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Mobilidade

17 de maio de 2011

Carros elétricos ainda são raridade nas ruas da Alemanha. Até 2020, governo quer que sejam um milhão. Representantes da indústria dizem que, sem subsídios, objetivo não será alcançado.

Alemanha quer incentivar mercado de veículos elétricosFoto: DW

A Alemanha planeja se tornar líder no mundo em carros elétricos, anunciou a chanceler federal Angela Merkel em Berlim na segunda-feira (16/05), após um encontro com representantes da indústria e dos sindicatos.

Atualmente, circulam na Alemanha 2.300 veículos deste tipo, mas até 2020 o governo alemão quer aumentar este número para 1 milhão. Merkel vai ainda mais longe, apostando em 6 milhões de veículos circulando nas ruas alemãs até 2030.

Para atingir esta meta, Berlim pretende liberar os carros elétricos de impostos por dez anos. Além disso, até 2013, o governo pretende disponibilizar cerca de um bilhão de euros para aperfeiçoar a tecnologia das baterias. Devido ao seu alto preço e baixa autonomia, elas são consideradas um dos empecilhos para a popularização do carro elétrico.

A Plataforma Nacional de Eletromobilidade (NPE, do alemão) criada há um ano, adverte que sem a ajuda financeira do Estado são viáveis apenas 450 mil carros elétricos nas ruas do país. Segundo o relatório apresentado pela NPE a Merkel nesta segunda-feira, são necessários fortes incentivos fiscais e a disponibilização de um programa de créditos pelo banco estatal KfW para incentivar o consumo.

O plano de incentivo aos carros elétricos deverá ser aprovado nesta quarta-feira pelo gabinete de governo em Berlim. Uma ajuda de cinco mil euros para quem trocar seu carro por um veículo elétrico, como acontece na França, foi descartado pela chefe de governo da Alemanha: "Acreditamos que esta não seja a melhor opção".

Pouca autonomia ainda é problemaFoto: AP

Criatividade nos incentivos

Também a indústria automobilística pretende investir nos próximos anos 17 bilhões de euros na pesquisa e no desenvolvimento deste tipo de veículo, disse o presidente da NPE, Henning Kagermann em entrevista ao jornal Handelsblatt. Isso poderia gerar 30 mil empregos até 2020.

O presidente da Daimler, Dieter Zetsche, considera inatingível a meta de 1 milhão de carros nas ruas alemãs até 2020. Ele calcula que, se não houver mudanças na política, este número fique apenas pouco acima dos 500 mil.O principal obstáculo para a compra de carros elétricos, na opinião de Zetsche, são os altíssimos custos, pois a compra e a manutenção de um veículo elétrico hoje exigiriam 11 mil euros a mais do que um carro com motor a combustão. "Mesmo em 2017 esta soma ainda deverá beirar os 5 mil euros", acrescentou.

Concorrência asiática

"Estou muito confiante de que a Alemanha possa muito rapidamente recuperar o tempo perdido", disse a chanceler federal, referindo-se à feroz concorrência dos fabricantes de automóveis em países emergentes, sobretudo na Ásia.

Merkel enfatizou que a Alemanha está em meio a uma competição global e que até 2014 se pretende preparar o mercado para carros elétricos. A popularização deste tipo de veículo é esperada a partir de 2017.

BR/dw/dpa
Revisão: Roselaine Wandscheer

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