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G7 vincula fim de sanções à Rússia a Acordo de Minsk

15 de abril de 2015

Ministros do Exterior das sete maiores economias do mundo exigem que Moscou implemente tratado que deve por fim ao conflito no leste da Ucrânia. Negociações nucleares com Irã e crise no Oriente Médio também são temas.

Foto: Reuters/F. Bensch

Os ministros do Exterior das sete economias mais industrializadas do mundo (G7) condicionaram nesta quarta-feira (15/04) o levantamento das sanções à Rússia ao cumprimento, pelo país, do acordo de paz para a Ucrânia, assinado em Minsk.

"As sanções não são um fim em si mesmas; sua duração deveria estar claramente vinculada à total implementação do acordo de Minsk pela Rússia e ao respeito à soberania ucraniana", afirmaram os ministros do Exterior do G7 em comunicado emitido após encontro em Lübeck, no norte da Alemanha.

"Esperamos que a Rússia use sua influência considerável sobre os separatistas para cumprir seus compromissos em Minsk, na íntegra", declararam os chanceleres da Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Japão.

Os ucranianos e os separatistas pró-Rússia também foram instados a assumir plenamente os compromissos assumidos no âmbito do Acordo de Minsk, assinado em fevereiro. Nesta segunda-feira, em Berlim, os ministros do Exterior de Alemanha, França, Rússia e Ucrânia já haviam pedido o fim das contínuas hostilidades entre os separatistas e as forças do governo ucraniano.

"Não tenho interesse em isolar a Rússia e, que eu saiba, ninguém mais aqui tem", afirmou o ministro do Exterior alemão, Frank-Walter Steinmeier. Ele reforçou que o regresso de Moscou ao G8, do qual foi excluído após a anexação da Crimeia, depende do compromisso com o Acordo de Minsk.

Os chefes da diplomacia do G7, além da chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, se pronunciaram sobre os principais conflitos mundiais no término da reunião preparatória para o encontro do G7 a ser realizado em 7 e 8 de junho na Bavária.

Acordo nuclear com o Irã

O acordo nuclear com o Irã também foi tema da reunião em Lübeck. Os chanceleres do G7 instaram Teerã a cumprir com os compromissos do acordo preliminar sobre seu programa nuclear, fechado há quase duas semanas na Suíça.

O acordo preliminar foi saudado pelos ministros do Exterior, que pediram ao Irã que coopere com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Um acordo final com Teerã deve ser fechado até o fim de junho.

Os representantes do G7 pediram também ao governo iraniano que ajude a por fim aos conflitos sírio e iemenita por meio de uma solução política. No Iêmen, rebeldes da milícia houthi, supostamente apoiados pelo Irã, estão em combate com uma coalizão militar liderada pela vizinha Arábia Saudita, que interveio em nome do governo oficial do Iêmen.

Nesta terça-feira, o Conselho de Segurança da ONU impôs um embargo para a venda e transferência de armas para os líderes houthis. Os chanceleres deixaram claro que apoiam o presidente iemenita, Abd Rabbuh Mansur al-Hadi, que fugiu no mês passado para a capital da Arábia Saudita, Riad.

FC/dpa/afp/rtr

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