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Frutas grátis em Berlim

23 de abril de 2018

Site coletivo mapeia árvores frutíferas em locais públicos para estimular colheita e evitar desperdício. Ideia, que surgiu na capital alemã, se espalhou por diversos países.

Pássaro comendo uma maçã
Antes do site mundraub, frutas de árvores em parques de Berlim ficavam com pássarosFoto: picture-alliance/dpa/K. J. Hildenbrand

Maçãs, amora, pera, cereja, ameixa: Berlim possuiu grande variedade de árvores frutíferas em suas ruas e parques. Mas para quem não é familiarizado com o tema, é difícil saber onde encontrá-las, e muitas frutas acabam ficando no pé, estragando.

Em 2009, um engenheiro ambiental incomodado com esse desperdício teve uma ideia simples, mas eficaz, para promover a colheita: ele criou uma plataforma online coletiva para mapear as árvores frutíferas em locais públicos de Berlim.

A jornalista Clarissa Neher vive em Berlim desde 2008Foto: DW/G. Fischer

Assim, surgiu o site mundraub – o nome vem da expressão em alemão que indicava o furto de alimentos de jardins. Até meados da década de 1970, o munddraub era um crime previsto na legislação da Alemanha.

As primeiras árvores – duas macieiras, no jardim Britzer, e uma cerejeira, na praça Boxhagener – foram marcadas no mapa da plataforma pelo próprio engenheiro ambiental, Kai Gildhorn, um de seus criadores. Desde então, a ideia rendeu frutos e atualmente conta com mais de 61 mil colaboradores.

Em quase dez anos de funcionando, a plataforma colaborativa fez tanto sucesso que ultrapassou as fronteiras de Berlim. Árvores frutíferas começaram a ser marcadas em outras cidades da Alemanha e também em outros países. Atualmente mais de 48 mil árvores já foram mapeadas, 14 delas no Brasil. 

Qualquer pessoa pode se inscrever no site para indicar a descoberta de árvores frutíferas, nozes, temperos, ervas e arbustos com frutas silvestres localizados em espaços públicos de sua cidade. Os inscritos podem também fazer comentários sobre indicações de outros usuários, por exemplo, quando houver dúvidas se a árvore realmente é pública.

Além de ajudar a matar a fome, o site é ainda uma ótima dica para quem deseja explorar Berlim, ou outras cidades que estão sendo mapeadas, por seu lado mais frutífero.

Clarissa Neher é jornalista freelancer na DW Brasil e mora desde 2008 na capital alemã. Na coluna Checkpoint Berlim, publicada às segundas-feiras, escreve sobre a cidade que já não é mais tão pobre, mas continua sexy.

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