Furacão continua rota de destruição no leste dos EUA
8 de outubro de 2016
Matthew perde intensidade, passando à categoria um, numa escala que vai até cinco. Furacão se movimenta ao largo da Carolina do Sul e região enfrenta chuvas intensas e fortes ventos.
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O Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) afirmou neste sábado (08/10) que o furacão Matthew foi rebaixado para a categoria um, na escala que vai até cinco, em seu trajeto ao largo da costa da Carolina do Sul, nos EUA. A região registra chuvas intensas e fortes ventos.
Matthew, que atravessou na noite anterior a costa da Geórgia, apresenta ventos máximos de 140 km/h e se encontra a 35 quilômetros a sul-sudoeste de Charleston, na Carolina do Sul. O furacão chegou à costa noroeste da Flórida nesta sexta-feira e se move em direção a noroeste na velocidade de 19km/h.
"Na trajetória prognosticada, o centro de Matthew continuará se movendo ao largo ou sobre a costa da Carolina do Sul hoje, e nas proximidades da costa sul da Carolina do Norte nesta noite", destacou o NHC em boletim divulgado às 9 horas (horário de Brasília).
O centro meteorológico, com sede em Miami, espera um enfraquecimento do ciclone nas próximas 48 horas. Mesmo assim, o alerta para furacão permanece ativo na faixa costeira que se estende de Altamaha Sound, na Geórgia, até Surf City, na Carolina do Norte. Já um aviso de tempestade tropical é mantido para o norte de Surf City até Duck, também na Carolina do Norte.
Ao se mover na costa da Flórida, Matthew deixou quatro mortos, árvores caídas, telhados arrancados e milhares de pessoas sem energia elétrica. Já na Geórgia, mais de 210 mil pessoas ficaram sem eletricidade, afirmou a companhia George Power, a maioria na região de Savannah, uma das mais afetadas pelos ventos e tempestades ocasionadas pelo furacão.
Em Savannah, a maré chegou a alcançar o segundo nível mais alto dos últimos 80 anos, de acordo com dados do Serviço Nacional de Meteorologia.
Desde a noite de sexta-feira a cidade de Charleston, na Carolina do Sul, apresenta inundações e enfrenta o risco de sofrer os efeitos das ondas e uma possível maré de tempestade, isto é, a subida do nível do mar que atinge a terra impulsionada pelos ventos e outros fatores, o que pode ter consequências catastróficas.
A Flórida é o primeiro estado americano que sofre os estragos do poderoso furacão depois dele passar pelo Caribe, onde somente no Haiti deixou ao menos
Na Flórida, o primeiro estado americano que sofre os estragos do Matthew depois dele passar pelo Caribe, onde deixou quase 900 mortos e dezenas de milhares de pessoas desabrigadas no Haiti. O furacão se tornou o pior desastre natural do país desde o terremoto de 2010, que matou 300 mil pessoas.
FC/efe/rtr/dpa
Desastres naturais vistos do espaço
Como os satélites veem a Terra? E o que eles descobrem sobre os acontecimentos na superfície do planeta? Confira fotos impressionantes de catástrofes naturais observadas da órbita terrestre.
Foto: NASA
Gigante acordado
De densas cinzas a nuvens de água congelada, fenômenos naturais podem ser examinados do espaço sideral. A Estação Espacial Internacional estava passando sobre o vulcão Sarychev, localizado nas ilhas Kuril, na Rússia, quando ele entrou em erupção em 2009. Aproveitando uma brecha entre as nuvens, os astronautas puderam tirar esta foto.
Foto: NASA
Lago evaporado
Diariamente, satélites de observação, como o Proba-V da Agência Espacial Europeia, coletam imagens que permitem rastrear as mudanças ambientais ao longo do tempo. Estas fotos tiradas em abril de 2014, julho de 2015 e janeiro de 2016 (da esq. para dir.) fornecem uma visão clara da evaporação gradual do lago Poopó, em parte devido às mudanças climáticas. Ele já foi o segundo maior lago da Bolívia.
Foto: ESA/Belspo
Não brinque com fogo
Todos os anos, incêndios florestais destroem paisagens e ecossistemas ao redor do planeta. Muitas vezes, eles são causados por seres humanos. Esse também foi o caso na Indonésia, onde agricultores fizeram queimadas na floresta de turfa. Na Islândia, Bornéu e Sumatra, satélites detectaram focos de incêndio em setembro de 2015, e a coluna de fumaça cinza provocou alertas de qualidade do ar.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Chuvas torrenciais
Em 2013, choveu tanto que alguns rios da Europa Central transbordaram. Como se pode ver nesta imagem de 2013, o rio Elba rompeu as suas margens após chuvas sem precedentes. Na foto, a água enlameada cobre a área em torno da cidade de Wittenberg, no estado alemão da Saxônia-Anhalt.
Foto: NASA/J. Allen
No olho do furacão
Uma forte tempestade pode causar danos irreparáveis através de ventos intensos e chuvas torrenciais que vêm do mar. Informações obtidas do espaço são cruciais para acompanhar o desenvolvimento de tormentas: intensidade, direção, velocidade do vento. No Pacífico leste, próximo à costa mexicana, esta imagem ajudou a prever que o furacão Sandra alcançaria ventos de 160 km/h em novembro de 2015.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Derretimento de geleiras
Satélites também desempenham importante papel no monitoramento das mudanças climáticas e, inevitavelmente, do processo de degelo. Do espaço, cientistas puderam documentar a diminuição de geleiras ao redor do mundo, como também a subsequente elevação do nível dos oceanos. Esta foto feita pela Estação Espacial Internacional mostra o recuo da geleira Upsala, na Patagônia argentina, de 2002 a 2013.
Foto: NASA
Prenda a respiração
Em setembro de 2015, satélites proporcionaram esta vista impressionante de regiões povoadas no Oriente Médio envoltas numa tempestade de areia ou "haboob". Aliadas às informações de sensores de qualidade de ar no solo, observações de satélites espaciais ajudam a entender os padrões de início e desenvolvimento de uma tempestade. Essas constatações melhoram os métodos de previsão.
Foto: NASA/J. Schmaltz
Montanha nua
Essas foram as palavras usadas pela Nasa para descrever a falta de neve no Monte Shasta, na Califórnia, uma fonte crucial de água para a região. Imagens que vêm documentando a estiagem ao longo dos últimos anos têm mostrado montanhas marrons que deveriam ser brancas, e terra onde se procura água. Com o degelo, a seca aumenta.