Diplomatas europeus esperam mais um "show de Trump", desta vez em Buenos Aires. Para o presidente americano e seu "American first", a cúpula das 20 economias mais importantes do mundo é mais um estorvo do que uma chance.
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A reunião de cúpula deste ano do G20, a ser iniciada nesta sexta-feira (30/11) em Buenos Aires, já é a 20ª do grupo, mas a primeira na América Latina. O presidente argentino, Mauricio Macri, que a nível doméstico luta contra uma crise financeira, quer mostrar às 20 economias mais importantes do mundo os problemas e preocupações da região.
"Temos sempre que estar conscientes de que lidamos com um mundo em que as injustiças aumentam ao invés de diminuir, e isso em todos os lugares", diz Pedro Villagra Delgado, diplomata que participou como representante argentino das negociações prévias com os outros 19 membros do grupo. Macri anunciou fazer "um G20 que traga algo para cada pessoa", ressalta. "Você pensa que isso é algo óbvio. Mas quando olhamos mais atentamente, não é assim."
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O G20 deve discutir desta vez sobre o futuro do trabalho num mundo digitalizado, desenvolvimento sustentável e segurança alimentar. Para o experiente diplomata, entretanto, é claro que uma outra questão e, especialmente, um presidente em especial, vão dominar a cena em Buenos Aires: com sua política comercial "America first", Donald Trump irritou tanto aliados, como União Europeia e Canadá, como rivais, como a China.
"Tarifas punitivas e conflitos comerciais fazem o comércio mundial encolher", alertou a chefe do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, ao se referir a um relatório da instituição sobre o impacto mundial da recente onda de restrições comerciais a ser apresentado durante o G20. "Na pior das hipóteses, o PIB global pode sofrer uma queda de cerca de 0,5% sob as atuais medidas. Essa é a nossa avaliação, que compartilhamos com qualquer um que esteja interessado em comércio", frisou Lagarde nas vésperas da cúpula.
À frente da maior economia da Europa, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, deve chamar atenção em Buenos Aires para a importância de um comércio mundial justo e livre. No momento, a situação parece indicar para uma cúpula ao estilo "todos contra um, todos contra Trump". O presidente americano, que estará presente em apenas um dos dois dias da cúpula na Argentina, dificilmente se deixará levar por tais reivindicações. Para ele, trata-se de "America first", como voltou a deixar claro semana passada, antes do feriado de Ação de Graças.
Nesse ponto, as instituições internacionais, como a Organização Mundial do Comércio (OMC) ou o G20, servem para ele mais como um estorvo. Trump quer usar a reunião em Buenos Aires para conversar com o presidente chinês, Xi Jinping. Ele quer um "deal" bilateral e, ao mesmo tempo, usa de ameaças.
"Nós estamos lidando muito bem com a China. A China quer desesperadamente fazer negócio. Talvez eles não digam para vocês, mas eles querem muito mesmo. Eu ainda tenho mais 250 bilhões de dólares em punições tarifárias que poderia impor, se não chegarmos a um acordo. Acreditem em mim, eu as vou impor, porque a China roubou nosso país por muitos e muitos anos, e isso não vai acontecer comigo", disse Trump em Washington.
Não há notícias sobre se o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, terá chance de negociar com Donald Trump sobre tarifas punitivas sobre aço e automóveis. As negociações iniciadas pelos parceiros transatlânticos no meio deste ano fracassaram. Juncker rejeita a abordagem dos EUA. "Eu não gosto do unilateralismo que não presta atenção às necessidades dos outros, e sempre serei um multilateralista convicto", afirmou Juncker em seu discurso sobre o Estado da União em setembro.
À margem da cúpula do G20, uma reunião de Trump com o presidente russo, Vladimir Putin, também está sendo planejada, embora ainda o encontro ainda não tenha sido oficialmente confirmado. Ambas as partes não discutem tanto atualmente sobre questões comerciais, mas sobre o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF, na sigla em inglês), que Donald Trump quer revogar. Os EUA acusam a Rússia de violar o pacto, algo que o Kremlin nega.
Além do "show de Trump" – como diplomatas da UE descrevem o esperado espetáculo – haverá muitas discussões em Buenos Aires sobre uma melhor formação profissional para jovens e trabalhadores. No ano passado, a Alemanha, que ocupava a presidência do G20, destinou um foco especial para a África.
O "Pacto pela África", decidido em Hamburgo, foi bem-sucedido, na opinião do presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa. Ele visitou recentemente a Alemanha e participou de uma conferência preparatória do G20. "A maneira como seu sistema funciona, onde trabalhadores, empresas e o Estado cooperam, foi para nós uma janela pela qual pudemos olhar. Nós podemos dizer que aprenderemos isso. Um desafio nisso é a falta de habilidades. Há uma enorme escassez de trabalhadores qualificados em nosso país. Nisso, a Alemanha ainda pode nos ensinar muito", disse Ramaphosa à delegação alemã.
"A formação de trabalhadores qualificados deve pode ser um modelo não apenas para a África, mas para muitas partes do mundo”, diz Pedro Villagra Delgado, do G20. "Mostramos ao G20 a visão do sul, a perspectiva de um país em desenvolvimento. Pois ainda somos um país em desenvolvimento. Isto é claramente refletido em nossas prioridades". E essas prioridades são muito diferentes das do presidente dos EUA, de acordo com Villagra Delgado.
Os anfitriões argentinos esperam que, no final, os líderes dos países responsáveis por mais de 80% do PIB global voltem a ficar mais unidos, apesar de Trump. "Meu desejo é que o documento final da cúpula do G20 mostre o comprometimento dos poderosos de voltarem a cooperar para o bem de todos nós."
A declaração final da cúpula será redigida somente no segundo dia, quando Donald Trump estará voltando para casa. Diplomatas da UE disseram antes do início da cúpula que há também muitos pontos em comum com a delegação dos EUA. Por exemplo, eles querem reformar conjuntamente a OMC. Mas em pelo menos uma coisa a comunidade internacional pode se dizer grata a Trump e seu pessoal: "Eles provocaram muito e deram movimento a antigos conflitos", diz Pedro Villagra Delgado. "A única coisa certa é que as coisas estão mudando – não há inércia na comunidade internacional", resume o veterano diplomata argentino.
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Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Começa a cúpula do G20 em Buenos Aires
No início da cúpula do G20, em Buenos Aires, o presidente da Argentina, Maurico Macri, pediu aos líderes dos países presentes para apoiarem a cooperação internacional e o multilateralismo. Durante dois dias, os líderes das 20 principais economias desenvolvidas e emergentes do mundo debaterão sobre os temas mais relevantes da agenda global, num momento de fortes tensões comerciais. (30/11)
Um problema técnico no avião que levava Angela Merkel para cúpula do G20, na Argentina, fez com que a viagem fosse adiada. O avião precisou fazer uma escala forçada em Colônia. O problema ocorreu uma hora após a decolagem em Berlim. A chanceler federal da Alemanha perderá o início do evento em Buenos Aires, mas pretende chegar para o jantar com líderes. (29/11)
Foto: Reuters/A. Rinke
UE fixa data para fim da era do carbono
Numa estratégia de longo prazo, a União Europeia (UE) instou governos, empresas e cidadãos a aderirem à ambiciosa meta de cortarem as emissões de gases do efeito estufa, deixando de lado os combustíveis fósseis, e atingirem a chamada "neutralidade climática" até 2050. (28/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Geisler-Fotopress
Morre criador do "Bob Esponja"
O criador do famoso desenho "Bob Esponja", Stephen Hillenburg morreu, aos 57 anos, nos Estados Unidos, após complicações de uma esclerose lateral amiotrófica (ELA). Nascido em 21 de agosto de 1961 em Lawton, Hillenburg foi professor de Biologia Marinha antes de se dedicar totalmente ao desenho criado em 1999. Ele deixou a esposa e um filho. (27/11)
Foto: Reuters/L.E. Ascu
Dezenas de baleias morrem na Nova Zelândia
Mais de 140 baleias-piloto morreram encalhadas no fim de semana na Ilha Steward, no sul da Nova Zelândia. Elas ficaram presas na baía Mason, em dois grupos separados por dois quilômetros. Aproximadamente metade das baleias já estava morta quando os socorristas chegaram. A causa do encalhe não foi determinada. Mas doenças, predadores ou condições climáticas extremas podem ter sido fatores. (26/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/Department of Conservation
UE aprova termos do Brexit
Os líderes dos 27 países restantes na União Europeia após a saída do Reino Unido do bloco deram seu aval aos termos para o Brexit acordados com a primeira-ministra britânica, Theresa May. Além do acordo sobre como se dará a separação, já aprovado por ministros, foi aprovada a declaração política sobre como deve ser a relação entre ambas as partes, a ser anexada ao pacto principal. (25/11)
Foto: Reuters/Y. Herman
Parisienses contra alta de combustíveis
Com gás lacrimogêneo e canhões d'água, 3 mil de policiais enfrentaram manifestantes reunidos no centro de Paris para protestar contra o aumento da tributação de combustíveis decretado por governo Macron. "Coletes amarelos" portavam cartazes com dizeres como “morte aos impostos”. Nos últimos dias também houve bloqueios de estradas pelo país. (24/11)
Foto: Reuters/B. Tessier
Lula, Dilma e Palocci viram réus no caso do “Quadrilhão do PT”
Um juiz aceitou denúncia contra os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff e os ex-ministros Antonio Palocci e Guido Mantega por organização criminosa, o caso conhecido como "Quadrilhão do PT”. Segundo a denúncia, os acusados participaram de um esquema de propinas que funcionou entre 2002 e 2016. É a primeira vez que a ex-presidente Dilma se torna ré em uma ação criminal. (23/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/E. Peres
Berlim cerca feira de Natal onde ocorreu atentado em 2016
Os preparativos para o mercado de Natal nas proximidades da igreja Gedächtniskirche, em Berlim, incluem este ano medidas severas de proteção. Gradesde metal e sacos de areia vão formar uma fortaleza em torno da praça Breitscheidplatz, onde em 2016 um tunisiano usou um caminhão para avançar sobre as barracas do mercado, matando 12 pessoas e ferindo mais de 70. (22/11)
Foto: picture-alliance/dpa/P. Zinken
Descoberto no Brasil dinossauro de pescoço longo mais antigo do mundo
Pesquisadores apresentaram uma nova espécie de dinossauro descoberta no Brasil em estudo publicado na revista científica britânica Biology Letters. O animal, que recebeu o nome de Macrocollum itaquii, seria o dinossauro de pescoço longo mais antigo do mundo. Pesquisadores escavaram três esqueletos fossilizados em rochas triássicas do município de Agudo, no Rio Grande do Sul. (21/11)
Foto: Márcio L. Castro
Cubanos começam a deixar Mais Médicos
Cubanos que integram o programa Mais Médicos receberam uma orientação do país caribenho e começaram a deixar de atender pacientes em alguns municípios. Representantes do Brasil, de Cuba e da Organização Pan-Americana da Saúde, que intermediou o contrato entre os dois países, se reuniram em Brasília e decidiram que os médicos cubanos deixarão gradualmente o programa até 12 de dezembro. (20/11)
Foto: Getty Images/AFP/E. Sa
Descoberto afresco com cena da mitologia greco-romana
Arqueólogos revelaram no parque arqueológico de Pompeia um afresco até então desconhecido: a "cena de sensualidade" mostra a princesa Leda sendo seduzida por um cisne, que na realidade é Zeus, rei dos deuses do Olimpo, metamorfoseado. A antiga cidade foi soterrada no ano 79 pelo vulcão Vesúvio. "As descobertas extraordinárias continuam", comentou o diretor do parque, Massimo Osanna. (19/11)
Foto: picture-alliance/dpa/Cortesía/Notimex
Macron pede união franco-alemã para evitar "caos"
Em Berlim, o presidente francês Emmanuel Macron disse que cabe à França e à Alemanha a abertura de "uma nova etapa" na construção de uma Europa soberana para evitar o risco de "caos global". "A Europa, e dentro dela o par franco-alemão tem a obrigação de não deixar o mundo mergulhar no caos e sim acompanhá-lo no caminho da paz", disse Macron. (18/11)
Foto: picture-alliance/AP Photo/M. Sohn
Submarino argentino desaparecido há um ano é localizado
O Ministério da Defesa e a Marinha da Argentina informaram que a empresa americana Ocean Infinity encontrou o submarino argentino ARA San Juan, desaparecido há um ano nas águas do Atlântico com 44 tripulantes a bordo. O submarino foi encontrado a 900 metros de profundidade. As imagens dos destroços sugerem que a embarcação sofreu uma "implosão" no casco por causa da pressão do mar. (17/11)
Foto: picture-alliance/dpa/AP/Argentina Navy
Camboja condena ex-líderes comunistas
O Tribunal Internacional do Camboja condenou a prisão perpétua os dois últimos líderes vivos do Khmer Vermelho por genocídio e crimes contra a humanidade cometidos pelo regime comunista entre 1975 e 1979. Os acusados são Nuon Chea, de 92 anos, o segundo na hierarquia e ideólogo da organização, e Khieu Samphan, de 87, ex- chefe de Estado. (16/11)
Foto: Reuters/ECCC
Crise no Reino Unido
A primeira-ministra britânica, Theresa May, luta por sua sobrevivência política enquanto busca apoio para um acordo preliminar para o Brexit alcançado com a União Europeia (UE). May defendeu sua estratégia perante o Parlamento Britânico, após dois de seus ministros e dois secretários de Estado anunciarem suas renúncias. (15/11)
Foto: Reuters/Pool/I. Vogler
Cuba abandona Mais Médicos
Cuba comunicou que, após cinco anos, vai se retirar do programa Mais Médicos devido a declarações "ameaçadoras e depreciativas" do presidente eleito Jair Bolsonaro. Para Havana, as modificações sinalizadas pelo futuro governo no projeto são "inaceitáveis". Bolsonaro reagiu ao anúncio, afirmando que "infelizmente" Cuba não aceitou as condições impostas para a continuidade do programa. (14/11)
Foto: DW/C. Neher
Incêndio mortal na Califórnia
O número de mortos do incêndio florestal "Camp Fire", no norte da Califórnia, aumentou para 42, fazendo com que este seja não apenas o pior incêndio da história do estado da costa oeste dos Estados Unidos como também o mais mortal. O Camp Fire atinge uma área de 470 quilômetros quadrados e, em cinco dias, consumiu mais de 7,1 mil residências e outras estruturas. (13/11)
Foto: Getty Images/J.Edelson
Morre aos 95 anos Stan Lee
Morreu aos 95 anos, Stan Lee, lenda dos quadrinhos e pai dos mais importantes personagens da Marvel, como Homem-Aranha, Hulk e X-Men. Como escritor e editor, Lee foi a chave para a ascensão da Marvel como um império dos quadrinhos na década de 1960. Em colaboração com artistas como Jack Kirby e Steve Ditko, ele criou super-heróis que encantaram várias gerações de leitores. (12/11)
Foto: Getty Images/R. Polk
Macron discursa contra o nacionalismo
O presidente Emmanuel Macron recepcionou líderes mundiais em Paris para as celebrações dos cem anos do armistício da Primeira Guerra. Ele criticou sentimentos de nacionalismo e alertou para "demônios antigos" que ameaçam a paz. "Ao dizer 'nossos interesses em primeiro lugar, não importa o que aconteça aos outros', você apaga a coisa mais preciosa que uma nação pode ter: seus valores morais."
Foto: Reuters/B. Tessier
Fim da Primeira Guerra Mundial
O presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, protagonizaram um encontro histórico em Compiègne, ao norte de Paris, no mesmo lugar onde, cem anos atrás, a Alemanha e as potências aliadas assinaram o armistício que encerrou a Primeira Guerra Mundial. Merkel e Macron depositaram uma coroa de flores no local. (10/11)
Foto: Getty Images/AFP/A. Jocard
Os 80 anos da "Noite dos Cristais"
Uma cerimônia do Conselho Central dos Judeus em Berlim marcou os 80 anos da "Noite dos Cristais", quando, na noite de 9 para 10 de novembro de 1938, houve tumultos generalizados contra judeus e instituições e estabelecimentos judaicos em toda a Alemanha. No evento, a chanceler federal Angela Merkel reiterou a necessidade de se agir de forma decidida contra o antissemitismo e o racismo. (09/11)
Foto: Getty Images/AFP/T. Schwarz
Trudeau pede perdão por recusa de judeus
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, se desculpou formalmente, em nome de seu país, pela recusa do Canadá em aceitar centenas de refugiados judeus que fugiam da Alemanha nazista pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial. Do grupo recusado, mais de 250 morreram durante o Holocausto. "Lamentamos por não termos pedido desculpas antes", afirmou o premiê. (08/11)
Foto: Reuters/C. Wattie
Procurador-geral dos EUA renuncia
O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, renunciou ao cargo a pedido do presidente americano, Donald Trump. A relação entre os dois estava estremecida há pouco mais de um ano, desde que Sessions se afastou da investigação sobre a suposta ingerência russa nas eleições presidenciais. (07/11)
Foto: Reuters/K. Dietsch
Eleições nos Estados Unidos
Os eleitores americanos foram às urnas para renovar parte do Congresso. As eleições de meio de mandato ("midterm") ocorrem sempre cerca de dois anos após a posse do presidente e, especialmente neste ano, são vistas como um referendo sobre a gestão na Casa Branca. Se perder maioria no Congresso, Donald Trump pode ter projetos travados pelo restante do mandato. (06/11)
Foto: Reuters/J. Sommers
Egito cancela visita oficial do Brasil
O governo do Egito cancelou uma visita oficial que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, faria ao país árabe. O governo brasileiro foi informado sobre a decisão às vésperas da viagem, algo atípico na diplomacia. Cairo alegou problemas na agenda, mas o gesto foi entendido como uma retaliação a declarações pró-Israel feitas recentemente pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. (05/11)
Foto: picture alliance/AP Photo/A.Cubillos
Primeiro dia do Enem 2018
Milhões de candidatos em todo o Brasil participaram do primeiro dia de provas do Enem 2018, que contou com 45 questões de ciências humanas, 45 questões de linguagens e uma redação. O tema da dissertação foi "Manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados na internet". O segundo dia de exame ocorre em 11 de novembro, com questões de ciências da natureza e matemática. (04/11)
Foto: Agência Brasil/V. Campanato
Tensão no Paquistão após absolvição de cristã
O destino da paquistanesa Asia Bibi, uma cristã condenada à morte por blasfêmia e que foi absolvida da sentença há alguns dias, foi posto num limbo depois que o Paquistão permitiu que extremistas islâmicos apelassem contra sua absolvição. Críticos condenaram o governo por ceder aos radicais. Ela segue presa, enquanto seu advogado deixou o Paquistão dizendo temer por sua vida. (03/11)
Foto: Getty Images/AFP/A. Hassan
Professores contra "escola neutra" na Alemanha
Cerca de 100 professores de uma escola em Hamburgo lançaram um manifesto contra a plataforma online criada pelo partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD), que permite que alunos denunciem professores que expressarem opiniões políticas durante as aulas. Profissionais acusam a AfD de "distorção dos princípios democráticos" e defendem a liberdade de opinião. (02/11)
Foto: picture-alliance/dpa/D. Karmann
Moro aceita chefiar Ministério da Justiça
O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância, aceitou nesta o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para assumir o comando do Ministério da Justiça. Após reunião no Rio de Janeiro, Moro disse em nota estar "honrado" com o convite e que aceita o cargo com "certo pesar", pois terá abandonar seus 22 anos de magistratura. (01/11)