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Furacão atinge Flórida e avança para outros estados dos EUA

30 de agosto de 2023

Tempestade deixa milhares de residências sem energia elétrica e leva ao cancelamento de mais de mil voos. Presidente Biden anuncia envio de ajuda e diz que "ninguém pode mais negar os impactos da crise climática".

Imagem de satélite mostra furacão sobre o estado americano da Flórida
Tempestade com ventos de mais de 200 km/h foi elevada a ciclone de categoria 3 ao se aproximar da costa da FlóridaFoto: NOAA/AP Photo/picture alliance

O furacão Idalia atingiu com força a Flórida e outros estados da Costa Leste dos Estados Unidos nesta quarta-feira (30/08), deixando centenas de milhares de pessoas sem energia elétrica e forçando o cancelamento de mais de mil voos. Milhares de pessoas deixaram a região do estado chamada de Big Bend, onde a tempestade atingiu inicialmente o território americano.

Após causar devastação e quedas de energia em Cuba, a tempestade ganhou força sobre as águas quentes do Golfo do México e passou a gerar ventos de mais de 200 quilômetros por hora, além de chuvas torrenciais, e foi elevada a ciclone de categoria 3 ao se aproximar do litoral da Flórida.

A maioria dos 21 milhões de habitantes do estado estava sob alertas de furacão e de tempestades, assim como na Carolina do Sul, Carolina do Norte e Georgia.

Em torno de 280 mil residências e empresas ficaram sem energia elétrica na Flórida. Na vizinha Georgia, a queda no abastecimento atingiu ao menos 64 mil edifícios.

Previsões alertavam para enchentes de até 5 metros de altura na região costeira da Flórida. Alertas de ondas altas também foram emitidos em uma área que cobre centenas de milhares de quilômetros ao longo da costa.

As companhias aéreas que operam nos EUA anunciaram mais de mil cancelamentos de voos, além de mais de 2 mil atrasos.

O furacão Idalia foi o quarto mais forte a atingir Costa Leste americana nos últimos sete anos, após o Irma em 2017, o Michael em 2018, e o Ian, que chegou à categoria 5 – a mais alta – em setembro do ano passado.

Milhares de pessoas deixaram a região da Flórida chamada de Big Bend, onde o furacão atingiu inicialmente o território americanoFoto: Joe Raedle/Getty Images

A chefe da Agência Federal de Gerenciamento de Emergência dos EUA (Fema), Deanne Criswell, afirmou que a Georgia e as Carolinas do Sul e do Norte sofrerão os impactos do furacão até o final de semana.

Criswell disse que esses estados devem sofrer novas quedas no fornecimento de energia. Ela renovou os alertas à população e pediu que as pessoas evitem entrar no caminho da tempestade. "Nossa prioridade é garantir que todos estejam seguros."

Biden aponta impactos das mudanças climáticas

Em coletiva de imprensa na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, falou sobre os incêndios que devastaram a ilha de Maui no Havaí há poucos dias e sobre a passagem do furacão na Costa leste americana, e atribuiu a ocorrência desses eventos às mudanças climáticas.

"Não acho que ninguém possa negar mais o impacto da crise climática. Olhem ao redor: enchentes históricas [...], secas mais intensas, calor extremo, incêndios florestais que causaram danos significativos", afirmou.

Previsões alertavam para enchentes de até 5 metros de altura na região costeira da FlóridaFoto: MIGUEL J. RODRIGUEZ CARRILLO/AFP via Getty Images

Biden disse que ordenou o envio de todos os recursos disponíveis para os estados atingidos, incluindo cerca de 1,5 mil funcionários da Fema e 900 membros da Guarda Costeira.

O presidente disse estar em contato frequente com o governador da Flórida, o republicano Ron DeSantis, e relatou também ter conversado com os governantes dos demais estados atingidos e os assegurado de que o governo federal fornecerá toda a assistência necessária.

Ao ser perguntado se a passagem do furacão poderá fazer com que ele mude seus planos e altere sua participação da cúpula do G20 na Índia, entre 9 e 10 de setembro, o presidente disse que isso ainda será avaliado.

rc (Reuters, AP)

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