Há um ano o radical Irmãos da Itália venceu as eleições. A nova premiê surpreendeu ao expor posições moderadas e agir em sintonia com a UE. Mas seu governo também é caracterizado por cercear direitos LGBTQ+.
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"What vita privata?", retrucou Giorgia Meloni no talk show italiano Porta a Porta, em meados de setembro, com um sorriso irônico. O jornalista Bruno Vespa, que havia lhe perguntado o que costuma fazer em seu tempo livre.
Eleita há um ano e empossada um mês depois como primeira chefe de governo mulher da Itália, ela revelou que só consegue dedicar tempo aos assuntos da vida privada quando são coisas que "imprescindivelmente têm que ser feitas".
Para a líder da legenda ultradireitista Irmãos da Itália (FdI), administrar uma coalizão de governo formada por três partidos de forte tendência à direita pode parecer algo cansativo, mas não a modificou.
"Não passo um dia sem me perguntar se ainda sou a mesma pessoa que costumava ser", afirmou ao público presente no estúdio da emissora RAI, próxima ao governo. "Sempre tive medo de não permanecer fiel a mim mesma, mas eu ainda sou eu."
Mudança de tom
Durante o último ano, Meloni, de 46 anos, não repetiu nenhum dos slogans radicais que gostava de utilizar durante a campanha. Na política interna, ela tenta orientar seu governo segundo ideais conservadores rígidos, voltados para a família. Na economia, vem adotando, em linhas gerais, as políticas de relativo sucesso colocadas por seu antecessor, Mario Draghi.
Paralelamente, vem agindo de maneira quase moderada em nível europeu. Não se ouve mais pronunciar críticas ácidas à União Europeia, ela vem também buscando aliados ao redor do mundo. Na verdade, a premiê deixa as falas radicais para seus parceiros de coalizão: Matteo Salvini, da ultradireitista Liga, e Antonio Tajani, ministro do Exterior e líder do Força Itália (FI), entes liderado pelo recém-falecido ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi.
"Eu tenho um histórico na política, sou capaz de me adaptar à realidade em transformação", disse Meloni. Ela sabe, por exemplo, que a inteligência artificial se tornou um tema para a direita. Algo que, no entanto, não parece estar em acordo com seus deveres como primeira-ministra é o fato de a logomarca de seu partido exibir a "chama eterna" que está gravada no túmulo do ex-ditador fascista Benito Mussolini.
Seus parceiros europeus também parecem ignorar isso. Algumas autoridades de Bruxelas se dizem surpresas com o "comportamento moderado" e com a "fala tranquila" da líder italiana.
Ao assumir o cargo, Meloni declarou que realizaria mudanças em Bruxelas e pressionaria pelos interesses italianos. Desde então, parece ter compreendido que isso é mais eficiente se feito de maneira discreta, por trás dos bastidores.
Numa conferência de imprensa em Roma ao lado do chanceler federal alemão e líder do Partido Social-Democrata (SPD), Olaf Scholz, ela disse que ambos estavam de acordo em quase todas as políticas mais importantes, e que buscavam uma cooperação pragmática. Scholz não discordou. Meloni parece também estar em sintonia com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Outro motivo por que ela fez as pazes com Bruxelas é que a União Europeia (UE) continua enviado dinheiro à Itália. Como um dos maiores beneficiários do fundo para a recuperação da pandemia, o país já recebeu 190 milhões de euros em empréstimos e subsídios. Quando surgiram problemas com uma das parcelas a serem pagas em julho, Von der Leyen se apressou em contorná-los.
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Políticas anti-imigração
Em visita recente à ilha italiana de Lampedusa, Von der Leyen e Meloni demonstraram entrosamento quanto às políticas de imigração, monitoramento de fronteiras, redução das chegadas de migrantes e à necessidade de uma colaboração mais próxima com os países na rota migratória.
A sugestão de Meloni de enviar a Marinha para impor um bloqueio naval da costa do Norte da África foi a única rejeitada por Von der Leyen. As duas já viajaram juntas à Tunísia em duas ocasiões para tentar fechar um acordo com o líder autocrata do país, Kais Saied, visando conter o fluxo de migrantes rumo à Europa. A estratégia de Meloni inclui dar mais atenção à África do Norte do faziam seus antecessores, a fim de de barrar o fluxo de migrantes.
"É nisso que precisamos mais seriedade. O Ocidente ignorou a África por tempo demais", afirmou recentemente, no contexto da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
Mas, no caso de Lampedusa, Meloni também foi alvo de críticas. Segundo uma moradora da ilha, que pediu para não ser identificada, a primeira-ministra fala muito e não faz nada.
As chegadas de migrantes dobraram em relação a 2023, lembrou, acrescentando que quatro premiês e dois ex-presidentes da Comissão Europeia estiveram na ilha desde 2013. A moradora reclama que só há visitas oficiais quando a localidade fica sobrecarregada com o número de refugiados.
Valores familiares
De forma geral, porém, a aprovação de Meloni está no ponto mais alto. Em agosto, 53% dos italianos se disseram satisfeitos com seu desempenho. Em comparação, o índice de aprovação de Scholz na Alemanha é de apenas 31%.
A orientação extremamente conservadora de suas políticas para a família geram debates e, às vezes, protestos. Assim como seu "grande amigo", o primeiro-ministro populista da Hungria, Viktor Orbán, Meloni defende que uma família xó pode ser formada por uma mãe, um pai e filhos.
Em meados de setembro, no evento bienal Cúpula Demográfica de Budapeste, que reúne líderes religiosos e políticos conservadores, Giorgia Meloni comentou que a taxa de natalidade alta é fundamental para a salvação do país. Sua visão de mundo não tem lugar para pais do mesmo sexo, maternidade por substituição ("barriga de aluguel"), nem aborto: ela se aferra a seu princípio de ser "mulher, italiana, mãe e cristã".
Meloni queixou-se à plateia do evento na capital húngara que esses valores estão constantemente sob ataque na cultura atual. "É perigoso para nossa identidade, nossas identidades nacional, familiar e religiosa [...] sem essa identidade somos apenas números sem consciência, ferramentas nas mãos daqueles que querem nos usar."
Na Itália, a melhora dos benefícios sociais para famílias jovens e crianças reflete essa ideologia. Ao mesmo tempo, os direitos dos pais LGBTQ+ estão sendo cerceados. O governo direitista de Meloni também ameaça adotar ações mais duras contra a delinquência juvenil, evasão escolar e negligência dos pais.
Apoio Italiano à Ucrânia
Os líderes da UE e do G7 se sentiram aliviados quando Meloni expressou o apoio de seu governo à Ucrânia, na guerra contra a Rússia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, elogiou o posicionamento da premiê, afirmando que defender a Ucrânia também é defender a liberdade da Europa.
"Espero que você seja simpática comigo", brincou Biden ao receber Meloni na Casa Branca. Ela respondeu com risos. Um ano antes, Biden tachara a vitória da ultradireitista nas eleições como um perigo para a democracia. Após o encontro bilateral em Washington, ela fez questão de deixar claro que ambos estão em termos amigáveis.
Mesmo com sua inexperiência na política externa, a premiê consegue fazer amigos nos encontros internacionais. Como na última cúpula do G20, em Nova Déli: a afeição pública demonstrada pelo primeiro-ministro da Índia, o nacionalista Narendra Modi, repercutiu amplamente nas redes sociais italianas. Os nomes dos dois líderes foram entrelaçados num só rótulo: "Melodi".
Meloni avalia ter se saído bem em seu primeiro ano de governo. Numa entrevista em formato de livro publicada no início de setembro sob o título La versione di Giorgia (A versão de Giorgia), ela fez questão de frisar que, apesar de seu governo cometer erros, o faz "em boa fé, com amor e humildade".
Ela disse que planeja permanecer no poder durante muito tempo, e que, ao contrário da maioria de seus antecessores, não deixará o cargo prematuramente durante as crises do governo. Ao contrário: planeja cumprir todo seu mandato de cinco anos.
O líder oposicionista do partido populista Movimento Cinco Estrelas (M5S), ex-primeiro-ministro Giuseppe Conte, criticou a autoavaliação da primeira-ministra. "Ela está blefando. Isso tudo depois de um ano de preços exorbitantes dos combustíveis, alta no custo de vida e imigração fora de controle!"
O mês de setembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Evaristo Sa/AFP
Nagorno-Karaakh em breve desabitado
Fileira de automóveis no Azerbaijão, em direção à fronteira da Armênia. Desde de tomada militar e anúncio da dissolução do enclave de Nagorno-Karabakh em 01/01/2024, mais e 80% da população já deixou a região separatista no sul do Cáucaso. Organizações humanitárias apelam à comunidade internacional por ajuda financeira para melhores condições de acolhimento aos refugiados. (30/09)
Ataque a bomba mata mais de 50 em evento religioso no Paquistão
Pelo menos 54 mortos e mais de 50 feridos em ataque suicida num evento para comemorar o aniversário do profeta Maomé em Mastung, distrito da conturbada província do Baluchistão, no sudoeste do Paquistão. Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pela explosão, que ocorre em meio a uma alta de ataques reivindicados por grupos militantes no oeste do país. (29/09)
Foto: picture alliance / ASSOCIATED PRESS
Morre o ator Michael Gambon
O ator anglo-irlandês Michael Gambon, que por cinco décadas se notabilizou por atuar em produções shakespearianas nos palcos do Reino Unido e que alcançou fama mundial ao interpretar o personagem Alvo Dumbledore em seis dos oito filmes da saga "Harry Potter", morreu aos 82 anos. Gambon atuou também em "A Revolta dos Brinquedos" (1992) e "Assassinato em Gosford Park" (2002). (28/10)
Foto: Leon Neal/AFP/Getty Images
Rosa Weber se despede do STF
Prestes a completar 75 anos, idade-limite para atuação no serviço público, a ministra Rosa Weber se despediu da presidência do Supremo Tribunal Federal, destacando o fato de ter sido somente a terceira mulher a integrar a Corte. Em discurso emocionado, ela lembrou os ataques de 8 de janeiro e exortou a defesa intransigente da democracia constitucional. (27/09)
Foto: Carlos Moura/AFP
Biden se une a grevistas da indústria automobilística em Detroit
Pela primeira vez na história, um presidente dos EUA participou de um piquete junto a grevistas na porta de fábrica. Joe Biden, com um megafone em mãos, disse que automobilísticas como GM e Ford, que superaram tempos difíceis e agora se beneficiam de lucros altos, devem dar os 40% de aumento exigidos pelos trabalhadores. Líderes sindicais elogiaram a atitude do democrata. (26/09)
Foto: Evan Vucci/AP Photo/picture alliance
Milhares deixam enclave no Azerbaijão em direção à Armênia
Milhares de armênios étnicos deixaram Nagorno-Karabakh em direção à Armênia depois que o Azerbaijão consolidou com uma rápida investida militar o controle sobre o enclave que era há muito tempo disputado. A fuga provocou filas em postos de combustíveis e um grande congestionamento na estrada que liga a região à Armênia. (25/09)
Foto: ALAIN JOCARD/AFP
Quando a maratona vira bagunça
Antecipando a importante Maratona de Berlim deste domingo, esportistas que não se levam tão a sério realizaram já na véspera sua tradicional maratona de patins inline. Para animar o evento, alguns se fantasiaram da forma mais excêntrica possível, de Superman a camponesa dinamarquesa. A vitória coube à colombiana Gabriela Rueda e ao belga Jason Suttles – nenhum dos quais está na foto. (24/09)
Dezenas de milhares foram às ruas na França no sábado para protestar contra racismo sistêmico, acusações de violência policial e crescente desigualdade social, que afetam de forma particular os moradores de periferias. Os organizadores estimaram 80 mil participantes, enquanto o governo falou de cerca de 31 mil. (23/09)
Foto: Bertrand Guay/AFP/Getty Images
Papa alerta para "fanatismo da indiferença" contra migrantes na Europa
Em visita à cidade francesa de Marselha, o papa Francisco pediu que governos europeus trabalhem para resgatar migrantes e permitam ações das ONGs que atuam no Mediterrâneo. Ele condenou a "paralisia do medo" e o "desinteresse que, com luvas de veludo, condena outros à morte". "É um dever da humanidade e da civilização", alertou. (22/09)
Foto: Alessandro di Meo/AFP/Getty Images
STF derruba tese do marco temporal das terras indígenas
Por 9 votos a 2, os ministros do Supremo Tribunal Federal invalidaram a regra que limitaria demarcações de terras indígenas às ocupadas por eles no dia em que a Constituição de 1998 foi promulgada. "É um resultado que define o futuro das demarcações de terras indígenas no Brasil", comemorou a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. (21/09)
Foto: Ueslei Marcelino/REUTERS
Zelenski e Scholz em Nova York
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, tem agenda repleta durante a Assembleia Geral da ONU, num esforço extremo para angariar apoio para seu país sob ataque russo desde 24 de fevereiro de 2022. Além de discursar no plenário, quando acusou as Nações Unidas de estarem "impotentes", ele encontrou-se com numerosos líderes. Na foto, ao lado do chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz. (20/09)
Foto: Michael Kappeler/dpa/picture alliance
Na ONU, Lula cobra reforma de organismos internacionais
O presidente Lula usou seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas para reforçar que o Brasil abandonou o isolacionismo que caracterizou os quatro anos de seu antecessor, Jair Bolsonaro. Lula também voltou a pleitear a reforma de organismos internacionais, em especial o Conselho de Segurança da ONU. O discurso marcou o retorno de Lula ao palco da ONU após um hiato de 14 anos. (19/09)
Foto: TIMOTHY A. CLARY/AFP/Getty Images
Irã e EUA realizam troca histórica de prisioneiros
Cinco cidadãos americanos aprisionados no Irã deixaram o país e desembarcaram em Doha, no Catar, em uma histórica troca de prisioneiros entre Washington e Teerã. Já o Irã conseguiu como concessão a libertação de cinco iranianos que estavam detidos nos EUA e a transferência de US$ 6 bilhões em fundos do país que estavam congelados no exterior no âmbito das sanções impostas por Washington. (18/09)
Foto: Lujain Jo/AP/picture alliance
Ativistas do clima borrifam tinta no Portão de Brandemburgo
Ativistas ambientais borrifaram tinta laranja e amarela nas colunas do Portão de Brandemburgo, um dos principais monumentos de Berlim. Ao menos 14 pessoas foram detidas pela polícia. A ação foi executada pelo grupo Letzte Generation (A Última Geração), que cobra que o governo alemão tome medidas mais drásticas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. (17/09)
Foto: Paul Zinken/dpa/picture alliance
África do Sul realiza funeral de Estado para líder zulu
Milhares de pessoas em luto participaram na África do Sul do funeral do líder zulu Mangosuthu Buthelezi. Político veterano, príncipe do povo zulu e figura controversa durante o período do apartheid, Buthelezi morreu aos 95 anos. Durante o funeral, membros do público compareceram a um estádio na cidade de Ulundi vestindo trajes tradicionais zulus feitos de peles de animais. (16/09)
Foto: Rajesh Jantilal/AFP/Getty Images
Ex-faz-tudo de Bolsonaro entregou dinheiro de joias "em mãos" ao ex-presidente, diz revista
Segundo reportagem da Veja, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, teria confessado à Polícia Federal repasse de 68 mil dólares pela venda de dois relógios de luxo dados de presente ao então presidente durante viagens em agendas no exterior. Bolsonaro já havia declarado antes desconhecer o negócio e negado o recebimento de valores. (15/09)
Foto: Geraldo Magela/Agencia Senado
STF emite primeiras condenações por atos golpistas de 8 de janeiro
Corte sentenciou três réus a penas entre 17 e 14 anos de prisão, mais multa e indenização pelos crimes de associação criminosa, golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado durante a invasão dos Três Poderes em Brasília.Mais de 200 outros casos aguardam julgamento. (14/09)
Foto: Joedson Alves/AA/picture alliance
STF inicia julgamento de acusados dos atos golpistas de 8 de janeiro
O STF deu início ao julgamento dos primeiros acusados de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, quando extremistas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Os réus respondem pelas acusações de golpe de Estado, associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. (13/09)
Foto: Adriano Machado/REUTERS
Fazendo esporte como Deus os criou
No parque La Casa de Campo, na capital espanhola Madri, os corredores levaram à última consequência o combate ao calor insuportável. E abriram mão de tudo – menos dos sapatos, meias e um ou outro boné. (13/09)
Foto: Oscar del Pozo/AFP
Milhares de mortos e desaparecidos em enchente na Líbia
Chuvas intensas levaram ao rompimento de barragens acima da cidade de Derna, afirmou um porta-voz do grupo que controla o leste do país dividido. Testemunhas afirmam que o nível da água chegou a três metros. Em Tripoli, autoridades apelaram à comunidade internacional por ajuda. A tempestade Daniel já havia passado na semana anterior pela Grécia, deixando vilarejos inteiros debaixo d'água. (11/09)
Foto: AA/picture alliance
Brasil assume a presidência do G20 ao final da cúpula na Índia
Passagem foi simbólica, com o país assumindo o posto oficialmente em 1º de dezembro. Lula anunciou que prioridades devem ser o combate à desigualdade, à fome e às mudanças climáticas, além de reforma das instituições de governança internacional. Declaração final do evento foi pouco ambiciosa em termos ambientais, e críticas veementes à Rússia também ficaram de fora. (10/09)
Foto: AFP
Terremoto deixa mais de mil mortos no Marrocos
Mais de 1.800 feridos, cerca de 1.200 gravemente. Sismo de magnitude 6,8 teve epicentro próximo à cidade turística de Marrakech, cujo centro histórico, Patrimônio Mundial da Unesco, também foi danificado. Abalo foi sentido ainda na vizinha Argélia e até em Portugal. (09/09)
Foto: Saouri Aissa/Xinhua/IMAGO
Alemanha atinge recorde de 3,26 milhões de refugiados
Segundo o partido A Esquerda, é o maior contingente desde os anos 1950. Dados são de junho de 2023 e somam refugiados, solicitantes de asilo e tolerados (pessoas que não tiveram o asilo reconhecido, mas que por alguns motivos não podem ser deportadas). Quadro é atribuído, entre outros fatores, à guerra na Ucrânia e a flexibilizações nas leis migratórias. (08/09)
Foto: DW
Presidente Lula assiste ao desfile militar do 7 de Setembro em Brasília
No dia anterior, o governo demitiu a ministra dos Esportes, Ana Moser, para acomodar um aliado do Centrão: o deputado federal André Fufuca (PP-MA), que apoiou o impeachment de Dilma Rousseff (PT). A troca foi criticada por Moser, que falou em "abandono" do esporte no país, e por simpatizantes do governo, que têm cobrado – sem sucesso – a indicação de uma mulher à próxima vaga no STF. (07/09)
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Suprema Corte do México descriminaliza aborto em todo o país
A mais alta instância jurídica do México removeu a prática do aborto do Código Penal Federal e declarou inconstitucional a penalização do procedimento. A Suprema Corte determinou que a criminalização da prática "é uma violação dos direitos humanos das mulheres e de pessoas com capacidade de gestar." (06/09)
Foto: Jose Luis Plata/REUTERS
Milhares de desabrigados no Rio Grande do Sul e dezenas de mortos após região sofrer com fortes chuvas
A passagem de mais um ciclone extratropical pelo Sul do país provocou enchentes e matou ao menos 41 pessoas no RS – configurando, segundo o governador Eduardo Leite, a pior catástrofe natural da história do estado. A cidade de Muçum (foto), no Vale do Rio Taquari, foi uma das mais afetadas. Há outras dezenas de pessoas desaparecidas e mais de 10 mil desabrigados ou desalojados. (05/09)
Foto: DIEGO VARA/REUTERS
"Ansioso pelos memes”, diz Olaf Scholz ao aparecer de tapa-olho
O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, divulgou uma foto na qual aparece usando um tapa-olho, após ter sofrido uma queda no fim de semana. Ele teve hematomas e arranhões no lado direito do rosto. Na publicação da imagem em sua conta na rede X (antigo Twitter), ele escreveu: "Obrigado pelos votos de recuperação. Parece pior do que é! Ansioso pelos memes", acrescentou. (04/05)
70 mil pessoas isoladas em festival nos EUA após chuvas
Mais de 70 mil pessoas ficaram isoladas no deserto no estado americano de Nevada, após tempestades e inundações varrerem a área, transformando o local onde ocorria o festival de contracultura Burning Man num mar de lama. Um dia após as chuvas, ninguém conseguia chegar ou sair da Black Rock City, a "cidade" construída anualmente para o festival. (03/09)
Foto: Trevor Hughes/USA TODAY/IMAGO
Índia lança sonda para estudar o Sol
A Índia lançou com sucesso um foguete que leva uma sonda para estudar o Sol. A primeira missão solar da agência espacial do país asiático marca uma nova conquista para o programa espacial indiano. Dias antes, a Índia se tornou a primeira nação do mundo a pousar no polo sul da Lua. A sonda Aditya-L1 será posicionada a 1,5 milhões de quilômetros da Terra para registar a atividade solar. (02/09)
Foto: Seshadri Sukumar/Zuma/IMAGO
Paris bane aplicativos de patinete elétrico
Começou a vigorar em Paris a proibição de patinetes elétricos de uso compartilhado. A decisão foi tomada em um plebiscito realizado em abril. Apoiadores da medida apontam esses veículos como causadores de acidentes e alegam que eles obstruem as calçadas. Segundo dados das empresas de aplicativo de aluguel, os equipamentos foram usados por 400 mil pessoas em 2022. (01/09)