duradoura. O jornalista acabou perdendo fôlego, em parte devido a sua inabilidade em abordar a apreensão do eleitorado com a inflação. E no longo prazo, longe de causar danos duradouras a Le Pen, com seu radicalismo aberto Zemmour acabou por ajudar a normalizar ainda mais a imagem da rival, oferecendo um contraste negativo involuntário.
Mas se o estilo de Marine pareceu mais palatável que o de Zemmour, o conteúdo não difere tanto assim, avaliam adversários. "Seus fundamentos não mudaram: é um programa racista que visa dividir a sociedade e é muito brutal. É um programa de saída da Europa, embora ela não o diga claramente", afirmou Macron recentemente.
Embora tenha ficado em segundo plano na sua campanha, Marine Le Pen ainda defende deter o que chama de "imigração descontrolada" e "erradicar as ideologias islâmicas". Ela também não esconde que pretende recorrer a ferramentas populistas como referendos para mudar a Constituição, contornando a Assembleia Nacional. Em vez de se referir explicitamente a tirar a França da UE, ela fala de renegociar tratados e diminuir as contribuições financeiras do país ao bloco.
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Mélenchon e a fragmentação da esquerda
Único candidato que nesta semana final ainda mostrou capacidade de ameaçar a ida de Le Pen ao segundo turno, o esquerdista Jean-Luc Mélenchon ampliou nos últimos dias apelos pelo "voto útil" entre o campo fragmentado da esquerda francesa, dividida nesta eleição em seis candidaturas, que vão da ecologia ao anticapitalismo.
Mélenchon, que aparece com até 17,5% das intenções em pesquisas recentes, havia ficado apenas dois pontos percentuais atrás de Le Pen no primeiro turno de 2017. Sem ele, as outras cinco candidaturas de esquerda mal somam 11% dos votos.
Ao longo da corrida, ocorreram tentativas de formar uma "frente única de esquerda" para contrabalancear a força da direita neste pleito. Militantes chegaram a organizar o que chamaram de "primárias populares" em janeiro, para escolher um candidato único no campo. A enquete deu vitória à ex-ministra Christiane Taubira. No entanto, os demais candidatos não aceitaram a iniciativa. Nesta semana, a própria Taubira pediu "voto útil" para Mélenchon.
Líder do movimento França Insubmissa, Mélenchon passou os últimos dias numa trajetória ascendente, semelhante a que ocorreu em 2017. Ele defende um programa mais ousado que a maioria dos seus adversários na esquerda, com vários contornos populistas, como uma "refundação" da República, congelamento de preços, saída da França da Otan e instituição do voto obrigatório a partir dos 16 anos.
Derrocada interminável dos partidos tradicionais
O primeiro turno também confirma mais uma vez o declínio de duas legendas tradicionais de esquerda e direita da França: o Partido Socialista (PS) e Os Republicanos – este último o sucessor de uma série de partidos de direita gaullista.
Neste pleito, o PS está representado pela prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que deve amargar apenas 2% dos votos – um resultado ainda pior do que os 6,36% de seu correligionário Benoît Hamon no pleito de 2017, quando a legenda penou por causa da impopularidade do então presidente François Hollande. Com diminutas intenções de voto de 5%, Hidalgo arrisca nem mesmo ter os custos de campanha reembolsados pelo Estado.
Entre Os Republicanos a situação não é muito melhor: a candidata da legenda, Valérie Pécresse, aparece com no máximo 8,5 % das intenções, bem abaixo dos 20% obtidos por François Fillon em 2017.
Sucessores da antiga União por um Movimento Popular – legenda dos ex-presidente Jacques Chirac e Nicolas Sarkozy –, os Republicanos penaram nessa campanha no campo congestionado da direita e com a consolidação do outsider Macron como a figura preferida do eleitorado pró-negócios. A presença dos extremistas Le Pen e de Zemmour na corrida também tornou ineficaz a estratégia de Pécresse de fazer acenos para eleitores mais radicais em temas como imigração.
O mês de abril em imagens
O mês de abril em imagens
Foto: Thibault Camus/AP/picture alliance
Meca sem distanciamento
Após dois anos de restrições da pandemia, um milhão de fiéis de diversos países puderam participar novamente da peregrinação muçulmana a Meca este ano. No período anterior, apenas peregrinos da Arábia Saudita eram convidados para a Haje até Meca. O mês inteiro de abril é o Ramadã para os muçulmanos, e representa um dos cinco pilares do Islã, com muito tempo reservado para jejum e oração. (30/04)
Foto: Saudi Press Agency/REUTERS
Carpas penduradas no céu
Os cata-ventos em forma de carpa Koinobori são um elemento enraizado nos festivais tradicionais da história japonesa. Já no período Edo (entre 1600 e 1800), as coloridas fitas de carpa eram usadas como símbolo do sucesso e de crianças. Hoje, elas podem ser vistas em todo o país, especialmente na época do Dia da Criança Japonesa, que é comemorado em 5 de maio. (29/04)
Foto: Kiichiro Sato/AP Photo/picture alliance
Chefe da ONU reúne-se com Zelenski em Kiev
O secretário-geral da ONU, António Guterres, encontrou-se com o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, em Kiev. Eles debateram principalmente a difícil situação em Mariupol, onde milhares de civis aguardam a criação de corredores humanitários para deixar a cidade. Guterres classificou a invasão russa como "absurda". Durante a visita, a capital foi atingida por bombardeios. (28/04)
Foto: VALENTYN OGIRENKO/REUTERS
UE acusa Rússia de chantagem
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recebeu com indignação o anúncio de que a Rússia iria interromper o fornecimento de gás natural para a Polônia e a Bulgária, ambos membros da União Europeia (UE), mas garantiu que o bloco já estava preparado para eventuais cortes e planeja uma resposta "coordenada". (27/04)
Para os japoneses, a flor de cerejeira é um momento importante no decorrer do ano. Ela simboliza o início da primavera, partida e passagem, e é celebrada com o tradicional Festival da Flor de Cerejeira. Felizmente, não é preciso viajar até o Japão para vivenciar essa tradição. Também em Hamburgo, há uma homenagem festiva às delicadas flores cor-de-rosa todos os anos nesta época. (26/04)
Foto: Markus Tischler/IMAGO
Nuvem de cinzas na Indonésia
Uma nuvem de cinzas a cerca de 3 mil metros de altura formou-se acima do Anak Krakatau, localizado no estreito entre as ilhas de Java e Sumatra. Desde meados de janeiro, autoridades locais de gestão de desastres vêm registrando aumento da atividade sísmica. O vulcão entrou em erupção pela última vez em dezembro de 2018, quando parte da cratera se rompeu e caiu no mar, provocando tsunami. (25/04)
Foto: Dziki Oktomauliyadi/AFP/Getty Images
Macron é reeleito na França
O centrista Emmanuel Macron venceu a extremista de direita Marine Le Pen no segundo turno da eleição presidencial francesa. Segundo as primeiras estimativas, Macron venceu com cerca de 58,2% dos votos, contra 41,8% de Le Pen. Apesar da derrota, esse foi o maior resultado já obtido por um candidato de extrema direita na história da França. (24/04)
Foto: LUDOVIC MARIN/AFP
Carnaval em abril
Depois de um hiato de dois anos devido à pandemia de covid-19, as escolas de samba do Rio de Janeiro voltaram a desfilar na Marquês de Sapucaí, em um carnaval fora de época. Em janeiro, os desfiles foram adiados para abril, pois o país enfrentava o avanço da variante ômicron e a alta de casos de covid-19. São Paulo também realizou os desfiles no feriadão de Tiradentes. (23/04)
Foto: Wagner Meier/Getty Images
Brasil encerra estado de emergência para conter a covid-19
Ministro da Saúde. Marcelo Queiroga, contraria especialistas e assina decreto que põe fim a medidas sanitárias contra o coronavírus. Decisão não impede estados e municípios de aplicar regras. O fim do estado de emergência foi criticado por especialistas que afirmam que, apesar da queda recente nas infecções, este ainda não seria o momento ideal para pôr fim à medida. (22/04)
Foto: Reuters/S. Moraes
Combatentes ucranianos cercados em siderúrgica em Mariupol
O líder russo, Vladimir Putin, decretou a conquista da estratégica cidade de Mariupol, alvo de intensos bombardeios desde o inicio da invasão russa. No entanto, 2 mil combatentes ainda resistem em uma siderúrgica repleta de túneis. Putin ordenou suas tropas a não invadirem e somente cercarem o local, de modo que "nem uma mosca" consiga passar. Prefeito acusa Moscou de crimes de guerra. (21/04)
Rússia realiza teste com míssil balístico intercontinental
A Rússia realizou o primeiro teste com o míssil intercontinental Sarmat. O presidente Vladimir Putin comemorou o lançamento, ocorrido em meio a extrema tensão geopolítica gerada pela invasão russa à Ucrânia. Ele disse que o novo armamento supera defesas antimísseis e garante proteção contra "ameaças externas". Os EUA, porém, disseram que o míssil não representa perigo para o Ocidente. (20/04)
Foto: Russian Defence Ministry/AFP
Gelo marinho na Antártida tem redução recorde
Estudo de pesquisadores chineses afirma que continente antártico pode ser mais suscetível às mudanças climáticas do que se imaginava. Pela 1ª vez, cobertura de gelo fica abaixo de 2 milhões de km². Principal causa é o aquecimento global. Diminuição da cobertura de gelo é uma das principais preocupações relacionadas ao clima, uma vez que ajuda a acelerar o aquecimento do planeta. (19/04)
Foto: Natalie Thomas/REUTERS
Governo oficializa Victor Godoy como ministro da Educação
O governo federal oficializou Victor Godoy como ministro da Educação. Desde 30 de março, ele estava interinamente à frente da pasta, após o pedido de exoneração de Milton Ribeiro por suspeita de favorecer prefeituras na liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), tendo dois pastores como intermediários. (18/04)
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
"Páscoa de guerra"
O papa Francisco lamentou a "Páscoa de guerra" e pediu paz em sua tradicional bênção Urbi et Orbi. "Que haja paz na Ucrânia martirizada, tão duramente provada pela violência e destruição da guerra cruel e sem sentido para a qual foi arrastada. Que em breve amanheça uma aurora de esperança sobre esta terrível noite de sofrimento e morte". A celebração reuniu 100 mil fiéis no Vaticano. (17/04)
Foto: YARA NARDI/REUTERS
Início da temporada na praia berlinense de Wannsee
Depois de dois anos de pausa devido à pandemia de covid-19, a tradicional abertura da temporada da praia berlinense de Wannsee voltou a ser celebrada no final de semana da Páscoa. Dezenas aproveitaram para dar o primeiro mergulho no local, apesar do tempo nublado e temperaturas que não passaram de 10°C. (16/04)
Foto: Fabrizio Bensch/REUTERS
Confronto em Jerusalém
Um confronto entre palestinos e forças de segurança israelenses deixou ao menos 156 feridos na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, quando milhares de muçulmanos se reuniam para rezar durante o mês sagrado do Ramadã. Esse foi o episódio mais grave de violência registrado no local em quase um ano. (15/04)
Foto: Mahmoud Illean/AP Photo/picture alliance
Empurrando para o posto
Motoristas de riquixás empurram seus veículos em uma fila de Colombo, capital do Sri Lanka, para comprar gasolina em um posto. O país enfrenta a sua pior crise econômica das últimas décadas, e protestos estão tomando as ruas há semanas. Mas os manifestantes rejeitaram uma oferta para conversar com o primeiro-ministro, Mahinda Rajapaksa. Não há uma solução para a crise à vista. (15/05)
Depois de dois anos sem ocupar as ruas de Brasília devido à pandemia, o Acampamento Terra Livre levou à capital o maior número de participantes em seus 18 anos de história. Nos dez dias de programação, que termina nesta quinta-feira, mais de 7 mil indígenas de cerca de 200 povos estiveram no complexo da Fundação Nacional de Artes, segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil. (13/04)
Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Tiros no metrô de Nova York
Um ataque a tiros numa estação de metrô no Brooklyn, em Nova York, deixou mais de 20 feridos. Um homem usando um colete laranja semelhante ao da empresa de transporte metropolitano da cidade acendeu duas bombas de fumaça, antes de abrir fogo contra os passageiros em um vagão do metro. Nova York enfrenta uma onda de tiroteios e ataques. (12/04)
Foto: John Minchillo/AP Photo/picture alliance
Jornal alemão contrata russa que protestou contra guerra
O jornal alemão "Die Welt" anunciou a contratação da jornalista russa Marina Ovsyannikova, que ficou famosa após protestar contra a guerra na Ucrânia durante um noticiário da TV estatal russa. Ela será correspondente freelancer, reportando da Ucrânia e da Rússia, afirmou o jornal, em comunicado. A jornalista de 43 anos será também colaboradora do canal de notícias Welt na televisão. (11/04)
Foto: CHANNEL ONE/REUTERS
Corrida do segundo turno
O presidente da França, Emmanuel Macron, discursa para seus apoiadores em Paris após a divulgação de boca de urna do primeiro turno das eleições nacionais no país. Macron, que busca a reeleição, ficou em primeiro lugar e disputará o segundo turno contra Marine Le Pen, em 24 de abril. (10/04)
Foto: Ludovic Marin/AFP
Estacionamento de dinossauros
Os dinossauros são em tamanho real, alguns se movem, outros até rugem. O "Jurassic Empire Drive-Thru" fica no estacionamento de um centro comercial em Westminster, na Califórnia. Lá, é possível ir em um safári para admirar de perto os grandes dinos de plástico. Não se preocupe: as criaturas pré-históricas não mordem, dizem os organizadores. O evento é "seguro para toda a família". (09/04)
Foto: Jeff Gritchen/The Orange County Register via AP/picture alliance
Primeira missão tripulada privada à ISS decola com êxito
A primeira missão tripulada totalmente privada à Estação Espacial Internacional (ISS) decolou com sucesso do Kennedy Space Center, na Flórida, em uma parceria da empresa startup Axiom Space, com a Nasa e a SpaceX. No comando está o ex-astronauta da Nasa Michael Lopez-Alegria, que viaja acompanhado de três tripulantes, que pagaram 55 milhões de dólares cada para ficar oito dias na ISS. (08/04)
Foto: SpaceX/AP/dpa/picture alliance
Senado dos EUA confirma primeira mulher negra na Suprema Corte
O Senado dos Estados Unidos confirmou a juíza Ketanji Brown Jackson, de 51 anos, como magistrada do Supremo Tribunal de Justiça do país, tornando-a a primeira mulher negra a ocupar o cargo na mais alta instância judicial do país em 232 anos de história. Todos os 50 senadores democratas votaram a favor de Jackson, além de três republicanos - Susan Collins, Lisa Murkowski e Mitt Romney. (07/04)
Foto: Jacquelyn Martin/AP Photo/picture alliance
Papa beija bandeira vinda de Bucha
O papa Francisco criticou nesta quarta-feira (06/04) a "crueldade cada vez mais horrível" que atinge a Ucrânia e condenou o massacre na cidade ucraniana de Bucha, a poucos quilômetros de Kiev. Ele recebeu um grupo de crianças ucranianas que tiveram que fugir de seu país e beijou e abençoou uma bandeira vinda de Bucha, onde centenas de civis foram mortos. (06/04)
Em Chablis, na região vinícola da Borgonha, na França, os viticultores buscam maneiras de proteger as vinhas da geada, após um inverno excepcionalmente ameno em toda a Europa. Uma das estratégias foi instalar velas anticongelantes. A queda repentina da temperatura no início deste mês ameaça não apenas os vinhedos, mas também outras culturas. (05/04)
Foto: Thibault Camus/AP Photo/picture alliance
Zelenski visita cidade alvo de massacre
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, visitou Bucha, nos arredores de Kiev, e acusou as tropas russas de estarem por trás do massacre cometido na cidade. Ele pediu à comunidade internacional que reconheça o ocorrido em Bucha como genocídio. Mais de 400 corpos de civis foram recolhidos pelas autoridades, espalhados pelas ruas da cidade. Alguns, estavam com as mãos amarradas. (04/04)
Foto: Metin Aktas/AA/picture alliance
Doces viagens
Com este gigantesco pirulito, o Changi International Airport, de Cingapura, dá boas-vindas a seus visitantes de todo o mundo. Desde o início de abril, passageiros completamente vacinados contra a covid-19 podem voltar a entrar no país sem ter que se submeter a quarentena. (03/04)
Foto: Roslan Rahman/AFP/Getty Images
Ucrânia retoma controle da região de Kiev
As Forças Armadas da Ucrânia retomaram no sábado o controle de todo o território da região de Kiev, informou a ministra adjunta de Defesa do país, Hanna Malyar. O governo ucraniano disse ter reconquistado mais de 30 cidades e vilarejos na região da capital desde que Moscou anunciou que diminuiria sua presença no norte da Ucrânia para centrar esforços nos combates no leste e no sul do país. (02/04)
Foto: Rodrigo Abd/AP/picture alliance
Ataque a depósito de combustível em território russo
Um depósito de combustível da Rosneft na cidade de Belgorod, a 40 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, foi atacado na sexta-feira por dois helicópteros. O incêndio se alastrou por oito tanques, cada um deles com uma capacidade para 2 mil metros cúbicos. Moscou acusou Kiev pelo ataque, o primeiro em território russo desde o início da guerra. A Ucrânia negou envolvimento (01/04).