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Governo não descarta ajuda

Agências (as)17 de novembro de 2008

Chanceler federal Angela Merkel diz que governo vai avaliar se o auxílio requerido pela Opel é necessário e condiciona garantia estatal à permanência dos recursos na Alemanha.

Fábrica da Opel em Bochum: empresa pede garantia estatal de 1 bilhão de eurosFoto: picture-alliance/ dpa

O governo alemão se mostrou nesta segunda-feira (17/11) favorável a uma ajuda estatal à montadora Opel, mas quer ter certeza de que o dinheiro ficará na Alemanha e não irá parar nas contas bancárias da fabricante de automóveis americana General Motors (GM), dona de 100% da montadora alemã.

A decisão do governo sobre o assunto será anunciada até o Natal, disse a chanceler federal Angela Merkel, que esteve reunida em Berlim com a diretoria da Opel e representantes da GM européia. Também participaram do encontro os ministros da Economia, Michael Glos, e das Finanças, Peer Steinbrück.

De acordo com Merkel, o governo alemão vai avaliar se a ajuda requerida pela Opel é mesmo necessária. "Isso depende da evolução dos fatos nos Estados Unidos", disse Merkel, numa referência às dificuldades enfrentadas pela GM americana. Para ela, o fato de a Opel pertencer integralmente a uma empresa não alemã torna a situação problemática.

Sem problemas de liquidez

A Opel anunciou na sexta-feira passada que precisa de uma garantia estatal para continuar produzindo. A ajuda viria do governo federal e dos estados alemães em que mantém unidades. Nesta segunda-feira, o presidente da GM européia, Carl-Peter Forster, disse que a garantia necessária é de pouco mais de 1 bilhão de euros.

Ele afirmou que a montadora não enfrenta problemas de liquidez no curto prazo. Trata-se de assegurar que, mesmo nas piores condições, a empresa possa sobreviver, disse Forster. "Não estamos falando de subvenções, mas de uma garantia", declarou. Esta seria necessária em caso de falência da GM, que passa por sérias dificuldades financeiras.

Merkel salientou que, caso o governo concorde com a garantia, deve ser alcançada uma maneira de assegurar que os recursos fiquem na Alemanha. A chanceler disse que a situação da Opel é uma exceção, numa referência a possíveis pedidos de ajuda por parte de outras montadoras.

Nova reunião

Nesta terça-feira, representantes do governo federal e dos quatro estados que abrigam unidades da montadora (Hessen, Renânia do Norte-Vestfália, Rênania-Palatinado e Turíngia) se reunirão para debater o pedido de garantia. "Estamos dispostos a ajudar", disse o governador da Renânia do Norte-Vestfália, Jürgen Rüttgers.

Já o governo de Hessen, onde fica a cidade de Rüsselsheim, sede da Opel, encaminhou nesta segunda-feira ao legislativo local um projeto de lei prevendo uma garantia de 500 milhões de euros para a montadora e seus fornecedores.

A Opel emprega 25,7 mil pessoas em quatro unidades na Alemanha. Especialistas calculam que os fornecedores da montadora empreguem outros 50 mil trabalhadores no país.

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