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G7 debate crise migratória e economia mundial

26 de maio de 2016

Na abertura da cúpula no Japão, líderes visitam santuário xintoísta tido como um dos locais mais sagrados do país. Presidente do Conselho Europeu pede mais apoio do grupo para nações que acolhem refugiados.

Foto: Reuters/J. Watson

Na abertura do encontro do G7 no Japão, os líderes das sete mais avançadas economias do mundo visitaram nesta quinta-feira (26/05) o santuário xintoísta de Ise, considerado um dos locais mais sagrados do país. A cúpula prossegue até esta sexta-feira.

Dirigentes de Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Reino Unido e União Europeia foram recebidos pelo primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, no santuário, localizado numa zona montanhosa e de bosques na província de Mie, no centro do país.

O premiê japonês aguardou a chegada de cada chefe de Estado e de governo sob um dos torii (arco sagrado) que marca a entrada do espaço e apertou a mão de todos. O primeiro a chegar foi o presidente francês, François Hollande, e o último, o seu homólogo americano, Barack Obama.

Antes do início do evento, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediu promessas financeiras mais elevadas para o atendimento de refugiados, afirmando que o G7 deve ter um papel importante na solução do problema. "Se não tomarmos a iniciativa de enfrentar a crise, não há ninguém mais que o faça", afirmou Tusk, que participa do encontro, juntamente com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. "Sabemos que, devido à localização geográfica, a maior responsabilidade recai sobre a Europa", acrescentou, ressaltando, entretanto, que o continente não deve ser deixado sozinho.

Segundo ele, o G7 deve se comprometer a aumentar a ajuda global a longo prazo para ajudar os refugiados e os países que os acolhem, como Turquia, Líbano e Jordânia.

No primeiro dia da cúpula, os líderes querem discutir maneiras de impulsionar a economia global.

Juncker se disse a favor da conclusão de acordos de livre comércio. A UE está negociando tais tratados com EUA e Japão. Com o Canadá, as negociações sobre o Ceta foram concluídos. Na Europa, há uma grande resistência ao acordo TTIP, planejado com os EUA.

O evento ocorre envolto pelo maior esquema de segurança da história recente do Japão, incluindo 23 mil policiais apenas no local da cúpula.

Também foram convidados para consultas os líderes de Bangladesh, Indonésia, Laos, Papua-Nova Guiné, Sri Lanka e do Chade, que atualmente preside a União Africana. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente do Banco Mundial, Jim Young Kim, e a presidente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, também tomam parte do encontro.

Os vizinhos e rivais do Japão, Rússia e China estão ausentes como potenciais convidados adicionais da reunião. China, a segunda maior economia do mundo, tem disputas com várias nações asiáticas por causa de ilhas no Mar da China Meridional. A Rússia, cuja costa leste é vizinha ao Japão, mantém posição de desacordo com membros ocidentais do G7 desde anexou a Crimeia da Ucrânia, em 2014.

A China pediu nesta quinta-feira aos líderes do G7 que não interfiram nas disputas territoriais entre Pequim e seus vizinhos no Mar da China Meridional. "O grupo deve se concentrar nas suas próprias responsabilidades e não acusar (outros países) em questões sobre as quais não tem competência", afirmou Hua Chunying, porta-voz do ministério chinês do Exterior, durante reunião com a imprensa.

MD/lusa/dpa/afp/ap/rtr

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