Empresa cria holding Alphabet, da qual a companhia atual fará parte. Objetivo é dar mais independência a novos ramos de negócios, como o dos carros autônomos e o braço de investimentos Google Ventures.
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A Google anunciou nesta segunda-feira (10/08) que está mudando sua estrutura operacional ao criar a holding Alphabet. A empresa afirma que a nova estrutura dará mais independência a muitos de seus ambiciosos projetos, como o desenvolvimento de carros autônomos.
De acordo com os planos anunciados, a Alphabet incluirá os serviços de pesquisa na internet, mapeamento e YouTube, além de novos ramos de negócios, como o braço de investimentos Google Ventures e o setor de pesquisas Google X Lab.
O CEO da Google, Larry Page, se tornará o CEO da nova entidade, que terá seu cofundador, Sergey Brin, como presidente.
"Esta nova estrutura vai nos permitir manter o foco nas oportunidades extraordinárias que temos dentro da Google", disse Page no blog da companhia. "A Alphabet é basicamente uma coleção de empresas, sendo a maior delas a Google, é claro."
As mudanças devem dar a investidores uma ideia mais clara do quanto a Google está gastando com alguns de seus novos ramos de negócios, incluindo os esforços para construir um carro autônomo e instalar redes de internet de alta velocidade em várias cidades dos EUA, disse Colin Gillis, analista da BGC Partners.
Segundo a Google, a nova estrutura entrará em vigor ainda neste ano. Todas as ações da Google devem ser convertidas automaticamente em ações da Alphabet.
LPF/ap/rtr
Carros que tomam decisões
A tecnologia tem mostrado que automóveis podem conduzir de forma autônoma. Mas num veículo sem motorista, quem seria o responsável em caso de acidente? E as pessoas realmente querem que o carro decida por elas?
Foto: media.daimler.com
Confortável, não?
Este protótipo da Mercedes Benz, o F015, mostra como o interior de um carro autônomo poderia ser. Não há assento do motorista. Em vez disso, os passageiros sentam de frente uns para os outros. Este veículo de teste, que foi desenvolvido no Vale do Silício, pode atingir uma velocidade máxima de 200 quilômetros por hora.
Foto: media.daimler.com
Do Vale do Silício a Las Vegas
Este Audi A7 está repleto de sensores. No início de 2015, o veículo foi do Vale do Silício até a Mostra Internacional de Eletrônica de Consumo (CES, na sigla em inglês), em Las Vegas. Aproximadamente 600 quilômetros foram percorridos em rodovias. Uma pessoa ficou sentada atrás do volante, apenas para eventualidades, mas não teve que intervir: tudo correu bem durante o teste.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Fets/Audi AG
Pronto para o trânsito?
A multinacional Google tem testado seus veículos robóticos em Mountain View, na Califórnia, há bastante tempo. No entanto, até agora, alguém sempre esteve atrás do volante – para intervir caso necessário.
Foto: picture alliance/AP Photo
Nada para motoristas impacientes
Carros autônomos são muito seguros. Eles são programados para desacelerar, se algo não estiver correto. Eles vão sempre manter uma distância segura e certamente nunca vão grudar na traseira de outros veículos.
Foto: imago/Jochen Tack
Um atrás do outro
Estes dois carros autônomos da Universidade da Bundeswehr (Forças Armadas Alemãs) participaram da competição robótica militar Elrob (Experimento Europeu de Robô Terrestre, em tradução livre). Com o segundo veículo sempre seguindo o primeiro, o objetivo era que os veículos encontrassem seu caminho em território acidentado e não pavimentado. E eles conseguiram.
Foto: DW
Evitando acidentes
Acidentes graves são frequentemente causados por visão limitada – em condições de neblina, por exemplo. As pessoas costumam dirigir rápido demais e não mantêm a distância necessária. Carros robóticos inteligentes não fariam erros do tipo. No futuro, os carros podem estar interligados, permitindo-lhes enviar aos demais veículos informações sobre os engarrafamentos adiante.
Foto: picture-alliance/dpa
Sensores para todo tipo de dados
Carros robóticos veem o mundo ao seu redor com olhos diferentes. O carro da Google, por exemplo, usa um sensor de laser para realizar uma varredura em 3D de seu entorno.
Foto: DW/Fabian Schmidt
O mundo visto através de um laser
Neste simulador, o carro da Universidade da Bundeswehr dirige por um terreno acidentado. O laser faz a varredura dos arredores, e o computador desenha um mapa tridimensional da área.
Foto: Universität der Bundeswehr/TAS
Orientação por satélite, radar e câmera USB
Robôs também podem ver usando outros tipos de sensores. Este robô desenvolvido no Instituto Fraunhofer para Comunicação e Informação (FKIE), na Alemanha, usa uma câmera USB comum para sua leitura ótica. Pequenos sensores de radar e receptores de GPS determinam a localização exata no mapa.
Foto: DW/Fabian Schmidt
Made in Germany
Pesquisadores da Daimler também estão usando câmeras de leitura ótica para construir carros mais seguros. Os sensores por trás dos para-brisas observam o que está acontecendo na estrada. Os sistemas de segurança ativa de tráfego da Daimler renderam à companhia a nomeação para o Prêmio Alemão de Inovação (Deutscher Zukunftspreis), em 2011.
Foto: Deutscher Zukunftspreis/Ansgar Pudenz
Pixels se tornam movimentos
Os sensores reconhecem uma nuvem de pixels. A partir desses pixels, o computador pode determinar quão rápido diferentes áreas da imagem estão se movendo. Isso dá ao computador uma noção completa do que está acontecendo ao redor do carro.
Foto: Deutscher Zukunftspreis/Ansgar Pudenz
Frear ou manobrar?
O computador determina para onde um objeto provavelmente irá se mover e age de acordo. O pedestre, que vem da direita, está marcado em laranja, o que significa perigo. O tráfego, à esquerda, está sinalizado em verde, ou seja, nenhum perigo.