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SaúdeReino Unido

Governo britânico pede avaliação de vacina da AstraZeneca

27 de novembro de 2020

Pedido para que agência reguladora acesse dados do desenvolvimento do imunizante é "primeiro passo para aprovação" da substância. Anúncio ocorre após revelação de erro em testes do inoculante.

Pessoa recebe injeção no braço
Erro em testes clínicos gera dúvidas sobre eficácia da vacina da AstraZenecaFoto: Robin Utrecht/picture alliance

O governo do Reino Unido solicitou formalmente que a vacina elaborada pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca seja avaliada por seu órgão regulador, anunciou nesta sexta-feira (27/11) o Departamento de Saúde e Assistência Social britânico.

O pedido para que a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos para a Saúde (MHRA, na sigla em inglês) tenha acesso aos dados referentes ao desenvolvimento do imunizante é, segundo o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, "o primeiro passo importante para obter a aprovação da vacina para a distribuição". 

O objetivo principal da medida é avaliar se o imunizante cumpre os padrões de segurança, eficácia e qualidade, segundo o ministro.

Na semana passada, o governo britânico já havia solicitado a avaliação de outra vacina, a desenvolvida pela Pfizer e pela Biontech.

"Estamos trabalhando incansavelmente para nos colocarmos na melhor posição possível, para distribuir uma vacina assim que ela for aprovada pelo regulador independente", afirmou Hancock, em referência à MHRA.

Erro em teste

O pedido de acionamento do órgão para avaliar a vacina é anunciado depois de AstraZeneca e a Universidade de Oxford reconheceram nesta quarta-feira ter ocorrido um erro de dosagem na vacina recebida por alguns voluntários dos seus testes clínicos, o que ajudou a fomentar dúvidas sobre a real eficácia do imunizante.

A companhia AstraZeneca está considerando um "estudo adicional" para validar os primeiros resultados da eficácia da vacina.

A farmacêutica reconheceu que os resultados – que mostraram uma eficácia de até 90% em um subgrupo de participantes que recebeu uma dose menor do que a dada a outro grupo de voluntários – foram fruto de um erro, que agora precisa ser validado.

O governo do Reino Unido já comprou, antecipadamente, 100 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela AstraZeneca e espera começar sua distribuição em dezembro, em caso de aprovação. A AstraZeneca espera que 4 milhões de doses de sua vacina estejam disponíveis para o país até o final do ano.

O consultor científico do governo britânico, Patrick Vallance, disse nesta quinta-feira durante uma entrevista coletiva com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que os resultados preliminares mostram que a vacina desenvolvida pela parceria entre Oxford e AstraZeneca funciona.

MD/efe/rtr

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