Gastroplastia reduz riscos da gravidez, diz estudo
26 de fevereiro de 2015
Pesquisadores suecos afirmam que gestantes obesas que passaram por cirurgia de redução de estômago dão à luz bebês mais saudáveis. Obesidade gera riscos maiores de diabetes, nascimentos prematuros e natimortos.
Anúncio
A gastroplastia pode diminuir alguns dos riscos da gravidez associados à obesidade, segundo um estudo sueco publicado no periódico científico The New England Journal of Medicine. Segundo os pesquisadores, mulheres obesas que foram submetidas à cirurgia de redução de estômago deram à luz bebês mais saudáveis em comparação com as que não foram operadas.
No entanto, o estudo também encontrou alguns riscos para as mulheres que passaram pelo procedimento operatório, incluindo o nascimento de bebês abaixo do peso e do tamanho adequado e uma maior probabilidade de natimortos. Porém, os pesquisadores afirmaram que, de forma geral, os resultados foram favoráveis às mulheres que tiveram o estômago reduzido.
Mulheres obesas possuem mais contratempos na gravidez, incluindo o desenvolvimento de diabetes e geração de natimortos. Seus bebês são, além disso, mais propensos a nascer prematuros e desenvolver obesidade infantil.
O estudo procurou descobrir se a cirurgia bariátrica poderia atenuar, com segurança, alguns desses efeitos. Os pesquisadores, liderados pela nutricionista Kari Johansson, do instituto sueco Karolinska, avaliaram os registros de 2.832 mulheres obesas que deram à luz entre 2006 e 2011.
Porém, o novo estudo tem limitações, pois as participantes suecas não eram etnicamente diversificadas, e praticamente todas as operações envolveram a inserção de balões intragástricos. O procedimento é mais invasivo do que implantar uma banda gástrica ajustável, um dispositivo inflável de silicone em forma de anel.
Além disso, o estudo não foi um ensaio clínico randomizado, que é o mais alto padrão de pesquisa científica, porém difícil de ser executado quando gravidez e cirurgias estão relacionadas.
Doenças transmitidas por animais
Saiba mais sobre enfermidades como ebola, febre dos papagaios e varíola bovina.
Foto: Fotolia/pitrs
Perigo dos céus
Os morcegos são considerados os primeiros vetores do vírus do ebola. Em alguns países da África Ocidental, porém, eles são vistos como uma fina iguaria. O vírus foi primeiro transmitido de um animal para um humano, e depois de pessoa para pessoa. Um fim da epidemia de ebola ainda não está à vista.
Foto: picture-alliance/dpa
Varíola bovina
A doença não contamina somente o gado, mas todos os mamíferos, inclusive os humanos. Na Alemanha, não há vacina contra a varíola bovina, mas quem foi vacinado contra a variante humana está protegido. Antigamente, o contágio costumava ocorrer durante a ordenha, sendo as mãos o primeiro foco de infecção.
Foto: Witolld Janczus
Picadas perigosas
Hoje em dia, viajar de um continente a outro não é problema. Mas o que vale para os seres humanos também vale para insetos como o mosquito asiático "Aedes albopictus". Da mesma forma que muitos outros animais exóticos, eles vêm para a Europa junto com mercadorias importadas, geralmente de navio. O inseto é transmissor da dengue.
Foto: picture alliance/Mary Evans Picture Library
Psitacose
A doença conhecida como febre dos papagaios é uma zoonose bastante perigosa, sobretudo para crianças e pessoas debilitadas. Desencadeada por um tipo de clamídia, ela atinge em especial papagaios, periquitos e pombos. Os humanos são em geral infectados pelas fezes secas desses animais, carregada pelo ar junto com a poeira.
Foto: Proaves
Raiva das raposas
Até 2008 ainda havia na Alemanha casos de hidrofobia, transmitida principalmente por raposas. Para os infectados com vírus, a doença era, em geral, fatal. Graças a campanhas de vacinação em massa, ela foi erradicada, e hoje em dia o país é considerado livre da raiva.
Foto: imago/blickwinkel
Perigo felino
A linforreticulose benigna de inoculação é mais perigosa para as crianças. Ela é transmitida pelas mordidas ou arranhões de gatos, que podem portá-la no sangue por muitos anos sem adoecer. Cerca de 13% dos felinos da Alemanha estão infectados com a "doença da arranhadura de gato" (DAG). Nos humanos, ela se manifesta por breve febre alta e gânglios linfáticos inchados na região das feridas.