Frota mundial de carros elétricos cresce 55% em um ano
15 de fevereiro de 2018
Estudo aponta que número de veículos abastecidos com energia elétrica mundo afora chegou a mais de 3 milhões. Demanda na China dobra e impulsona o mercado, com destaque para fabricantes chineses.
Anúncio
Apesar da ainda insuficiente disponibilidade de pontos de recarga, o número de carros elétricos mundo afora está crescendo rapidamente, aponta um estudo divulgado nesta quinta-feira (15/02).
No início de 2018, a frota mundial chegou a 3,2 milhões de veículos – o que representa um aumento de 55% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o Centro de Pesquisa em Energia Solar e Hidrogênio de Baden-Württemberg (ZSW), na Alemanha.
O mercado foi impulsionado principalmente pela demanda China, com destaque para os fabricantes Build Your Dreams (BYD) e BAIC. De acordo com o estudo, 1,2 milhão de carros elétricos já circulam pelas ruas chinesas. Somente em 2017, 579 mil unidades foram acrescentadas à frota do país.
Nos Estados Unidos, o número de carros elétricos subiu em 195 mil apenas no último ano, ultrapassando as 750 mil unidades ao todo. Na Alemanha, o crescimento foi de quase 70%, embora mais modesto e números absolutos: de 54.490 para 92.740.
Atrás dos bem-sucedidos fabricantes chineses, aparecem a americana Tesla, que fabricou 86.770 carros elétricos no último ano, e as alemãs BMW (67.940) e Volkswagen (52.250). Foram contabilizados todos os veículos que podem ser abastecidos com energia elétrica, incluindo híbridos.
O estudo aponta que, se o ritmo de crescimento registrado em 2017 for mantido, a quantidade de licenciamentos anuais de carros elétricos alcançará 25 milhões mundo afora até 2025. Tal previsão faz jus à promessa de muitas montadoras de dedicar um quarto de sua produção aos veículos elétricos, afirmou Werner Tillmetz, diretor do ZSW.
Em janeiro deste ano, a americana Ford, por exemplo, anunciou que iria dobrar seus investimentos em carros elétricos, para 11 bilhões de dólares até 2022, e que planeja lançar 40 modelos híbridos ou completamente elétricos nos próximos anos.
Em meados do anos passado, a sueca Volvo anunciou que, a partir de 2019, todos os novos modelos que saírem de suas fábricas serão elétricos, o que a tornou a primeira tradicional montadora do mundo a fixar uma data para abandonar os motores movidos apenas a combustíveis fósseis.
LPF/dpa/dw
_______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos noFacebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
Dez fatos sobre a autobahn
O carro é tão importante para os alemães que eles inventaram um tipo de rodovia onde podem andar livres de semáforos, ciclistas e pedestres. Veja algumas particularidades das autoestradas alemãs.
Foto: picture-alliance/dpa
Autobahn
A "Autobahn" (= via para carros) tem, tradicionalmente, ao menos duas faixas de tráfego em cada sentido e é restrita a veículos a motor que andem a no mínimo 60 km/h. Não há cruzamentos de veículos na via, e as saídas sempre são para a direita (com uma exceção perto de Stuttgart). Em geral, a pavimentação tem o dobro da espessura de rodovias em outros países.
Foto: picture-alliance/dpa
A mais velha
A primeira autobahn pública começou a ser construída em 1929. É a A555, que liga Colônia a Bonn, no oeste do país. Sua inauguração foi em 1932, um ano antes da nomeação de Adolf Hitler como chanceler da Alemanha.
Foto: DW/M. Nelioubin
Sem limites
A Alemanha é o único país da Europa sem limite de velocidade em suas autoestradas. Existe uma velocidade recomendada de 130 km/h, que atinge praticamente 50% das autobahnen (plural de autobahn). Por questões de riscos à segurança, um terço tem limitação de velocidade e, nas demais, a limitação entra em vigor conforme as condições do tempo e do trânsito.
Foto: picture-alliance/dpa/G. Breloer
Milhares de quilômetros
A rede de rodovias expressas da Alemanha tem uma extensão de 13 mil km (dado de 2015). Juntando-se todas, poderia-se ligar Hamburgo a Santiago do Chile. A autobahn mais longa é a A7, com 962 km.
Foto: Imago/J. Huebner
Identificação por números
As autoestradas alemãs são identificadas pela letra A e por um número. As que vão de norte a sul geralmente têm números ímpares, e as de oeste para leste, pares.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Strauß
Pouso e decolagem
Há trechos das autobahnen especialmente preparadas para serem usadas por aviões militares. Isso aconteceu já na 2ª Guerra Mundial, quando muitos aeroportos estavam destruídos. Na Guerra Fria, mais trechos foram preparados para eventuais operações da Otan.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Karmann
Em fila
Segundo o automóvel clube Adac, o ano de 2015 foi recorde, com 568 mil engarrafamentos, somando 1,1 milhão de quilômetros de extensão. Daria para fazer 28 voltas em torno do planeta. Apesar das informações sobre problemas no trânsito passadas pelo rádio a cada meia hora, os motoristas ficaram um total de 341 mil horas presos em congestionamentos.
Foto: picture-alliance/dpa/D. Friederichs
Engavetamentos
Em outubro de 1990 aconteceu um dos maiores acidentes em uma rodovia alemã. Um engavetamento devido a um nevoeiro na A9 em Münchberg envolveu 170 veículos, entre os quais seis ônibus e oito caminhões. Dez pessoas morreram e 123 ficaram feridas. O maior engavetamento da história foi em 2009, quando 259 automóveis se envolveram num acidente perto de Hanover. Ninguém morreu na ocasião.
Foto: picture-alliance/dpa
Pedágios
Desde 2005, a Alemanha tem um sistema de pedágio obrigatório para caminhões pesados. A Toll Collect, um empreendimento conjunto liderado pela Deutsche Telekom, Daimler Financial Services e a francesa Cofiroute, é responsável pelo sistema de cobrança, que envolve o uso de transponders a bordo dos veículos e também sensores instalados nas autoestradas de todo o país.
Foto: picture-alliance/dpa
Serviço e religião
Além das áreas de descanso e de serviço, com brinquedos, postos de gasolina e restaurantes, ao longo das rodovias alemãs há capelas e igrejas para descanso e reflexão dos viajantes.