1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

"Google protegeu executivos acusados de assédio sexual"

26 de outubro de 2018

Segundo jornal, gigante da internet abafou caso cometido por criador de Android e ainda pagou 90 milhões de dólares por sua demissão. Empresa teve atitude semelhante com outros dois executivos.

Símbolo do Google
Reportagem teve acesso a documentos e entrevistou funcionários da empresaFoto: Getty Images/AFP/L Bonaventure

A Google teria protegido o criador do Android, Andy Rubin, após uma denúncia de abuso sexual, que foi considerada credível numa investigação interna, e compensou a saída do executivo da empresa, em 2014, com um pagamento de 90 milhões de dólares, revelou nesta quinta-feira (25/10) o jornal americano The New York Times.

Com base em documentos corporativos e judiciais, além de entrevistas com executivos e funcionários da gigante da internet, o jornal afirmou que, além de Rubin, a Google protegeu outros dois executivos acusados de má conduta sexual na última década.

Segundo funcionários da empresa, ouvidos pelo jornal, Rubin deixou a Google em 2014, depois de ter sido acusado por uma colega de trabalho, com quem ele estava tendo um relacionamento extraconjugal, de tê-la obrigado a fazer sexo oral num quarto de hotel um ano antes. A companhia abriu uma investigação interna e concluiu que a denúncia era credível.

Diante do resultado, a Google poderia ter demitido Rubin, no entanto, ele foi apenas noticiado e o então diretor-executivo Larry Page pediu a sua renúncia. Para isso, a empresa concordou em lhe pagar 90 milhões de dólares, em parcelas de 2 milhões de dólares por mês durante quatro anos.

Após a publicação da reportagem do The New York Times, o CEO da Google, Sundar Pichai, afirmou que a empresa demitiu 48 pessoas por má conduta sexual nos últimos dois anos, incluindo 13 executivos.

"Nos últimos anos, fizemos uma série de mudanças, incluindo uma postura mais rígida sobre a conduta inadequada de pessoas em posição de autoridade”, disse Pichai, no e-mail que foi enviado a todos os funcionários da Google. "Estamos falando sério sobre garantir um ambiente de trabalho seguro e inclusivo”, destacou.

Sobre a denúncia do jornal, Pichai disse apenas que era difícil de ler. "Queremos assegurar que analisamos todas as queixas de assédio sexual ou de conduta inapropriada”, destacou.

O porta-voz de Rubin, Sam Singer, negou as acusações e afirmou que o executivo deixou a Google por decisão própria para se dedicar a outros negócios.

CN/efe/afp/ots

______________

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube 

WhatsApp | App | Instagram | Newsletter

Pular a seção Mais sobre este assunto