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Euro 2016 na França

28 de maio de 2010

Governo de Nicolas Sarkozy vê a principal competição de futebol da Europa como uma arma no combate contra a crise econômica e vai ajudar a bancar o evento. Turquia e Itália também eram candidatas.

Michel Platini anuncia a decisãoFoto: AP

A França foi escolhida nesta sexta-feira (28/05) para sediar o Campeonato Europeu de Futebol de 2016 – a Eurocopa 2016. O país superou a Turquia por apenas um voto na eleição entre os membros do comitê executivo (7 a 6 na segunda rodada de votação). A Itália também era candidata. O anúncio foi feito em Genebra, num evento organizado pela Uefa (União das Associações Europeias de Futebol).

Polônia e Ucrânia, que sediarão em conjunto a Euro 2012, estão tendo problemas com atrasos nas obras. Por isso, analistas afirmam que a inexperiência da Turquia em eventos desse porte pode ter influenciado a decisão do comitê.

Platini (d) campeão da Europa como jogador, em 1984Foto: picture-alliance / dpa

A França já foi duas vezes sede da Eurocopa: em 1960, na primeira edição, e em 1984, quando foi campeã, tendo como capitão Michel Platini, atual presidente da Uefa. Foi também palco de duas Copas do Mundo: em 1938 e em 1998, ano de seu único título mundial.

Futebol versus crise

Mesmo já tendo uma boa estrutura, a França trabalha com um orçamento de 1,7 bilhão de euros para seus estádios, e 39% desse dinheiro virá do setor público. Quatro novos estádios deverão ser construídos e os outros oito deverão passar por algum tipo de reforma.

O presidente Nicolas Sarkozy compareceu ao evento e considera que a Euro 2016 pode ter um papel importante para ajudar a França a superar a crise econômica e, por isso, vale o investimento.

"Quando eu conversei com a Federação Francesa de Futebol, nós nos perguntamos se queríamos nos candidatar em meio a uma crise", relatou. "Mas o esporte é uma resposta à crise. É justamente porque estamos numa crise que precisamos de esporte. Nada é mais poderoso que o esporte e, dentro dele, nada é mais poderoso que o futebol", argumentou.

França campeã do mundo em casa em 1998Foto: AP

A ministra francesas dos Esportes, Roselyne Bachelot, usou um argumento semelhante: "É uma resposta de otimismo, nós vamos superar a crise com medidas econômicas, sociais, estruturais, mas nós vamos superar a crise também por causa da confiança que o país tem em si, e um grande evento esportivo contribui nesse sentido".

Já Rama Yade, secretária de estado para o Esporte, lembrou um aspecto mais pragmático: "Há também repercussões econômicas porque é preciso movimentar o mercado de construção civil para construir quatro estádios e reformar oito".

Presidente da DFB aprova a escolha

Theo Zwanziger, presidente da Federação Alemã de Futebol (DFB, na sigla em alemão) e membro do comitê executivo, aprovou a decisão e disse que "a Uefa pode dormir tranquila".

"Parabéns à França, os franceses tinham mesmo o projeto mais completo. Todavia, é preciso dizer que a Turquia, que se candidatara pela terceira vez, conseguiu apresentar uma clara melhora em sua infraestrutura e teve grandes progressos como um todo", afirmou o dirigente.

Novidade do regulamento

A edição de 2016 marcará mais uma expansão da Eurocopa. O torneio, que tem hoje 16 participantes, passará a ter 24 seleções. Quando nasceu, em 1960, a competição era disputada por apenas quatro times.

As 24 seleções se dividirão em seis chaves, com os dois melhores de cada uma e os quatro melhores terceiros colocados avançando às oitavas-de-final. A partir desta fase, as equipes se enfrentam em partidas eliminatórias.

TM/dpa/afp/sid/rtr
Revisão: Alexandre Schossler

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