1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

General apresenta plano para intervenção no Rio

27 de fevereiro de 2018

Militares dizem que não pretendem realizar ocupações permanentes em favelas. Principal objetivo, segundo Braga Netto, será "recuperar a credibilidade” da segurança pública no estado.

General Walter Souza Braga Netto, interventor da segurança do Rio de Janeiro
Braga Netto: "Objetivo da intervenção é recuperar credibilidade da segurança pública"Foto: picture alliance/AP/E. Peres

O interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, general Walter Souza Braga Netto, disse nesta terça-feira (27/02) que os militares não pretendem realizar ocupações permanentes em favelas da região metropolitana.

Segundo o general, as operações serão pontuais e com tempo determinado para terminar. "Não existe planejamento de ocupação permanente de comunidades", disse Braga Netto.

As Forças Armadas continuarão a participar de operações integradas, fazendo o cerco no entorno de comunidades, e as polícias estaduais se mantêm responsáveis pelas ações no interior dessas áreas.

"Não há mudança no momento. As Forças Armadas já participam desse tipo de operação. Apoiamos quando a polícia entra para fazer uma prisão. Damos o suporte para que a polícia possa entrar com tranquilidade na comunidade", ressaltou.

Na primeira entrevista coletiva para apresentar o plano de intervenção federal no Rio, ele afirmou que o principal objetivo será "recuperar a credibilidade” da segurança pública no estado. No evento para a imprensa, de pouco mais de 20 minutos, Braga Netto apresentou o novo secretário de Segurança, general Richard Nunes.

Nunes disse que será necessário redimensionar as Unidades de Polícia Pacificadora. "As UPPs permanecem, mas temos um diagnóstico que indica a necessidade de redimensionamento de certas ações nessa área", afirmou, sem dar maiores detalhes.

Também foi apresentado o general Mauro Sinott, chefe do Gabinete de Intervenção Federal. O gabinete funcionará no Centro Integrado de Comando e Controle, na Cidade Nova, na região central, e vai reunir representantes de órgãos das três esferas de governo. Sinott afirmou que a intervenção é uma oportunidade para órgãos de segurança pública "superarem gargalos" e terem melhorias permanentes.

"O que vai permanecer no tempo é atuar nesses gargalos que hoje trazem alguma dificuldade aos órgãos de segurança pública", avaliou Sinott, que apontou problemas como atrasos de pagamentos de agentes, viaturas deficientes e necessidade de recomposição de efetivo.

Não houve apresentação de um plano específico, e o general Braga Netto garantiu que, a princípio, não haverá mudanças na sistemática da segurança. "Cada órgão vai continuar fazendo seu papel”, assegurou. O interventor afirmou que o restante da estrutura da segurança pública, como o comando da Polícia Militar e a chefia da Polícia Civil, permanece o mesmo no momento. "Estamos em uma fase de estudos".

Braga Netto avaliou que a intervenção será um trabalho gerencial e destacou que os objetivos são recuperar a capacidade operativa dos órgãos de segurança pública e baixar os índices de criminalidade do estado, que continuarão a ser apurados e divulgados pelo Instituto de Segurança Pública.

O general também disse que pretende fortalecer as corregedorias das polícias para combater a corrupção. "A intenção nossa é fortalecer as corregedorias e tomar todas as medidas que forem necessárias para que o bom policial seja valorizado e o mal profissional seja penalizado."

MD/ebc/ots

----------------

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App

Pular a seção Mais sobre este assunto