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Governo da Alemanha quer apertar lockdown

16 de novembro de 2020

Propostas vão de proibição de festas a divisão de turmas escolares. Sugestões constam de documento preparatório para reunião com líderes regionais sobre gestão da pandemia.

Rua de pedestres na Alemanha
Novas propostas do governo alemão preveem restrições de encontros em locais públicosFoto: Ying Tang/NurPhoto/picture-alliance

O governo alemão quer endurecer as medidas restritivas que vigoram desde o começo deste mês para tentar conter a pandemia de coronavírus. As propostas constam de um documento preparatório da administração federal para uma cúpula sobre gestão da pandemia, divulgado pela imprensa do país nesta segunda-feira (16/11).

Entre as ideias listadas, está a proibição completa de festas privadas até o Natal e a determinação de que crianças e adolescentes só se encontrem regularmente com um único amigo durante o tempo livre.

Além disso, o governo quer que a obrigatoriedade do uso de máscaras seja ampliado nas escolas, propondo também que as turmas escolares sejam divididas em dois grupos.

O texto integra os preparativos do governo para a reunião por videoconferência agendada para esta segunda-feira entre a chanceler federal alemã, Angela Merkel e os chefes dos 16 estados do país. O encontro se destina a avaliar o efeito do lockdown parcial que vigora desde o início do mês e discutir possíveis novas regras para contenção da pandemia.

Outra proposta do papel prevê o limite de encontros em público a membros de um único domicílio e, no máximo, outros dois integrantes de um segundo domicílio.

O esboço prevê também a proibição de atividades de lazer e visitas a ambientes ao ar livre com presença de público. Viagens privadas e a passeio de um dia não necessárias também devem ser evitadas, assim como estadias desnecessárias em salas fechadas com presença de público e viagens em transporte público que não sejam por motivos essenciais.

Uma das propostas também estipula obrigatoriedade de quarentena domiciliar imediata para pessoas que apresentem quaisquer sintomas de resfriado, especialmente tosse e coriza.

Chanceler prevê inverno difícil

Neste sábado, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, alertou os alemães para meses difíceis devido à pandemia de coronavírus. Em mensagem de vídeo semanal, ela disse que o inverno que se aproxima será duro para todos e que o vírus dominará o cotidiano do país ainda por algum tempo.

A Alemanha entrou em lockdown parcial no começo de novembro, após uma nova alta de casos em outubro, determinando o fechamento de restaurantes, cafés e instituições culturais. Escolas e lojas, entretanto, permanecem abertas, sob estritas regras de higiene.

Desde então, o ritmo de novas infecções apresentou sinais de queda, mas na sexta-feira o país registrou um novo recorde de 23.542 casos. Nesta segunda-feira, 10.824 novos contágios foram reportados pelo Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental para o controle e prevenção de doenças. Entretanto, as estatísticas geralmente são baixas no começo da semana, porque menos agências regionais reportam seus números no fim de semana.

Salto de ocupação em UTIs 

A alta quantidade de novas infecções se torna cada vez mais perceptível na Alemanha através do número de pacientes de covid-19 nas unidades de terapia intensiva. A cifra mais que quintuplicou em apenas um mês, subindo, acordo com o RKI, de 655 em 15 de outubro, para os atuais 3.385.

No total, de acordo com o RKI, desde o início da pandemia 801.327 infecções por covid-19 foram contabilizadas na Alemanha. O número de mortes relacionadas pela doença no país aumentou nesta segunda-feira em 62, chegando a um total de 12.547.

MD/dpa/afp/rtr

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