Patricia é comparado ao tufão Haiyan, que atingiu as Filipinas em 2013 e deixou mais de 6 mil mortos. Governo mexicano declara estado de emergência em 56 municípios na costa oeste do país.
Anúncio
O furacão Patricia, o mais forte já registrado no hemisfério ocidental, atingiu a costa do estado de Jalisco, no sudoeste do México, nesta sexta-feira (23/10), confirmaram as autoridades locais. Até as 19 horas, horário local na costa do Pacífico no México (22 horas em Brasília), não houve registros de mortes ou danos físicos e estruturais nas áreas afetadas pela tempestade.
Segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos a tempestade ganhou força durante a noite e foi classificada na categoria 5, a mais devastadora na escala Saffir Simpson. O centro afirmou que a velocidade estimada dos ventos da tempestade girava em torno dos 270 quilômetros por hora, quando tocou solo mexicano perto de Cuixmala.
A localização é cerca de 85 quilômetros a oeste-noroeste da cidade portuária de Manzanillo. Anteriormente, ainda sobre o Oceano Pacífico, o furacão Patricia chegou a atingir a velocidade de 325 quilômetros por hora, segundo o centro.
"O furacão Patricia já está na costa mexicana. Não vão para fora", alertou o presidente do México, Enrique Peña Nieta, por meio de sua conta oficial no Twitter. "Se protejam e sigam as instruções da Proteção Civil. Estou tomando conta de vocês."
Os fortes ventos do furacão estão afetando principalmente os estados de Jalisco, Colima e Nayarit. O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) do México disse que o furacão é "extremamente perigoso" e "favorecerá chuvas intensas e pontualmente torrenciais nos estados do sul e oeste do país".
Ainda durante a aproximação do Patricia, o governo do México decretou estado de emergência em 56 municípios na costa do Pacífico. Pescadores foram orientados a permanecer no porto, e foram desaconselhados o turismo e a prática de esportes aquáticos na região.
O governo fechou ainda os portos de carga de Manzanillo – o mais movimentado do país – e Puerto Vallarta. Nenhuma das plataformas de extração de petróleo da estatal Pemex está localizada na rota do furacão.
Devido à sua força, o furacão Patricia foi comparado, pela Organização Meteorológica Mundial da ONU, ao tufão Haiyan, que atingiu as Filipinas em 2013 e deixou mais de 6,3 mil mortos.
PV/dpa/rtr/ap/lusa
Dez anos do furacão Katrina
Em 2005, a tempestade tropical devastou Nova Orleans, no sul dos EUA. Logo após a catástrofe, o fotógrafo Carlos Barria registrou imagens do caos e da destruição. Passada uma década, ele volta aos lugares que fotografou.
Foto: Reuters/C. Barria
Devastação depois da tempestade
Fotografando os mesmos lugares que registrou com sua câmera dez anos atrás, Carlos Barria mostra o que aconteceu desde o furacão Katrina: a reconstrução de alguns locais, mas também o colapso de muitos bairros. A foto tirada no noroeste de Nova Orleans em 2005 mostra o residente Michael Rehage sobre seu carro, em meio à destruição causada pela tempestade.
Foto: Reuters/C. Barria
Nova Orleans inundada
Na foto de 2005, o morador Errol Morning atravessa em seu barco as ruas inundadas de Nova Orleans. Devido ao Katrina, 80% da metrópole do estado da Louisiana ficou debaixo d'água. Mais de 1,8 mil pessoas morreram.
Foto: Reuters/C. Barria
Barragens rompidas, caixões flutuando
A força da enchente arrancou até mesmo caixões de sepulturas. O furacão Katrina causou danos em muitas partes do sul dos EUA, atingindo principalmente Nova Orleans. Barragens romperam e inundaram a metrópole do sul dos EUA, cuja superfície se localiza em grande parte abaixo do nível do mar.
Foto: Reuters/C. Barria
Centenas de milhares de casas destruídas
Esta foto tirada por Barrias em 2005 mostra Joshua Creek inspecionando os estragos causados pela água em sua residência. Por volta de 250 mil pessoas perderam suas casas e apartamentos devido ao furacão. O Katrina fez com que o número de habitantes de Nova Orleans fosse reduzido, temporariamente, a menos da metade.
Foto: Reuters/C. Barria
O pior desastre natural dos EUA
Na foto, vê-se em primeiro plano um hospital devastado pelo Katrina. O furacão é considerado o pior desastre natural da história dos Estados Unidos. A tempestade tropical e a subsequente inundação provocaram danos estimados em mais de 100 bilhões de dólares.
Foto: Reuters/C. Barria
Ajuda emergencial pouca e tardia
A imagem mostra uma mulher e seu cachorro a caminho de um centro de acolhimento a vítimas do furacão. Autoridades são acusadas de negligência na manutenção dos diques e de lentidão na ajuda após a catástrofe. Na época, o então presidente George W. Bush também sofreu críticas – ele interrompeu suas férias somente no terceiro dia de enchentes em Nova Orleans.
Foto: Reuters/C. Barria
População de baixa renda
Na foto, vê-se Joshua Creek diante de sua casa em grande parte destruída, que foi depois reformada. De acordo com um estudo do Congresso americano, os mais pobres foram os mais afetados pelos efeitos do Katrina em Nova Orleans.
Foto: Reuters/C. Barria
Nova Orleans após o Katrina
O furacão Katrina mudou muita coisa em Nova Orleans. A população é hoje 20% menor que antes da tempestade. A estrutura populacional também mudou radicalmente: muitos pobres e principalmente afroamericanos foram obrigados a deixar a cidade.