O ator francês Gérard Depardieu vai interpretar o ditador soviético Josef Stalin em um filme dirigido pela atriz e diretora francesa Fanny Ardant.
Depardieu – que se tornou cidadão russo após convite do presidente Vladimir Putin – vai protagonizar uma adaptação cinematográfica de um romance chamado Le Divan de Staline (O sofá de Stalin, em tradução livre), de Jean-Daniel Baltassat.
O filme será ambientado nos anos 1950 e relata a história de um artista que recebeu a incumbência de construir um monumento para honrar o líder da ex-União Soviética, mas enfrenta uma investigação realizada pela KGB. Stalin morreu em 1953.
Depardieu, de 67 anos, é um dos atores mais bem-sucedidos da França. Ele ganhou destaque por seus papéis em Cyrano de Bergerac, Os Miseráveis, Jean de Florette, entre outros. Ele é mais conhecido no exterior pelas comédias Green Card - Passaporte para o amor e Asterix e Obelix.
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Desde os primórdios do cinema, cenários elaborados são criados para filmes. Antes feitos de papel machê, hoje eles nascem no computador. Relembre universos fictícios de sucesso, de "Metrópolis" a "Jogos Vorazes".
Foto: picture-alliance/dpa/M. CloseOs quatro filmes da série "Jogos Vorazes" são o exemplo mais recente de um mundo fictício extremamente elaborado para o universo cinematográfico. Milhões de dólares foram gastos com o cenário. O resto surgiu, como na maioria dos novos filmes do gênero, a partir do computador. A quarta parte da série, "Jogos Vorazes: A Esperança - O Final", chega em novembro de 2015 aos cinemas mundo afora.
Foto: picture-alliance/dpa/Studiocanal/M. CloseO diretor francês Georges Méliès é considerado o pioneiro dos mundos fictícios na telona. Seu mais famoso filme, "Viagem à Lua", de 1902, mostrou aos surpresos espectadores daquele tempo do que o cinema era capaz. Não só a Lua aparece na tela como um corpo celeste, como também há detalhes de uma paisagem num planeta distante.
Foto: picture-alliance/dpaFoi o diretor alemão Fritz Lang que criou, em grande estilo, um mundo visionário para o seu filme "Metrópolis", de 1927. A ficção científica do cineasta estabeleceu novos padrões, e, ainda hoje, muitos diretores se inspiram nas imagens e estruturas do filme.
Foto: picture alliance / dpaO técnico de efeitos americano Ray Harryhausen aperfeiçoou a chamada técnica de stop-motion na década de 1950. Muitos filmes famosos do gênero, como "O Monstro do Mar Revolto" (1955) ou "A Invasão Dos Discos Voadores" (1956), foram criados usando essa técnica. Diversos filmes de desastres e ficção científica receberam os retoques finais de Harryhausen.
Foto: Getty ImagesEspecialmente nos filmes de ficção científica, cenógrafos podiam extravasar e criar mundos artificiais. Para a série de TV "Star Trek", que foi lançada na década de 1960 e também inspirou alguns filmes, não foram construídas apenas naves espaciais, mas também vários planetas diferentes. Recentemente, foi anunciada a continuação de "Star Trek" na TV americana.
Foto: picture-alliance/dpa1977 foi o ano dele, o responsável pela criação de novos mundos na telona: o diretor americano George Lucas levou o primeiro Star Wars aos cinemas. Gerações inteiras de jovens fãs se mostraram encantados com o universo cinematográfico do diretor. Um fascínio que continua até hoje. Em meados de dezembro deste ano, estreia um novo filme da série.
Foto: imago/ADDois anos mais tarde, a primeira parte de Mad Max, do australiano George Miller, foi lançada. O cineasta mostrou muita imaginação com sua mistura de visão do futuro e olhar para o passado. A partir de então, mundos artificiais começaram a se misturar bastante. Em filmes como "Mad Max: Estrada da Fúria" (2015), o futuro parece bastante antigo em certos momentos.
Foto: picture alliance/AP Photo/Warner Bros/Com filmes como "Edward Mãos de Tesoura" (1990) e "Alice no País das Maravilhas" (2010), o diretor americano Tim Burton se mostrou particularmente imaginativo. Seus mundos artificiais foram parar até em museus. O Max Ernst Museum, em Brühl, Alemanha, está com uma exposição que mostra a trajetória do diretor. De lá, ela segue para o Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo, em fevereiro de 2016.
Foto: picture-alliance/dpa/M. BeckerO diretor alemão Roland Emmerich tem se mostrado um transgressor dos mundos fictícios cinematrográficos nos últimos anos. Emmerich, que fez muito sucesso em Hollywood com filmes como "Independence Day" (1996) e "Godzilla" (1998), é um especialista em filmes sobre o futuro e desastres.
Foto: picture-alliance/dpa/FilmProvavelmente o mais impressionante dos mundos artificiais, pelo menos no gênero da ficção científica, foi criado para o filme "Blade Runner", de 1982. O caçador de replicantes Rick Deckard, personagem de Harrison Ford (à dir.) percorre, ao longo do filme, um mundo futurista fantástico, que, ao contrário de obras como "Star Wars", tem muitas dimensões realistas.
Foto: picture-alliance/dpaSe Blade Runner estabeleceu novos padrões para o cinema de Hollywood, o filme francês "O Quinto Elemento", de 1997, mostra que os diretores europeus também têm muito a oferecer em termos de mundos artificiais. A ficção científica de Luc Besson remete, em algumas cenas, a "Blade Runner", mas o diretor também definiu seus próprios contornos.
Foto: picture-alliance/dpaA trilogia "O Senhor dos Anéis" foi inovadora no gênero fantasia. Os filmes de 2001 a 2003 (na imagem, Christopher Lee em As Duas Torres) ofereceram aos fãs ao redor do mundo uma mistura de fantasia e espetáculo histórico. Devido ao sucesso comercial, uma década depois, foram filmadas também as três partes da série "O Hobbit".
Foto: picture-alliance/dpa/Warner"Avatar" (2009), do diretor James Cameron, é o filme de maior sucesso de todos os tempos. Os cenários extremamente criativos foram feitos, sobretudo, pelo computador. O efeito 3D foi usado de forma muito eficaz, o que fez com que a técnica, que já havia obtido algum sucesso em 1950, voltasse a estourar.
Foto: picture alliance/Mary Evans Picture Library pixelEmbora, no geral, os mundos fantasiosos sejam mais orientados para o gênero comercial à la Hollywood, surgem, aqui e ali, universos fictícios entre o cinema autoral europeu. Um bom exemplo é o filme "Melancolia" (2011), do diretor dinamarquês Lars von Trier. Mas mesmo eles acabam recorrendo, em boa parte, aos efeitos digitais.
Foto: picture-alliance/dpa/Concorde FilmverleihA série de televisão "Game of Thrones" prova que mundos artificiais não são criados apenas para as telonas. Produzida desde 2011 para um canal americano, a série tem cinco temporadas e conquistou o público mundo afora.
Foto: picture alliance / AP PhotoEste filme de 2015 é outro exemplo recente de uma produção que criou um mundo totalmente próprio para o cinema. O enredo do filme de grande sucesso se passa quase exclusivamente em Marte. "Perdido em Marte" abre mão de monstros e outras figuras fantasiosas. As paisagens foram todas concebidas por computador ou filmadas na Terra. Assim, mundos artificiais também podem parecer bem reais.
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