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Governo da França confirma morte de dois jornalistas no Mali

3 de novembro de 2013

Os jornalistas franceses Claude Verlon e Ghislaine Dupont, ambos com larga experiência na cobertura da África, foram sequestrados e mortos no Mali após entrevista com membro de facção rebelde.

Foto: picture-alliance/AP Photo

O ministro francês do Exterior, Laurent Fabius, confirmou que dois jornalistas franceses foram "friamente" assassinados no Mali neste sábado (02/11). As mortes foram atribuídas ao que o ministro chamou de "terroristas", referindo-se aos grupos que combatem as tropas francesas no país.

Os jornalistas da Radio France Internationale (RFI) Claude Verlon e Ghislaine Dupont haviam sido sequestrados após realizarem uma entrevista com um membro do Movimento Nacional de Libertação do Azawad (MNLA), grupo separatista tuaregue, no norte do Mali.

Os corpos foram encontrados por uma patrulha francesa a 12 quilômetros de Kidal, berço do levante tuaregue em 2012 que resultou em um golpe de Estado na capital Bamako e na ocupação do norte do país por militantes ligados ao Al Qaeda. Uma intervenção militar liderada pela França conseguiu retomar boa parte do território, mas ainda restam bolsões de resistência pelo país.

Mais segurança para franceses

O ministro Laurent Fabius qualificou os assassinatos como "hediondos e revoltantes" e declarou em uma reunião extraordinária de gabinete que a segurança para os franceses no Mali será reforçada.

A repórter Ghislaine Dupont, 51 anos, e o técnico de som Claude Verlon, 58, eram profissionais com larga experiência na cobertura jornalística da África. Dupont cobria o continente desde começou a trabalhar para a RFI, em 1986. De acordo com a agência francesa, os dois estavam em Kidal desde julho passado, para acompanhar o primeiro turno das eleições presidenciais.

RC/rtr/dpa