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Governo e rebeldes assinam acordo de paz no Sudão do Sul

22 de janeiro de 2015

Documento prevê reunificação de facções do Movimento Popular de Libertação do Sudão. Em um ano, guerra civil deixou mais de 10 mil mortos no país, que conquistou a independência em 2011.

Kiir (esq.), Machar (dir.) e presidente da Tanzânia, Jakaya Kikwete (centro), durante negociações de paz em outubro de 2014Foto: AFP/Getty Images

Após pouco mais de um ano de guerra civil no Sudão do Sul, o presidente do país Salva Kiir e o líder dos rebeldes Riek Machar assinaram nesta quarta-feira (21/01) em Arusha, na Tanzânia, um tratado de paz. O acordo prevê a reconciliação e reunificação das três facções do Movimento Popular de Libertação do Sudão (SPLM).

O conflito no país, que declarou sua independência do Sudão em 2011, teve início em dezembro de 2013, após meses de tensão entre Kiir e seu ex-vice-presidente Machar.

Esforços anteriores para resolver o conflito fracassaram depois de um curto período de tempo. O mais recente foi um encontro entre Kiir e Machar na capital da Etiópia, Addis Abeba, em novembro passado. Ambos assinaram um acordo de cessar-fogo, que durou apenas algumas horas.

Desde o início da guerra civil, mais de 10 mil pessoas foram mortas e mais de 1 milhão tiveram que deixar suas casas. O estopim do conflito foi a demissão de Machar do posto de vice-presidente em julho de 2013, depois de anos de rivalidade.

No seu decorrer, o conflito foi se tornando cada vez mais uma luta entre etnias, com as tropas leais a Kiir, da etnia dinka, combatendo as tropas de simpatizantes de Machar, da tribo nuer.

O ministro do Exterior da Tanzânia, Bernard Membe, parabenizou ambos os lados pela assinatura do acordo e pela vontade de unirem novamente o país. Não foram dados detalhes sobre o conteúdo do documento.

CN/afp/rtr

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