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Terrorismo

G7 e gigantes da tecnologia se unem no combate ao extremismo

21 de outubro de 2017

Google, Facebook, Microsoft e Twitter se comprometem com sete grandes economias do mundo a colaborar no combate à propaganda terrorista na internet. Plano pretende remover conteúdo extremista em até duas horas.

Ministros do Interior do G7 e representantes de empresas de internet estiveram reunidos na ilha de Ísquia, na Itália
Ministros do Interior do G7 e representantes de empresas de internet estiveram reunidos na ilha de Ísquia, na ItáliaFoto: Reuters/C. De Luca

Os países do Grupo dos Sete (G7) e algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo, incluindo Google e Facebook, se comprometeram nesta sexta-feira (20/10), em reunião na Itália, a trabalhar juntos em um plano para frear a disseminação de conteúdo extremista islâmico na internet.

O objetivo, segundo representantes que estiveram no encontro, é a remoção de tais conteúdos, por parte das gigantes de tecnologia, num prazo de até duas horas após eles terem sido publicados.

"Estes são os primeiros passos em direção a uma grande aliança em nome da liberdade", declarou o ministro do Interior italiano, Marco Minniti. Ele lembrou que a internet exerce grande importância no "recrutamento, treinamento e radicalização" de extremistas.

Para a secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Elaine Duke, os "inimigos estão se movendo à velocidade de um tweet e, por isso, é preciso combatê-los com a mesma rapidez".

Sua homóloga britânica, Amber Rudd, embora tenha reconhecido avanços em relação à questão, insistiu que as "empresas precisam ir mais a fundo e agir mais rápido não só na remoção de conteúdo extremista, mas também para encontrar formas de impedir que ele seja publicado".

Os ministros do Interior do G7, que inclui Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e EUA, estiveram reunidos durante dois dias na ilha de Ísquia, próximo à cidade italiana de Nápoles.

Nesta sexta-feira, os líderes convidaram as empresas Google, Facebook, Microsoft e Twitter para participarem, pela primeira vez, de uma sessão do grupo focada no combate ao terrorismo.

Em declaração após a reunião, os ministros do G7 instaram a indústria como um todo a fazer mais acerca do assunto. "As empresas de internet continuarão exercendo um papel pró-ativo e garantindo ações decisivas para tornar suas plataformas mais hostis ao terrorismo", diz o documento.

Redes sociais se comportaram por muito tempo como plataformas neutras para o compartilhamento de informações por usuários, e são tradicionalmente cautelosas em remover conteúdo censurável.

No entanto, como essas páginas e aplicativos têm sido cada vez mais utilizados por extremistas para recrutar e radicalizar jovens, bem como compartilhar notícias falsas e incitar o extremismo, as empresas têm sido pressionadas pelos governos a tomar atitudes mais drásticas.

Em junho, Facebook, Microsoft, Twitter e YouTube anunciaram a criação do chamado Fórum Global da Internet para o Combate ao Terrorismo, uma coalizão de empresas a fim de tornar suas plataformas mais "hostis a terroristas e extremistas violentos". Elas se comprometeram a trocar informações e desenvolver métodos mais eficientes para a identificação de conteúdos extremistas.

EK/afp/ap/dpa/lusa/ots

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