Genes podem determinar risco de câncer de pele, diz estudo
8 de maio de 2018
Pesquisadores descobrem 20 genes associados à capacidade da pele de se bronzear. Estudo abre caminho para teste genético que pode identificar probabilidade do desenvolvimento de melanoma.
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Certos genes podem determinar se pessoas têm mais risco de ter queimaduras solares e desenvolver câncer de pele, revelou um estudo publicado nesta terça-feira (08/05).
A pesquisa, liderada por pesquisadores do King's College de Londres, identificou 20 genes que determinam a capacidade da pele de se bronzear ou queimar quando exposta à luz solar. Oito deles estariam associados ao câncer de pele.
Segundo o coautor do estudo Mario Falchi, em pelo menos uma região do genoma, foram encontradas evidências que sugerem que um gene associado ao risco de melanoma – um dos tipos de câncer de pele mais comum – age aumentando a suscetibilidade à queimadura solar.
O estudo, que foi publicado na revista especializada Nature Communications, ajuda a explicar os motivos que levam a reações diferentes à exposição solar em pessoas do mesmo tom de pele e também traz uma luz sobre os fatores que causam o melanoma.
"É preciso explorar esses genes mais detalhadamente para entender o mecanismo que os fazem contribuir para as queimadoras causadas pelo sol”, acrescenta Falchi.
No futuro, os pesquisadores desejam identificar a probabilidade do desenvolvimento de melanoma com um teste genético.
Para o estudo, os pesquisadores analisaram o genoma de quase 180 mil pessoas de ascendência europeia no Reino Unido, na Austrália, na Holanda e nos Estados Unidos.
A exposição à luz do sol é fundamental para a produção de vitamina D, que mantém ossos, músculos e dentes saudáveis, e que, segundo pesquisadores, pode ajudar a evitar doenças crônicas, até mesmo o câncer. Muito sol num curto período de tempo, porém, pode ser perigoso para a saúde.
Somente no Reino Unido, são diagnosticados mais de 150 mil casos de câncer de pele a cada ano, cuja origem está extremamente vinculada às queimaduras produzidas pelos raios ultravioleta, aponta o estudo.
CN/efe/afp
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Evitando o câncer
Para pesquisadores, o câncer não precisa ser um destino incontornável. Eles sabem o que causa os tumores e dizem que cada um pode lutar para diminuir os maiores riscos da doença.
Foto: Getty Images
O destino nas próprias mãos
O diagnóstico de câncer sempre atinge o paciente de forma dura e inesperada. Porém, quase metade dos casos de câncer poderiam ser evitados. Cerca de um quinto dos tumores tem ligação com o fumo. A fumaça do tabaco pode gerar câncer de pulmão e muitos outros tipos de tumor. Fumar é a maior causa de câncer por responsabilidade própria, mas não é a única.
Foto: picture-alliance/dpa
Obesidade mortal
No segundo lugar da lista de maiores causadores do câncer está a obesidade por causa dos níveis altos de insulina no sangue. Eles aumentam o risco de quase todos os tipos de câncer, especialmente aqueles que atingem os rins, a vesícula e o esôfago. Mulheres obesas também produzem mais hormônios sexuais nos tecidos adiposos e podem ter maior predisposição para câncer de mama e no colo do útero.
Foto: picture-alliance/dpa
Largando o sofá
Pessoas que se movimentam pouco são mais suscetíveis a ter câncer. Estudos de longo prazo mostram que praticar esporte pode evitar o câncer. A atividade corporal diminui os níveis de insulina e impede a obesidade – e basta passear um pouco ou andar de bicicleta.
Foto: Fotolia/runzelkorn
Um brinde à saúde
O consumo de álcool pode causar câncer, suscitando tumores especialmente na região bucal, na faringe e no esôfago. A combinação de álcool e cigarro é mortal e pode multiplicar o risco de contrair câncer por cem. Por outro lado, tomar um copo de vinho por dia é considerado saudável, já que a medida estimula o sistema circulatório. Porém, é recomendado evitar ultrapassar essa quantidade.
Foto: picture-alliance/dpa
Alimentos
Carne vermelha pode causar câncer no intestino. Ainda não se sabe o motivo exato, mas pesquisas mostram que existe uma relação clara entre a carne e a doença. A carne de vaca é especialmente perigosa, assim como a carne de porco – embora em menor medida. Consumindo carne vermelha, o risco aumenta 1,5 vez. A carne de peixe, por outro lado, pode prevenir o câncer.
Foto: Fotolia
Os perigos do churrasco
Ao grelhar a carne, podem surgir substâncias cancerígenas, como hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Em testes com animais, essas ligações químicas causam tumores. Estudos com seres humanos ainda não provaram o fenômeno de forma explícita. É possível que o problema esteja no consumo de carne em si e não na maneira de prepará-la.
Foto: picture alliance/ZB
Evitando o fast-food
Uma alimentação que contenha muitas frutas, legumes e fibras pode prevenir o câncer. Porém, estudos mostraram que uma alimentação saudável tem menos influência sobre o risco de contrair câncer que os especialistas suspeitavam. Ela diminui o risco apenas levemente, em cerca de 10%.
Foto: picture-alliance/dpa
Muito sol causa muitos danos
Os raios ultravioletas da luz do sol penetram no código genético e podem modificá-lo – o que pode causar alguns tipos de câncer de pele, como o carcinoma basocelular e melanomas. O protetor solar evita queimaduras, mas a pele bronzeada e mais escura já é um indício de que o corpo recebeu radiação demais.
Foto: dapd
Na medicina moderna
Os raios X prejudicam o patrimônio genético. Os danos de uma radiografia são mínimos, mas uma tomografia computadorizada deve ser realizada apenas quando há motivos importantes que a justifiquem. Já uma ressonância magnética é inofensiva. Também é preciso lembrar que o ser humano é alvo de radiações cancerígenas durante uma viagem de avião.
Foto: picture alliance/Klaus Rose
Infecções que causam câncer
O vírus do papiloma humano, conhecido como HPV ou VPH, pode desencadear câncer de colo de útero. Vírus de hepatite B e C chegam a gerar alterações nas células do fígado. A bactéria Helicobacter pylori (na foto) infecta a mucosa do estômago e pode causar câncer. Existe a possibilidade de vacinar-se contra muitas dessas infecções. A Helicobacter pylori pode ser combatida com antibióticos.
Foto: picture-alliance/dpa
Melhores que a fama que têm
A pílula anticoncepcional pode aumentar levemente o risco de câncer de mama. Ao mesmo tempo, porém, ela diminui o risco de câncer nos ovários. Em suma, a pílula é mais benéfica do que danosa – ao menos no que diz respeito ao câncer.
Foto: Fotolia/Kristina Rütten
Sem garantias
Porém, mesmo tomando medidas para diminuir o risco de desenvolver câncer, não há garantia contra a doença. Metade dos casos de câncer no mundo têm origem genética ou são fruto da idade avançada. Especialmente os tumores no cérebro se desenvolvem sem influência externa.