1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Furacão Ian pode ser o mais mortal da Flórida, diz Biden

29 de setembro de 2022

Presidente americano não precisou número de vítimas, mas disse ter recebido informações de "perda substancial de vidas".

Foto aérea mostra área completamente destruída
Ian tocou o solo na Flórida com ventos de cerca de 250 quilômetros por horaFoto: Wilfredo Lee/AP Photo/picture alliance

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (29/09) que o furacão Ian "pode ​​ser o mais mortal da história da Flórida".

Embora o governo americano não tenha divulgado um número oficial de vítimas, Biden disse ter recebido informações de que é possível que tenha ocorrido "uma perda substancial de vidas".

O presidente fez a declaração durante uma visita à sede da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês) para se atualizar sobre os esforços contra o furacão, que tocou o solo da Flórida na quarta-feira com ventos de cerca de 250 km/h e continua avançando pelo estado.

Nesta quinta, o Ian foi rebaixado ao patamar de tempestade tropical, mas ainda é capaz de causar estragos. Os meteorologistas preveem que a tempestade siga para norte, em direção à Carolina do Sul, onde já foi feito alerta para a população do litoral.

Biden conversou por telefone com o governador da Flórida, o republicano Ron DeSantis, para oferecer "o máximo apoio federal". DeSantis disse que o impacto do furacão no sudoeste do estado foi "histórico". Ele relatou duas mortes, embora ainda não esteja comprovado que elas foram causadas pelo fenômeno climático.

"Nunca vimos tempestades dessa magnitude", afirmou DeSantis.

Mais tarde, em declarações a jornalistas, Biden revelou sua intenção de visitar Flórida e Porto Rico, embora não tenha especificado uma data, e ressaltou que se DeSantis, um crítico ferrenho do presidente, estiver disponível, ele se encontrará com o republicano.

Durante seu discurso na Fema, o presidente destacou que mil membros dessa agência federal foram destacados para a Flórida, para onde também foram enviados milhões de litros de água, alimentos e centenas de geradores.

Biden prometeu assistência individual de 37,9 mil dólares para reparos em casasFoto: Douglas R. Clifford/AP Photo/picture alliance

Ajuda do governo

Biden afirmou que o governo federal cobrirá "100%" dos custos de limpeza de todos os estragos causados pelo furacão, bem como os esforços de resgate para salvar vidas. Além disso, arcará com a maior parte do custo da reconstrução de prédios públicos, como escolas e quartéis de bombeiros.

Para as pessoas que perderam seus lares ou que tiveram danos materiais em suas casas, Biden destacou que, se o seguro não cobrir tudo, o governo federal fornecerá assistência individual de 37,9 mil dólares para reparos e outros 37,9 mil dólares para bens perdidos, como veículos.

A passagem do furacão Ian pela Flórida deixou um rastro de destruição especialmente no sudoeste e no centro do estado, onde há mais de 2,5 milhões de habitantes sem energia elétrica. Milhares de pessoas estão presas em suas casas, que estão inundadas, e algumas estradas estão intransitáveis

A Guarda Costeira dos EUA iniciou uma missão de busca e resgate para tentar salvar 23 pessoas, depois que um barco que transportava migrantes cubanos afundou, na quarta-feira, a leste de Key West, no sul do estado. Três sobreviventes foram encontrados e outros quatro nadaram até a costa, disse a Patrulha de Fronteira dos EUA.

Três mortos em Cuba

Em Cuba, aumentou nesta quinta-feira para três o número de mortos devido à passagem do furacão Ian pela ilha. Grande parte do território cubano está quase que totalmente paralisado pela falta de eletricidade, água e telecomunicações.

O Ian cruzou o extremo oeste da ilha com categoria 3 na escala Saffir-Simpson, deixando um rastro de destruição com chuvas intensas e ventos de até 200 km/h.

O governo cubano continua relatando extensos danos e organizando esforços de remoção e recuperação de destroços, com ênfase no Sistema Elétrico Nacional (SEN), que entrou em colapso total na última terça-feira, deixando a ilha completamente às escuras.

Até o momento, não foi divulgado um balanço de danos materiais, que são consideráveis ​​em todo o terço ocidental do país, especialmente na província de Pinar del Río.

Na cidade de mesmo nome, Pinar del Río, que tem uma população de 200 mil habitantes, as autoridades indicaram que 48% do parque habitacional, cerca de 50 mil casas, foram danificadas. Em alguns municípios, essa taxa é de 80%, segundo a imprensa oficial.

A estatal Tabacuba informou que cerca de 5 mil armazéns de secagem de folhas de tabaco foram danificados pela passagem do furacão Ian.

le/gb (Lusa, EFE)

Pular a seção Mais sobre este assunto