Funcionários da Amazon EUA em greve pouco antes do Natal
20 de dezembro de 2024
Paralisações atingem ao menos sete armazéns de distribuição e podem atrapalhar entrega de encomendas antes dos feriados de fim de ano. Sindicato acusa empresa de descumprir prazo para início das negociações.
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Milhares de trabalhadores da Amazon nos Estados Unidos iniciaram uma greve nesta quinta-feira (19/12) para pressionar a empresa a renegociar contratos de trabalho, de acordo com o sindicato International Brotherhood of Teamsters.
O Teamsters diz representar cerca de 10 mil trabalhadores em dez instalações da Amazon. Apesar de a greve envolver uma pequena parcela dos 800 mil trabalhadores empregados nos armazéns da empresa nos EUA, a paralisação é vista como significativa, em um momento em que entidades trabalhistas impõe desafios às principais empresas de tecnologia nos EUA.
O sindicato não informou quantos trabalhadores devem participar ou qual deve ser a duração da greve.
A decisão de entrar em greve em meio ao pico da temporada de compras online de fim de ano ocorreu depois de a Amazon descumprir um prazo dado pelo sindicato até o dia 15 de dezembro para iniciar negociações sobre novos contratos que devem assegurar salários mais altos e melhores condições de trabalho.
As greves acontecem em ao menos sete armazéns de distribuição da Amazon, onde os pacotes são encaminhados para os veículos de entrega que os levam diretamente aos clientes.
Aderiram à batalha contra a gigante do comércio eletrônico trabalhadores em cidades como Nova York, Atlanta, São Francisco e no sul do estado da Califórnia. Os grevistas esperam a adesão de funcionários também em outras regiões.
"O que estamos fazendo é histórico", disse Leah Pensler, funcionária de um armazém da Amazon em São Francisco. "Lutamos contra uma forte campanha antissindical e vamos vencer."
A notícia gerou preocupações com a pontualidade da entrega das encomendas a poucos dias do feriado de Natal.
"Se seu pacote atrasar durante o feriado, você pode culpar a ganância descontrolada da Amazon. Demos à Amazon um prazo claro para vir à mesa de negociações e fazer o que é certo pelos nossos membros. Eles nos ignoraram", afirmou o presidente dos Teamsters, Sean O'Brien.
"Esses executivos focados em enriquecer tiveram todas as chances de mostrar decência e respeito pelas pessoas que tornam possíveis seus lucros substanciais. Em vez disso, eles levaram os trabalhadores ao limite e agora estão pagando o preço. Esta greve é deles", prosseguiu o sindicalista.
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Amazon acusa "narrativa enganosa"
A empresa sediada em Seattle alegou que seus funcionários já desfrutam de salários competitivos, benefícios de saúde imediatos e oportunidades de crescimento na empresa.
A Amazon informou que não considera motoristas de entrega, como os que estão em greve, como seus funcionários. Sob seu modelo de negócios, os motoristas trabalham para empresas terceirizadas, chamadas de parceiras dos serviços de entrega, que entregam diariamente milhões de pacotes.
O Teamsters, contudo, argumentou que a Amazon controla essencialmente tudo o que os motoristas fazem e, portanto, deve ser classificada como seu empregador.
A empresa acusa o sindicato de "desinformar propositalmente o público, alegando que representam 'milhares de funcionários e motoristas da Amazon'. Eles não representam, esta é mais uma tentativa de empurrar uma narrativa enganosa", disse a porta-voz da Amazon, Kelly Nantel.
"A verdade é que os Teamsters ameaçaram, intimidaram e tentaram persuadir à força os funcionários da Amazon e motoristas terceirizados a se juntarem a eles, o que é ilegal e é o tema de várias acusações pendentes de práticas trabalhistas injustas contra o sindicato", acrescentou a porta-voz.
Embora a Amazon assegure que a greve não irá impactar suas operações, uma paralisação dessas proporções – especialmente se durar muitos dias – poderá atrasar as entregas em algumas áreas metropolitanas.
rc (AP, DPA)
O mês de dezembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês
Foto: Anas Alkharboutli/dpa/picture alliance
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Foto: Bombeiro Militar/Governo do Tocantins
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Foto: ASSOCIATED PRESS/picture alliance
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Foto: Lisi Niesner/REUTERS
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Foto: Heather Khalifa/AP Photo/picture alliance
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Foto: Mohammed M Skaik/Avalon/picture alliance
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Foto: Omar Haj Kadour/AFP/Getty Images
STF obriga PM de São Paulo a manter uso de câmeras corporais
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou a obrigatoriedade do uso de câmeras corporais pelos policiais militares do estado de São Paulo. A determinação é uma derrota para o governador Tarcísio de Freitas, que desde a campanha eleitoral se posicionou contra o uso dos equipamentos e vinha tentando propor modelos alternativos. (09/12)
Foto: FotoRua/NurPhoto/IMAGO
Rebeldes derrubam regime na Síria, e Assad foge para a Rússia
Após uma ofensiva que durou menos de duas semanas, insurgentes sírios liderados pelo grupo islamista Organização para a Libertação do Levante (HTS) chegaram à capital da Síria, Damasco, e a declararam "livre" do regime do presidente Bashar al-Assad. Citando fontes do Kremlin, veículos russos afirmam que o ditador e sua família estão asilados em Moscou. (08/12)
Foto: Louai Beshara/AFP
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Bancada por doações, reconstrução de monumento arquitetônico parisiense custou cerca de 700 milhões de euros e demandou o trabalho de cerca de 2 mil especialistas. Construída entre os séculos 12 e 14, catedral quase foi destruída em incêndio de causas desconhecidas. Solenidade foi prestigiada por chefes de governo e de Estado do mundo inteiro. (07/12)
Foto: Stevens Tomas/ABACA/IMAGO
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Foto: EITAN ABRAMOVICH/AFP/Getty Images
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Islamistas apoiados pela Turquia fizeram seu mais rápido avanço em 13 anos de guerra civil no país. A captura de Hama vem após o enfraquecimento do Hezbollah, tradicional aliado do ditador sírio Bashar al-Assad, ao lado de Rússia e Irã. (05/12)
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Deputados de esquerda e da ultradireita se uniram para derrubar o governo do premiê francês, Michel Barnier, que assumiu o cargo há menos de 100 dias. Barnier enfrentava duas moções de censura, após usar um controverso mecanismo para forçar a aprovação do Orçamento. A primeira moção acabou sendo aprovada com 331 votos, selando o fim do governo do aliado do presidente Emmanuel Macron. (04/12)
Foto: Sarah Meyssonnier/REUTERS
Presidente sul-coreano impõe e depois desiste de lei marcial
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Foto: JUNG YEON-JE/AFP/Getty Images
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Foto: Jens Schlueter/AFP via Getty Images
Regime sírio perde controle de Aleppo
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