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British Airways e Iberia

8 de abril de 2010

Desde 2008, as duas empresas buscam um acordo para sair do vermelho e crescer no setor do transporte aéreo mundial. Com a fusão, a nova companhia terá capacidade similar à da Air France-KLM ou da Lufthansa.

Nova companhia se chamará International Airlines Group

As companhias aéreas British Airways (BA) e Iberia informaram em comunicado, nesta quinta-feira (08/04), em Londres, que firmaram um acordo de fusão de oito bilhões de dólares. O contrato entre as empresas deverá ser fechado no final de 2010 para formar a terceira maior empresa aérea do mundo.

A nova companhia se chamará International Airlines Group e terá sede em Londres. Os acionistas da BA terão 55% da nova empresa, enquanto os da Iberia deterão 45%.

Juntas, BA e Iberia possuem uma frota de 408 aviões, com os quais planejam transportar 58 milhões de passageiros a 200 destinos. Apesar da criação do novo grupo, as empresas conservarão as suas marcas e operações.

Em busca do crescimento

Willie Walsh, chefe executivo da British Airways (à esquerda) e Fernando Conte, ex-presidente da Iberia (à direita), em julho de 2008.Foto: AP

Antonio Vázquez, presidente da empresa espanhola, acredita que a fusão representa "um passo importante para a criação de uma das maiores companhias do mundo, que estará mais bem preparada para concorrer com as outras empresas aéreas".

Segundo Willie Wash, presidente da companhia britânica, a fusão permitirá à empresa oferecer aos clientes uma rede maior e com mais combinações.

O acordo ainda tem que ser aprovado pela Comissão Europeia, em Bruxelas, e pela junta de acionistas de ambas as empresas. As companhias esperam que os proprietários aprovem o acordo em novembro.

Com o pacto, as companhias poderão ganhar 400 milhões de euros (533 milhões de dólares) a partir do quinto ano após o fechamento do contrato. A nova companhia terá capacidade próxima à da Air France-KLM e da Lufthansa, duas das maiores do setor europeu.

Saindo do vermelho

O contrato entre as companhias deverá ser fechado no final de 2010Foto: AP

As conversações sobre a fusão começaram em julho de 2008, como reação à diminuição da demanda por voos e ao crescimento das linhas aéreas de voos baratos.

A companhia espanhola registrou em 2009 um déficit de 273 milhões de euros, enquanto a britânica somou 460 milhões de euros no vermelho. Segundo analistas do banco português BPI, a Iberia segue tendo o direito de anular a fusão se o resultado não for satisfatório.

Voando alto

BA, Iberia e Arican, membros da aliança Oneworld, querem fortalecer os laços para conquistarem novos segmentos de mercado nos Estados Unidos e na Europa, com o acordo Open Skies.

Segundo Stephen Furlong, analista do Davy Stockbrokers, a união com a American seria o próximo passo na agenda da BA e da Iberia. Ele supõe que as empresas também estejam em busca de parceiros na Ásia.

"Há muitas companhias aéreas no mundo e a maior será a melhor no futuro. A BA espera que este seja o início de várias fusões", disse o especialista.

DD/Reuters/dpa
Revisão: Simone Lopes

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