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Governo dos EUA suspende voos para Cuba

26 de outubro de 2019

Com exceção de Havana, Washington vai proibir voos comerciais que saiam dos Estados Unidos para ilha caribenha a partir de dezembro. Trump dá mais um passo atrás na aproximação iniciada por antecessor Barack Obama.

Kuba | Flughafen in Havanna
Voos comerciais americanos só poderão pousar no aeroporto José MartíFoto: picture-alliance/dpa/AP Photo/R. Espinosa

O governo dos Estados Unidos proibirá voos comerciais que saiam do país e tenham como destino qualquer cidade de Cuba com a exceção de Havana, em nova tentativa de isolar ainda mais a ilha por seu apoio ao governo da Venezuela.

"Acabamos de anunciar que suspendemos todo o serviço aéreo dos EUA a nove aeroportos de Cuba. A única exceção é o Aeroporto Internacional José Martí, em Havana", declarou a assistente para Cuba e Venezuela do Escritório para Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos EUA, Carrie Filipetti.

A medida entrará em vigor em 10 de dezembro. O prazo foi dado para que as companhias afetadas acatem a decisão do governo. Entre as empresas que terão que deixar de oferecer viagens para cidades cubanas estão American Airlines, Delta Airlines e JetBlue.

Filipetti explicou que o objetivo da medida é restringir os recursos econômicos do governo de Cuba, alvo da ira do presidente Donald Trump pelo apoio dado ao regime de Nicolás Maduro na Venezuela.

As restrições não valem para os voos fretados, muito usados por cubano-americanos que vivem na Flórida para visitar a ilha.

Fruto da aproximação iniciada em 2014, os governos de Barack Obama e Raúl Castro anunciaram em dezembro do ano seguinte um acordo para restabelecer os voos comerciais diretos entre os dois países, o que fomentou a ida de americanos à ilha.

No entanto, desde que chegou ao poder em janeiro de 2017, Trump vem revertendo as medidas adotadas pelo antecessor, com reduções de diplomatas americanos na ilha, novas sanções para ampliar o embargo comercial e restrições de viagens de americanos a Cuba.

Já em junho, o governo dos EUA ordenou que cidadãos americanos não fossem mais autorizados a viajar para Cuba em cruzeiros ou outros navios de passageiros, em iates à vela ou em aeronaves particulares ou corporativas. Também passaram a não ser mais permitidas viagens em grupo com fins educacionais dos EUA ao país caribenho.

No mês passado, o governo americano limitou as transferências de dinheiro para Cuba. Desde então, pessoas nos EUA só podem enviar um máximo de mil dólares por trimestre para familiares na ilha.

Um novo pacote de medidas dos EUA contra Cuba entrou em vigor na última segunda-feira. Entre outras coisas, a Casa Branca revogou as autorizações que permitiam que empresas americanas alugassem aviões para companhias aéreas vinculadas ao governo de Havana, como a empresa aérea estatal Cubana de Aviación.

CA/dpa/efe/rtr/dw

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