Gastos militares globais têm maior aumento anual desde 2010
Daniel Heinrich md
27 de abril de 2020
Em 2019, países gastaram mais de US$ 1,9 trilhão, diz instituto sueco Sipri. Valor também é o mais alto desde início do levantamento, em 1988. Brasil responde por mais de metade das despesas na América do Sul.
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Em 2019, os governos do mundo gastaram mais de 1,9 trilhão de dólares em armamentos, valor mais alto desde 1988, segundo o relatório anual do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz de Estocolmo (Sipri) divulgado nesta segunda-feira (27/04).
Comparadas ao ano anterior, as despesas aumentaram 3,6%. Este foi o maior aumento anual das despesas militares desde 2010. A Alemanha também contribuiu para a ampliação. O país incrementou seus gastos militares em 10% em comparação com o ano anterior. Nenhum outro país entre os 15 que mais gastam com armas no mundo registrou um acréscimo percentual tão acentuado. Berlim gastou um total de 49,3 bilhões de dólares em seus armamentos.
"Mesmo antes do governo Trump, já era exercida pressão sobre a Alemanha para que o país aumentasse seus gastos militares. Essa pressão agora está surtindo efeito", explica o cientista político Max Mutschler, especialista em armamentos do Bonn International Center for Conversion (BICC), um dos principais institutos alemães de pesquisa da paz.
Ele cita também a questão da meta de 2% do PIB visada pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que decidiu, em 2014, durante uma cúpula no País de Gales, que todos os membros da aliança devem se aproximar da meta de gastar 2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em defesa – dentro de 10 anos. "No entanto, também é preciso dizer que os gastos da Alemanha ainda estão significativamente abaixo desses 2%", ressalta Mutschler.
Rússia como ameaça
O brasileiro Diego Lopes da Silva, pesquisador do Sipri, diz que o aumento nos gastos com armamentos alemães também se deve ao fato de "a Rússia ser novamente vista como uma ameaça". A Rússia ocupa o quarto lugar entre as nações que mais gastam com armamentos no mundo, com despesas de 65,1 bilhões de dólares.
Quando se considera o percentual do PIB, fica evidente o quanto o governo de Moscou se preocupa em expandir sua força bélica em comparação com outras áreas: a soma desembolsada em armamentos representa quase 4% do PIB russo. Em comparação, no ano passado, a Alemanha gastou apenas 1,38% do seu PIB em defesa.
Para Lopes da Silva, está claro que o governo de Berlim não está sozinho em sua avaliação sobre a ameaça da Rússia. Segundo ele, muitos outros governos dos países da Otan também estariam observando essa evolução atentos.
O relatório do Sipri mostra claramente o resultado: seis dos 15 países que mais gastaram em armamentos são membros da Otan. Além dos Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido, há também Itália e Canadá. Juntos, todos esses países são responsáveis por quase metade dos gastos militares do mundo. No total, os 29 membros da Otan gastaram mais de 1,03 trilhão de dólares em 2019.
Max Mutschler, do BICC, não se surpreende com os números. "Gastos com armas são baseados cenários worst case (o pior possível)", diz o especialista. Ele observa que, aos olhos do público, os conflitos econômicos entre países estão frequentemente em primeiro plano, mas que possíveis conflitos militares ainda continuam ocupando o pano de fundo. "No caso de uma situação tensa entre os Estados Unidos e a China, por exemplo, não sabemos se haverá um conflito armado, mas os militares desses dois países planejam para esse caso e são muito bem-sucedidos em seu trabalho de lobby."
EUA e China na liderança
Os gastos militares das duas superpotências se destacam novamente no relatório deste ano do Sipri. Em 2019, os Estados Unidos gastaram 732 bilhões de dólares, o correspondente a 38% dos gastos globais com armas. Só o aumento em comparação ao ano anterior corresponde à quantia total que a Alemanha gastou em armamentos em 2019. Parte disso é devido ao alto custo de gastos com pessoal. Nos últimos dois anos, as Forças Armadas americanas contrataram cerca de 16 mil novos militares. Além disso, o país está avançando com a modernização de seu programa de armas convencionais e nucleares.
Por outro lado, de acordo com o relatório do Sipri, a alta nas despesas dos EUA também se deve ao comportamento da China. A potência asiática foi a nação que ampliou suas contribuições de maneira mais significativa nos últimos anos e agora perde apenas para os Estados Unidos, com 14% das despesas globais.
Pequim também aumentou seus gastos militares no ano passado. Em 2019, os gastos militares chineses foram de 261 bilhões de dólares, uma alta de mais de 5% em relação a 2018. Pequim vem aumentando continuamente seus gastos militares desde 1994. Só desde 2010, essa ampliação soma 85%. Isso aconteceu quase em sintonia com o crescimento econômico: a parcela das despesas militares em relação ao PIB foi quase sempre de 1,9%.
Índia ultrapassa Arábia Saudita
Além da China, outra grande potência asiática chama atenção. A Índia aumentou os gastos com armas em pouco menos de 7% em 2019, para 71,1 bilhões de dólares. Para o pesquisador do Sipri Siemon Wezeman, isso está relacionado principalmente ao âmbito geopolítico. "A situação tensa com os países vizinhos Paquistão e China é a principal razão pelas quais o governo indiano aumentou seus gastos militares de maneira tão drástica", sublinha. A potência nuclear superou a Arábia Saudita, passado a ocupar o terceiro lugar no ranking global.
Em comparação com outros países do Oriente Médio, o governo saudita foi o que, de longe, gastou a maior quantia em armamentos. Em 2019, foram 61,9 bilhões de dólares. Porém, em comparação com o ano anterior, os gastos com armas na Arábia Saudita caíram 16%. Tal evolução é surpreendente, de acordo com o relatório do Sipri, já que "a Arábia Saudita continua suas operações militares no Iêmen, e as tensões com o Irã aumentaram". No ano passado, importantes instalações petrolíferas sauditas foram destruídas em ataques aéreos. Além do governo em Riad, EUA, Alemanha, França e Reino Unido culparam o Irã pelos ataques.
Gastos de países emergentes são muito menores
Os gastos com armamento do resto do mundo empalidecem em comparação com as enormes somas dos big players. Os países da América do Sul, por exemplo, gastaram "apenas" cerca de 53 bilhões de dólares. Só o Brasil é responsável por mais da metade disso.
Outro relatório do próprio Sipri divulgado no mês passado afirmou que, no período entre 2015 e 2019, o Brasil se tornou o maior importador de armas da América do Sul, superando a Venezuela, que liderou a lista de importadores do continente no relatório da entidade enfocando o período entre 2010 e 2014.
Os países do sudeste da Ásia juntos somam cerca de 41 bilhões de dólares, e os países do continente africano, pouco mais de 42 bilhões de dólares em despesas militares.
Na África, um destaque são as fortes flutuações nos gastos na África Subsaariana. Em Uganda, por exemplo, os gastos militares dispararam 52%, enquanto despencaram 22% em Burkina Faso. Para os autores do relatório do Sipri, o comportamento diferente referente a esses gastos depende do fato de um país estar envolvido em conflitos militares diretos ou não.
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: DW/N. Pontes
Número de desempregados cresce 13,2% na Alemanha, maior alta mensal desde 1991
A Agência Federal de Emprego (BA) registrou 308 mil novos desempregados em relação ao mês anterior, com um total de 2,644 milhões de pessoas e uma taxa de desemprego de 5,8%. É a primeira vez no pós-guerra que esse índice cresce na Alemanha durante o mês de abril – quando o início da primavera no Hemisfério Norte normalmente contribui para o aquecimento do mercado de trabalho.(30/04)
Foto: picture alliance/dpa/U. Baumgarten
Libertação do campo de concentração de Dachau completa 75 anos
Dachau foi o primeiro campo de concentração que os nazistas construíram em solo alemão. Ele foi instalado em 1933, na pequena cidade de mesmo nome, com capacidade para 5 mil detentos e serviu de modelo para todos os outros campos de concentração. Na manhã de 29 de abril de 1945, a 42ª divisão de infantaria dos EUA tomou o local nas proximidades de Munique, capital da Baviera.(29/04)
Foto: picture-alliance/dpa/T. Hase
EUA têm mais de um milhão de casos confirmados de covid-19
Número de infecções nos EUA corresponde a cerca de um terço do total mundial. A quantidade de mortos pelo novo coronavírus já supera a de soldados americanos que morreram na guerra do Vietnã. Segundo a Universidade Johns Hopkins, a covid-19 já matou 58.365 pessoas, ultrapassando os 58.222 militares mortos durante o conflito no país asiático. (28/07)
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Alemanha projeta maior queda na economia desde 1949
O governo alemão projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolherá 6,3% em 2020 em relação ao ano anterior em decorrência da pandemia de covid-19 e das medidas de isolamento social impostas para conter a doença. Segundo o jornal "Süddeutsche Zeitung", será a maior queda no crescimento econômico desde a fundação da República Federal da Alemanha, em 1949.(27/04)
Foto: Getty Images/D. Hecker
O susto do vírus
O que leva um adulto a se fantasiar de verde e vermelho e fazer medo em crianças? Este palestino da Faixa de Gaza, pelo menos, pretende assim alertar os pequenos, de forma lúdica, para os perigos do novo coronavírus: uma espécie de Pokémon em missão pedagógica. A fantasia virótica – afinal, nem tão assustadora assim – foi costurada pela irmã do benfeitor. (26/04)
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Treinamento contra o vírus
A campeã juvenil de natação Iman Avdic, da Bósnia-Herzegovina, ficou sem possibilidade de treinar, devido ao confinamento do coronavírus. Mas ela e o pai construíram uma raia improvisada, numa espécie de estufa no jardim de sua casa. Assim, a atleta de 13 anos mantém a forma com criatividade. (25/04)
Foto: Reuters/D. Ruvic
Moro pede demissão
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, renunciou ao cargo depois de um embate com o presidente Jair Bolsonaro sobre o comando da Polícia Federal (PF). No anúncio da sua renúncia, Moro acusou presidente de interferir na PF para ter acesso a informações de inquéritos. Ele disse ainda que promessa de "carta branca", dada a ele por Bolsonaro, não foi cumprida. (24/04)
Foto: Reuters/U. Marcelino
CFM não recomenda hidroxicloroquina
Após uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto, o Conselho Federal de Medicina (CFM) afirmou não haver comprovação da eficácia do uso da hidroxicloroquina para o tratamento de pacientes com covid-19, mas liberou os médicos para receitarem a substância em três situações específicas. O CFM também é contra o uso da substância em caráter preventivo. (23/04)
Foto: Getty Images/AFP/G. Julien
Média de enterros triplica em Manaus
O estado do Amazonas enfrenta uma alta incomum no número de enterros, que triplicaram devido à pandemia e ao colapso do sistema de saúde local. O maior cemitério de Manaus teve que abrir valas comuns para sepultar vítimas de covid-19. A prefeitura de Manaus também instalou duas câmaras frigoríficas no cemitério para guardas os corpos antes do enterro. (22/04)
Foto: AFP/M. Dantas
STF autoriza investigação sobre atos anticonstitucionais
O Supremo Tribunal Federal decidiu autorizar a abertura de um inquérito para investigar a organização de atos inconstitucionais pelo país, incluindo as manifestações que pediram o fechamento do Congresso. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes e atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República, que apontou que os atos podem ter violado a Lei de Segurança Nacional. (21/04)
Foto: Getty Images/AFP/S. Lima
Netanyahu e Gantz concordam em formar coalizão em Israel
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ex-general Benny Gantz chegaram a um acordo para formar uma coalizão de emergência, sinalizando que o impasse político que se arrasta há 17 meses no país pode ter chegado ao fim. O novo governo deve durar pelo menos três anos, com Netanyahu mantendo o cargo de premiê na primeira metade desse período, cedendo depois o lugar a Gantz. (20/04)
Foto: Reuters/A. Cohen
Alemanha lembra 75 anos da libertação de campos de concentração
A Alemanha lembrou os 75 anos da libertação dos campos de concentração. Devido à pandemia do novo coronavírus, todos os eventos programados para marcar a data foram cancelados e substituído por cerimônia virtual e atos não abertos ao público que reuniram poucos convidados.(19/04)
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Espanha supera marca de 20 mil mortes por coronavírus
A Espanha ultrapassou a marca de 20 mil mortes pelo novo coronavírus, com um total de 20.043, segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde do país. Ainda segundo a pasta, houve 4.499 novos contágios, o que elevou o número de casos no país desde o começo da pandemia para 191.726.(18/04)
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PIB da China despenca no primeiro trimestre
A economia da China despencou no primeiro trimestre de 2020 devido à crise do coronavírus, que praticamente freou a atividade econômica no país. O Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) anunciou que o PIB chinês caiu 6,8% no período de janeiro a março, na comparação com o mesmo trimestre de 2019. É a primeira queda desde 1992, quando a China começou a divulgar dados trimestrais. (17/04)
Foto: picture-alliance/Xinhua/G. Xulei
Em meio à pandemia, Bolsonaro demite ministro da Saúde
Jair Bolsonaro demitiu seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que será substituído pelo oncologista Nelson Teich. Mandetta e o presidente vinham protagonizando um embate público há mais de um mês, quando o Brasil entrou no compasso do coronavírus. Ao contrário de Bolsonaro, o ministro vinha defendendo o isolamento social para tentar conter o avanço da pandemia. (16/04)
Foto: picture-alliance/dpa/Zumapress/P. Jacob
Casos de coronavírus passam de 2 milhões no mundo
O número de infecções confirmadas pelo coronavírus Sars-Cov-2 ultrapassou 2 milhões em todo o mundo, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins. A cifra de casos dobrou em apenas duas semanas – a marca de 1 milhão havia sido atingida em 2 de abril. A pandemia já atinge 185 países e territórios e matou mais de 134 mil pessoas. (15/04)
Foto: Imago Images/Zuma/B. Jatar
FMI prevê que PIB do Brasil vai encolher 5,3% em 2020
O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que o PIB do Brasil deve recuar 5,3% em 2020, em meio aos impactos negativos da pandemia de coronavírus. Se a previsão se confirmar, será a maior retração desde 1962, quando teve início a série histórica disponibilizada pelo Banco Central. O FMI também apontou que a economia global deve sofrer uma retração de 3% neste ano. (14/04)
Foto: Daimler/Foto: Malagrine
Bernie Sanders anuncia apoio a Joe Biden
O senador Bernie Sanders endossou a candidatura de Joe Biden para a presidência dos EUA. O anúncio ocorre depois de Sanders desistir da disputa pela indicação do Partido Democrata, deixando o caminho livre para que o ex-vice-presidente enfrente o republicano Donald Trump em novembro. "Devemos nos unir para derrotar o mais perigoso presidente na história moderna", disse Sanders. (13/04)
Foto: Imago-Images/UPI Photo
Papa pede união para enfrentar pandemia na missa do Domingo de Páscoa
O papa Francisco celebrou a tradicional missa de Páscoa com a benção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo), sem a presença de fiéis na Basílica de São Pedro, devido à pandemia. Em transmissão por vídeo, o pontífice pediu união entre os povos para enfrentar a covid-19: "Este não é tempo para egoísmos, pois o desafio que enfrentamos nos une a todos e não faz distinção de pessoas", disse.(12/04)
Foto: Reuters/Vatican Media
Homenagem na quarentena
Mantendo distância cautelosa, cidadãos depositam flores diante da cerca de arame farpado do ex-campo de concentração de Buchenwald. Em 11 de abril de 1945, tropas aliadas libertaram o campo nazista nas proximidades de Weimar. Em respeito às medidas de isolamento no combate ao coronavírus, as cerimônias públicas originalmente programadas foram substituídas por homenagens online. (11/04)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Gentzel
Oração em companhia virtual
Na Sexta-Feira Santa, o padre Jonathan Costa orou sozinho no Santuário Dom Bosco, em Brasília. Mas só aparentemente: os bancos da igreja estão ocupados por foros dos fiéis. E a missa de Páscoa é transmitida pela internet: um consolo, em tempos duros de isolamento. (10/04)
Foto: Reuters/U. Marcelino
Alemanha organiza “ponte aérea” para garantir colheita de aspargos
A Alemanha iniciou uma operação de transporte aéreo de trabalhadores sazonais estrangeiros que vão atuar nas colheitas do país, especialmente nas plantações de aspargos. Os dois primeiros voos, organizados com severas medidas de precaução sanitária, aterrissaram em Berlim e Düsseldorf. A bordo dos aviões estavam 530 trabalhadores da Romênia. (09/04)
Foto: picture-alliance/dpa/U. Deck
Bernie Sanders desiste de concorrer à presidência dos EUA
O senador Bernie Sanders abandonou a corrida pela candidatura do Partido Democrata à presidência dos EUA. A decisão ocorreu após o social-democrata acumular uma série de derrotas nas últimas primárias do partido. Agora, o caminho está livre para que o principal adversário de Sanders, o ex-vice-presidente Joe Biden, garanta a indicação e dispute a presidência com o republicano Donald Trump. (08/04)
Foto: Reuters/Bernie Sanders 2020 Campaign
Aeroporto de Frankfurt perde 95% dos passageiros
A pandemia do novo coronavírus atingiu em cheio o aeroporto de Frankfurt, que perdeu 95% dos passageiros. Segundo dados divulgados pela operadora Fraport, na semana de 30 de março a 5 de abril, o terminal recebeu apenas 66.151 passageiros, o equivalente a 5% do número registrado no mesmo período do ano anterior. Já o volume de carga, em comparação com o mesmo período de 2019, diminuiu 25%.
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"Crise do coronavírus é o maior teste da história da UE", diz Merkel
A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que a crise provocada pelo coronavírus é o "maior teste" enfrentado pela União Europeia desde a criação do bloco. A líder comparou a pandemia a uma catástrofe natural. Segundo Merkel, o maior teste será "mostrar que nós estamos prontos para defender nossa Europa e fortalecê-la", por meio de assistência financeira aos Estados-membros. (06/04)
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Fronteira dos amantes
Duas cercas mantêm casais separados na fronteira entre Alemanha e Suíça, em Constança. Muitos pares mantinham contato físico pela cerca colocada pelas autoridades alemãs. Com a segunda barreira, do governo suíço, isso não é mais possível. Travessias para visitas não são mais permitidas devido à pandemia de coronavírus. Antes, a área não tinha obstáculos para pedestres e ciclistas. (05/04)
Foto: picture-alliance/dpa/F. Kästle
Passeio em família em tempos de coronavírus
Esta família de patos em Bruxelas parece aproveitar o pouco movimento das ruas da capital belga para dar um giro pela cidade. Apesar do menor número de veículos circulando, os bichos fazem questão de usar a faixa de pedestres. Como em muitos outros países, as regras de distanciamento social reduziram a movimentação nos centros urbanos da Bélgica. (04/04)
Foto: Imago Images/ZUMA Wire/D. Le Lardic
Coronavírus faz disparar aprovação ao governo Merkel
Quase três quartos dos eleitores alemães (72%) estão satisfeitos com a gestão da crise de coronavírus do governo da chanceler federal Angela Merkel, e apenas 30% dos entrevistados tecem críticas à ação do governo federal. Os dados são de uma sondagem realizada pelo instituto de pesquisa Infratest Dimap para a emissora estatal ARD. (03/04)
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler
Casos de coronavírus passam de 1 milhão no mundo
O número de infecções confirmadas pelo coronavírus Sars-Cov-2 ultrapassou 1 milhão em todo o mundo. A cifra de mortos, por sua vez, ultrapassou 50 mil. O país com o maior número de casos são os EUA, com mais de 240 mil, seguidos da Itália, com 115 mil, e da Espanha, com 112 mil. Contudo, acredita-se que o número real de infecções seja ainda maior, já que muitos países estão testando pouco. (02/04)
Foto: picture-alliance/F. Dana
Primeira indígena com coronavírus no Brasil
O Brasil confirmou o primeiro caso de coronavírus em indígena. A paciente é uma jovem de 20 anos da etnia kokama, que trabalha como agente de saúde indígena e é moradora da aldeia São José, no município de Santo Antônio do Içá, no Amazonas. Ela teve contato com um médico contaminado. Com a confirmação, duas aldeias inteiras, Lago Grande e São José, foram colocadas em isolamento. (01/04)