Governo confirma terceira morte de adulto por zika
11 de fevereiro de 2016
Mulher de 20 anos morava no interior do Rio Grande do Norte e morreu em abril de 2015. Resultado dos exames só saiu agora. Casos anteriores também ocorreram no Nordeste.
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O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (11/02) a terceira morte provocada pelo vírus zika em adultos no Brasil. O caso ocorreu em abril de 2015, mas os resultados dos exames saíram apenas agora. A paciente tinha 20 anos e morava no município de Serrinha, no Rio Grande do Norte.
Sem histórico de doenças crônicas anteriores, ela foi internada em 11 de abril de 2015 em seu município, apresentando tosse seca e contínua. A situação evoluiu para tosse com sangramento, e a paciente foi transferida para Natal no dia seguinte. Ela morreu em 23 de abril.
Devido ao quadro de infecção aguda, inicialmente a causa da morte foi tida como pneumonia. O caso foi investigado pelo Instituto Evandro Chagas, que constatou a infecção aguda pelo vírus zika.
Os dois casos mortais anteriores foram confirmados em novembro do ano passado e também ocorreram no Nordeste, onde a incidência do vírus é maior. A primeira morte foi a de um homem de 35 anos que morava em São Luís, no Maranhão. Ele morreu em junho de 2015. O segundo caso foi de uma adolescente de 16 anos que morreu em outubro em Benevides, no Pará.
Vacina em um ano
Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Castro, uma vacina brasileira contra o zika deve ser desenvolvida em até 12 meses, fruto de uma parceria entre o Instituto Evandro Chagas, no Pará, e a Universidade do Texas, nos Estados Unidos.
Depois dessa etapa, ainda serão necessários mais dois anos para que a vacina passe por testes clínicos, disse o ministro nesta quinta-feira. Só então poderá ser oferecida à população.
AS/KG/abr/efe
Os 10 vírus mais perigosos do mundo
Embora a covid-19 seja muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é relativamente baixa em comparação com esses dez vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Vírus de Marburg
O vírus mais perigoso do mundo é o Marburg. Ele leva o nome de uma pequena cidade alemã às margens do rio Lahn, onde o vírus foi documentado pela primeira vez. O Marburg provoca febre hemorrágica e, assim como o ebola, causa convulsões e sangramentos das mucosas, da pele e dos órgãos. A taxa de mortalidade do vírus chega a 88%.
Foto: Bernhard-Nocht-Institut
Ebola
O vírus do ebola foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo por uma equipe de pesquisadores belgas. A doença foi batizada com o nome do rio que passa pelo vilarejo onde ela foi identificada pela primeira vez. Ele pode ocorrer em cinco cepas distintas, denominadas de acordo com países e regiões na África: Zaire, Sudão, Bundibugyo, Reston, Floresta de Tai. A cepa Zaire é a mais fatal.
Foto: Reuters
Hantavírus
O hantavírus descreve uma ampla variedade de vírus. Assim como o ebola, ele também leva o nome de um rio – neste caso, onde soldados americanos foram os primeiros a se infectarem com a doença durante a Guerra da Coreia, em 1950. Os sinais são doenças pulmonares, febre e insuficiência renal.
Foto: REUTERS
Gripe aviária
Com uma taxa de mortalidade de 70%, o agente causador da gripe aviária espalhou medo durante meses. Mas o risco real de alguém se infectar com o vírus H5NI é muito baixo. Os seres humanos podem ser contaminados somente através do contato muito próximo com as aves. Por esse motivo, a maioria dos casos ocorre na Ásia, onde pessoas e galinhas às vezes vivem juntas em espaço pequeno.
Foto: AP
Febre de Lassa
Uma enfermeira na Nigéria foi a primeira pessoa a se infectar com o vírus Lassa. A doença é transmitida aos humanos através do contato com excrementos de roedores. A febre de Lassa ocorre de forma endêmica na África Ocidental, como é o caso, atualmente, mais uma vez na Nigéria. Pesquisadores acreditam que 15% dos roedores dali sejam portadores do vírus.
Foto: picture-alliance/dpa
Junin
O vírus Junin é associado à febre hemorrágica argentina. As pessoas infectadas apresentam inflamações nos tecidos, hemorragia e sépsis, uma inflamação geral do organismo. O problema é que os sintomas parecem ser tão comuns que a doença raramente é detectada ou identificada à primeira vista.
Crimeia-Congo
O vírus da febre hemorrágica Crimeia-Congo é transmitido por carrapatos. Ele é semelhante ao ebola e ao Marburg na forma como se desenvolve. Durante os primeiros dias de infecção, os doentes apresentam sangramentos na face, na boca e na faringe.
Foto: picture-alliance/dpa
Machupo
O vírus Machupo está associado à febre hemorrágica boliviana. A infecção causa febre alta, acompanhada de fortes sangramentos. Ele desenvolve-se de maneira semelhante ao vírus Junin. O Machupo pode ser transmitido de humano para humano, e é encontrado com frequência em roedores.
Foto: picture-alliance/dpa/Marks
Doença da floresta de Kyasanur
Cientistas descobriram o vírus da floresta de Kyasanur na costa sudoeste da Índia em 1955. Ele é transmitido por carrapatos, mas supõe-se que ratos, aves e suínos também possam ser hospedeiros. As pessoas infectadas apresentam febre alta, fortes dores de cabeça e musculares, que podem causar hemorragias.
Dengue
A dengue é uma ameaça constante. Transmitida pelo mosquito aedes aegypti, a doença afeta entre 50 e 100 milhões de pessoas por ano em todo o mundo. O vírus representa um problema para os dois bilhões de habitantes que vivem nas áreas ameaçadas, como Tailândia, Índia e Brasil.