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Governo arrecada 6,82 bilhões de reais em leilão do pré-sal

28 de setembro de 2018

Na quinta rodada do leilão, ANP oferece quatro áreas de exploração de petróleo e gás na camada pré-sal. Petrobras arremata bloco na Bacia de Campos, e outros três são vencidos por consórcios internacionais.

Plataforma petrolífera da Petrobras ancorada cerca de 175 quilômetros da costa do Rio de Janeiro
Os quatro blocos são Saturno, Titã e Pau Brasil, na Bacia de Santos, e Sudoeste de Tartaruga Verde, na Bacia de CamposFoto: picture-alliance/dpa

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) leiloou nesta sexta-feira (28/09) quatro áreas de exploração de petróleo e gás na camada pré-sal. Todas foram arrematadas, resultando em 6,82 bilhões de reais em bônus de assinatura à União. Os investimentos para as áreas são previstos em 1 bilhão de reais.

A quinta rodada do leilão do pré-sal foi realizada num hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Em frente ao local, alguns poucos manifestantes protestaram contras as vendas, entre eles indígenas. Aproximadamente 20 policiais fizeram a segurança e evitaram o fechamento da avenida.

Ao todo, 12 das principais petroleiras do mundo participaram do leilão das quatro áreas de exploração. Os blocos levam os nomes de Saturno, Titã e Pau Brasil, na Bacia de Santos, e Sudoeste de Tartaruga Verde, na Bacia de Campos. Cada um dos três primeiros blocos ofertados recebeu apenas duas propostas, todas feitas por consórcios.

A primeira área a ser oferecida foi o bloco de Saturno, arrematado pelo consórcio dividido de forma equitativa por Shell (Reino Unido) e Chevron (EUA). A ANP pedia um percentual mínimo de participação na produção de óleo de 17,54%, e o consórcio ofereceu 70,2%. O consórcio formado pela ExxonMobil (EUA) e a QPI (Catar) foi derrotado com sua proposta de 40,49% da produção.

O consórcio entre a ExxonMobil (64%) e a QPI (36%), no entanto, saiu vencedor no leilão do bloco Titã ao oferecer à União uma participação de 23,49% sobre a produção de petróleo. O lance mínimo era de 9,53%. Nesse bloco, a oferta da Shell e da colombiana Ecopetrol saiu derrotada.

A Petrobras fez oferta apenas pelos blocos Pau Brasil, no qual foi superada, e pelo bloco de Sudoeste de Tartaruga Verde, onde foi a única licitante.

O consórcio BP Energy (Reino Unido, 50%), CNOOC Petroleum (China, 30%) e Ecopetrol (Colômbia, 20%) ofereceu um excedente de 63,79% pelo bloco Pau Brasil – um ágio de 157% sobre o percentual mínimo exigido.

No caso do bloco de Sudoeste de Tartaruga Verde, a Petrobras exerceu seu direito de preferência, mas acabou sendo a única empresa a apresentar proposta. A estatal ofereceu à União o percentual mínimo de 10,01% sobre a produção de óleo.

O direito de preferência sobre o bloco significava que, caso não arrematasse, a Petrobras poderia se consorciar com a vencedora em 30%, algo que pode ter afastado o interesse das demais companhias.

No leilão, a empresa ou consórcio vencedor é aquele que oferece o maior percentual de óleo-lucro, que equivale ao volume de petróleo reservado à União após descontados os gastos de exploração e produção.

PV/abr/ots

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