1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
ClimaAfeganistão

Frio de até -33 °C deixa mais de 160 mortos no Afeganistão

29 de janeiro de 2023

Clima extremo provoca nevascas generalizadas, vendavais gelados e interrupções regulares do fornecimento de eletricidade, agravando situação já crítica da população afegã, que vive uma grave crise de fome.

Duas crianças caminham em uma montanha de neve
Kabul foi coberta por nevasca em 23 de janeiroFoto: Saifurahman Safi/Xinhua/IMAGO

A onda de frio que assola vários países da Ásia já matou mais de 160 pessoas no Afeganistão, informaram neste sábado (28/01) autoridades do Talibã, que governa o país.

O Afeganistão enfrenta seu inverno mais frio em 15 anos, com temperaturas de até  -33 °C, combinadas com nevascas generalizadas, vendavais gelados e interrupções regulares do fornecimento de eletricidade.

A agência de gestão de desastres afegã informou que, na semana passada, foram 88 mortos, elevando o total para 166, com base em dados de 24 das 34 províncias do Afeganistão.

Segundo o Talibã, as mortes se devem a inundações, incêndios e vazamentos de aquecedores a gás.

Cerca de 100 casas foram destruídas e quase 80 mil cabeças de gado, uma mercadoria vital para os mais pobres no Afeganistão, morreram de frio.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta semana que o clima extremo impedia a chegada de ajuda humanitária à província de Badakshan, no nordeste do país, onde em um único vilarejo 17 pessoas morreram de infecção respiratória aguda.

Somente na semana passada foram 88 mortosFoto: Wakil KOHSAR/AFP

Crise humanitária

As temperaturas extremas agravam a já difícil situação dos afegãos, que também enfrentam uma grave crise de fome.

Agências de ajuda humanitária alertaram que mais da metade da população de 38 milhões de pessoas enfrenta a fome e quase 4 milhões de crianças sofrem de desnutrição.

Desde a tomada do poder pelo Talibã em 2021 a ajuda externa diminuiu drasticamente, agravando as crises humanitárias do país.

No mês passado, o governo talibã proibiu mulheres de trabalharem em grupos humanitários, o que levou muitas ONGs a anunciarem que deixariam de atuar no país. Trabalhadoras de ONGs do setor de saúde receberam uma exceção e algumas organizações retomaram as operações.

le (AFP, Reuters)

Pular a seção Mais sobre este assunto