Irma continua "extremamente perigoso", segundo autoridades. Com ventos de 250 quilômetros por hora, furacão se move em direção aos Estados Unidos, onde dezenas de milhares devem deixar suas casas.
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O furacão Irma, que atravessa o Caribe se move com ventos de 250 quilômetros por hora em direção à Flórida nesta sexta-feira (08/09), passando por Cuba e pelas Bahamas. O Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês) dos Estados Unidos, informou que rebaixou o furacão ao segundo nível mais alto, de categoria 4, mas ainda o classifica de "extremamente perigoso".
Como um furacão da categoria 5, a mais alta, com velocidade do vento de quase 300 quilômetros por hora, o Irma causou danos graves em várias ilhas do Caribe. Ao menos 22 mortos foram contabilizados na região, ameaçada por mais dois furacões. O Irma é esperado deve chegar neste sábado à costa sul do estado da Flórida, após passar pelas costas norte da República Dominicana e do Haiti, além das ilhas Turks e Caicos.
Segundo estimativas iniciais de organizações de assistência, no Haiti e na República Dominicana o Irma causou menos danos do que era temido. Cerca de 200 casas foram totalmente destruídas na República Dominicana, mas não foram registrados mortos. A região norte do Haiti, entretanto, pode vir a sofrer inundações, segundo especialistas.
A população do Haiti, um dos países mais pobres da região, ainda sofre os efeitos do terremoto de 2010 e do furacão Matthew, de 2016. "O problema básico dos haitianos é que eles não podem confiar em seu Estado", avaliou o porta-voz internacional da Caritas, Achim Reinke.
As autoridades da Flórida e da vizinha Geórgia pediram que dezenas de milhares de pessoas nas áreas costeiras deixassem suas casas. O governador da Flórida, Rick Scott, afirmou que todos os 20 milhões de habitantes do estado devem se preparar para uma possível ordem de evacuação. Uma retirada obrigatória de residentes da costa atlântica da Geórgia foi agendada para começar no sábado, segundo o governador do estado, Nathan Deal.
Em Miami, centenas fizeram filas para comprar garrafas de água, e carros também se enfileiraram para abastecer em postos de gasolina nesta quinta-feira. Escassez de mantimentos foi registrada na área metropolitana de Miami-Fort Lauderdale.
O governo dos Estados Unidos ampliou nesta sexta-feira o decreto de estado de emergência para a Geórgia, que deve ser atingida na segunda-feira, informaram fontes oficiais. Nos últimos dias, a Casa Branca já tinha declarado estado de emergência para Porto Rico, Ilhas Virgens e Flórida.
Dezenas de voos para a Florida foram cancelados. Ao menos 47 voos, das companhias Latam, Azul, Avianca e American Airlines, com destino ou origem do Brasil para a região estão na lista dos cancelados ou alterados. As empresas pedem que os passageiros chequem em seus sites a situação de seus voos e oferecem remarcações sem cobrar taxas.
O furacão foi considerado um dos mais fortes da história e o mais potente já registrado no Atlântico em termos de velocidade de ventos. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o furacão Irma foi o que passou mais tempo na categoria 5 da escala Saffir-Simpson, com ventos superiores a 300 km/h por mais de 37 horas.
O Irma chega aos EUA duas semanas depois que o furacão Harvey atingiu o Texas, deixando cerca de 60 mortos e causando danos estimados em até 180 bilhões de dólares nos estados do Texas e Louisiana.
MD/efe/afp/ap
O recordista furacão Irma
Mais forte furacão já registrado no Atlântico também é o que passou mais tempo na categoria 5. Após devastar ilhas caribenhas e atingir República Dominicana, Haiti e Cuba, Irma atinge a costa da Flórida.
Foto: Reuters/C. Barria
Categoria máxima
Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), o furacão Irma foi o que passou mais tempo na categoria 5 da escala Saffir-Simpson, com ventos superiores a 300 km/h. O ciclone é considerado um dos mais fortes da história e o mais potente já registrado no Atlântico em termos de velocidade de ventos.
Foto: Reuters/NOAA
Irma chega à Flórida
Com ventos de 210 km/h, o furacão mais potente já registrado no Atlântico chegou à costa sul da Flórida na manhã de domingo. As autoridades ordenaram a evacuação de cerca de 6,3 milhões de pessoas. Os moradores armanezam gasolina e alimentos.
Foto: Reuters/C. Barria
Maior retirada de moradores da história
O governo da Flórida ordenou já na sexta-feira a maior retirada de pessoas da história do estado americano. A saída dos moradores provoca engarrafamentos nas estradas. Escolas e universidades foram fechadas e transformadas em abrigos. Os principais aeroportos e parques do estado também fecharam suas portas.
Foto: Reuters/G. Newton
Irma rumo à Florida
Após passar pela costa norte da República Dominicana (foto) e Haiti, e atingir as Ilhas Turks e Caicos e Cuba, o furacão Irma perdeu força, mas logo voltou à categoria 5, a mais alta na escala Saffir-Simpson. Em seguida, Irma diminuiu de intensidade, chegando à Flórida na categoria 4. Mas continua muito perigoso, advertem meteorologistas.
Foto: Reuters/I. Alvarado
Estragos em Cuba
No sábado, Irma chegou à costa norte de Cuba, onde o país insular retirou milhares de turistas que passavam férias em resorts. Segundo o jornal oficial "Granma", o ciclone provocou danos, falta de energia e inundações na região costeira, como se vê aqui em Havana.
Foto: Reuters
Enchentes no Haiti
Segundo estimativas iniciais, no Haiti e na República Dominicana o Irma causou menos danos do que se esperava. Cerca de 200 casas foram destruídas na República Dominicana, mas não foram registrados mortos. A região norte do Haiti, no entanto, pode vir a sofrer inundações.
Foto: Reuters/A. Martinez Casares
Destruição em Saint Martin
Além da devastação, o Irma provocou dez mortes nas ilhas francesas de Saint Martin e St. Barts, e mais duas na parte holandesa de Saint Martin (foto). Os prejuízos são bilionários.
Foto: Reuters/Netherlands Ministry of Defence-Gerben van Es
Barbuda "quase inabitável"
A ilha de Barbuda teve 95% de suas construções danificadas. A mídia local afirma que o furacão deixou Barbuda "quase inabitável" e "inundada". Os danos foram estimados em cerca de 150 milhões de dólares e deixaram desabrigados cerca de 60% da população de 1.800 habitantes da ilha.
Foto: picture-alliance/AP Photo/J. Jno-Baptiste
Porto Rico
Principalmente a costa norte de Porto Rico foi atingida pelo Irma. Mais da metade da população de três milhões de habitantes ficou sem energia. O governador Ricardo Rossello ativou a Guarda Nacional. Um total de 460 abrigos de emergência foi disponibilizado ao redor da ilha.
Foto: Reuters/A. Baez
No escuro e sem água
Além da destruição e da falta de luz, a passagem do furacão Irma em Porto Rico deixou mais de 30 mil cidadãos sem água.