Fundador da Amazon vende ações para investir em foguetes
6 de abril de 2017
Bilionário Jeff Bezos diz que vende de um bilhão de dólares por ano em ações da empresa de comércio eletrônico para transportar passageiros ao espaço já em 2018. Voos devem ter curta duração.
O foguete reutilizável e a cápsula New Shepard são projetados para levar até seis passageirosFoto: picture alliance/AP Photo
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O fundador da gigante do comércio eletrônico Amazon, Jeff Bezos, anunciou nesta quarta-feira (05/04) que vende anualmente cerca de um bilhão de dólares em ações da empresa para financiar a Blue Origin, seu empreendimento de foguetes espaciais.
A Blue Origin planeja transportar passageiros, que pagariam por passeios espaciais de 11 minutos de duração, já a partir do ano que vem. A empresa planejava iniciar os testes com pilotos e engenheiros em 2017, o que, segundo Bezos, ainda não deverá ocorrer.
"O meu modelo de negócios no momento [...] para a Blue Origin é vender anualmente cerca de um bilhão de dólares em ações da Amazon e investir na empresa", afirmou.
Bezos disse que o plano é que a Blue Origin se torne um empreendimento lucrativo e autossustentável, com o objetivo de reduzir em longo prazo os custos dos voos espaciais para que milhões de pessoas possam um dia viver e trabalhar fora da Terra.
O foguete deve transportar os passageiros a uma altitude de mais de 62 quilômetros acima da Terra, para que possam experimentar brevemente a ausência de gravidade e observar a curvatura do planeta. Testes não tripulados vêm sendo realizados desde 2015.
Ainda não há uma estimativa sobre o valor do investimento que Bezos terá de fazer na Blue Origin, mas ele sugere que deverá gastar o quanto for preciso. "É um caminho longo a percorrer e estou contente em investir nisso", afirmou.
Ele é o maior acionista da Amazon, com 80,9 milhões em ativos. Na quarta-feira, o valor das ações da Amazon nos EUA fechou em 909,29 dólares cada.
RC/rtr/ots
Desastres naturais vistos do espaço
Como os satélites veem a Terra? E o que eles descobrem sobre os acontecimentos na superfície do planeta? Confira fotos impressionantes de catástrofes naturais observadas da órbita terrestre.
Foto: NASA
Gigante acordado
De densas cinzas a nuvens de água congelada, fenômenos naturais podem ser examinados do espaço sideral. A Estação Espacial Internacional estava passando sobre o vulcão Sarychev, localizado nas ilhas Kuril, na Rússia, quando ele entrou em erupção em 2009. Aproveitando uma brecha entre as nuvens, os astronautas puderam tirar esta foto.
Foto: NASA
Lago evaporado
Diariamente, satélites de observação, como o Proba-V da Agência Espacial Europeia, coletam imagens que permitem rastrear as mudanças ambientais ao longo do tempo. Estas fotos tiradas em abril de 2014, julho de 2015 e janeiro de 2016 (da esq. para dir.) fornecem uma visão clara da evaporação gradual do lago Poopó, em parte devido às mudanças climáticas. Ele já foi o segundo maior lago da Bolívia.
Foto: ESA/Belspo
Não brinque com fogo
Todos os anos, incêndios florestais destroem paisagens e ecossistemas ao redor do planeta. Muitas vezes, eles são causados por seres humanos. Esse também foi o caso na Indonésia, onde agricultores fizeram queimadas na floresta de turfa. Na Islândia, Bornéu e Sumatra, satélites detectaram focos de incêndio em setembro de 2015, e a coluna de fumaça cinza provocou alertas de qualidade do ar.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Chuvas torrenciais
Em 2013, choveu tanto que alguns rios da Europa Central transbordaram. Como se pode ver nesta imagem de 2013, o rio Elba rompeu as suas margens após chuvas sem precedentes. Na foto, a água enlameada cobre a área em torno da cidade de Wittenberg, no estado alemão da Saxônia-Anhalt.
Foto: NASA/J. Allen
No olho do furacão
Uma forte tempestade pode causar danos irreparáveis através de ventos intensos e chuvas torrenciais que vêm do mar. Informações obtidas do espaço são cruciais para acompanhar o desenvolvimento de tormentas: intensidade, direção, velocidade do vento. No Pacífico leste, próximo à costa mexicana, esta imagem ajudou a prever que o furacão Sandra alcançaria ventos de 160 km/h em novembro de 2015.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Derretimento de geleiras
Satélites também desempenham importante papel no monitoramento das mudanças climáticas e, inevitavelmente, do processo de degelo. Do espaço, cientistas puderam documentar a diminuição de geleiras ao redor do mundo, como também a subsequente elevação do nível dos oceanos. Esta foto feita pela Estação Espacial Internacional mostra o recuo da geleira Upsala, na Patagônia argentina, de 2002 a 2013.
Foto: NASA
Prenda a respiração
Em setembro de 2015, satélites proporcionaram esta vista impressionante de regiões povoadas no Oriente Médio envoltas numa tempestade de areia ou "haboob". Aliadas às informações de sensores de qualidade de ar no solo, observações de satélites espaciais ajudam a entender os padrões de início e desenvolvimento de uma tempestade. Essas constatações melhoram os métodos de previsão.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Montanha nua
Essas foram as palavras usadas pela Nasa para descrever a falta de neve no Monte Shasta, na Califórnia, uma fonte crucial de água para a região. Imagens que vêm documentando a estiagem ao longo dos últimos anos têm mostrado montanhas marrons que deveriam ser brancas, e terra onde se procura água. Com o degelo, a seca aumenta.