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Frentzen apresenta Arrows e suas modestas metas

(mw)27 de fevereiro de 2002

Junto com parceiro brasileiro, piloto alemão mostra carro para temporada que começa esta semana. Ex-vice-campeão mundial não reclama da falta de competitividade da nova escuderia e sonha em terminar corridas.

Uma temporada de incertezas. É o que espera de 2002 o vice-campeão mundial de 1997, Heinz-Harald Frentzen. Há dois dias do início dos treinos oficiais do primeiro grande prêmio do ano, na Austrália, o piloto alemão e seu parceiro brasileiro, Enrique Bernoldi, exibiram finalmente para o público o Arrows A23.

Penúltima colocada em 2001, a equipe inglesa é a última a apresentar seu carro para este ano. A cerimônia foi simples, na reta de chegada do autódromo Albert Park, em Melbourne, Austrália. Nem mesmo o chefe da escuderia, Tom Walkinshaw, compareceu.

Satisfação inicial

– Contratado há apenas duas semanas, Frentzen não sabe ainda sequer o que esperar de seu novo carro e equipe. "Não posso estimar como será a temporada. Ainda é muito cedo", afirma o alemão, vencedor de três corridas em sua carreira na F-1.

Mesmo assim, ele se diz satisfeito com o que já viu. "A Arrows possui uma boa equipe, com grande potencial. O carro tem muitos pontos positivos, coisas que os outros não possuem", garante o piloto. "Espero que elas também funcionem", ressalta. "O desempenho do motor Cosworth igualmente me surpreendeu", acrescenta.

Sem alternativa

– Frentzen sabe que esta é sua última chance de continuar na elite do automobilismo. Após ter sido demitido da Jordan em agosto, por falta de resultados, transferiu-se para a Prost, que teve falência decretada em janeiro. Quase tarde demais para buscar vaga noutra equipe. A Arrows foi a única opção.

Para conseguir o contrato, o alemão teve de reduzir drasticamente seu salário para 800 mil dólares anuais e comprovar em testes que era mais rápido que o holandês Jos Verstappen, que correra pela equipe em 2001 e ainda não havia renovado seu contrato.

Objetivos modestos

– Acostumado a trabalhar de equipes de maior reputação, Frentzen não se mostra preocupado com as humildes perspectivas para a temporada. "Também dá prazer desenvolver um carro. Até agora a equipe tem aceitado minhas sugestões e reivindicações", comenta.

"Ainda temos muito trabalho pela frente", acrescenta o alemão, que não esconde a modéstia de sua meta. Domingo, já ficará satisfeito se conseguir completar os 307,5 quilômetros do GP da Austrália. "Sobre o fim da temporada, ainda é cedo. Espero que a gente melhore gradualmente e nosso trabalho traga frutos", conclui.

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