Mais poderes para a polícia, mais restrições para os manifestantes: a política de Paris parece se confundir cada vez mais com a da extrema direita. Aparentemente, uma manobra eleitoral. Mas a resistência popular cresce.
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Desde o início da pandemia de covid-19, manifestações de massa são uma raridade na França tão afeita a protestar. Apesar disso, no sábado (28/11), entre 133 mil e 500 mil cidadãos foram às ruas em mais de 70 diferentes cidades.
Pelo menos é o que indicam as informações da polícia e dos próprios manifestantes. Estes resistem contra uma proposta de lei, em especial seu controvertido Artigo 24, o qual proíbe a divulgação de imagens em que policiais sejam nitidamente identificáveis, caso isso possa resultar em danos psíquicos ou físicos para eles.
A assim chamada lei de segurança é um dos diversos projetos jurídicos que implicariam um curso ainda mais à direita por parte do governo Emmanuel Macron. Oficialmente, o presidente justifica a medida com a proteção dos agentes: afinal de contas os ataques violentos contra eles vêm crescendo há anos.
Porém cresce também a resistência a tal curso governamental. Manifestantes como o estudante de medicina residente de Paris Santiago Kadeyan, de 19 anos, contra-argumentam que os vídeos são o único meio de defesa contra os excessos da polícia.
"Essa lei dá à polícia ainda mais autoridade e meios financeiros, e também o direito de empregar drones em manifestações. Ao mesmo tempo, restringe as nossas possbilidades de nos defendermos das agressões partindo deles. Isso só vai levar a ainda mais violência policial."
A importância de filmar operações policiais foi confirmada recentemente, em dois episódios independentes: na noite de 22 de novembro, agentes desmantelaram com brutalidade um acampamento de refugiados no centro de Paris. Apenas quatro dias mais tarde, divulgou-se que um produtor musical negro fora gravemente espancado, antes de ser preso. Graças a as ações terem sido filmadas, os policiais envolvidos são agora alvos de inquérito.
Temores pela liberdade de imprensa
Os pelo menos 45 mil manifestantes de Paris provinham de todas as classes sociais e grupos profissionais: professores, psicólogos, estudantes – e também jornalistas, os quais temem que a lei acarrete restrições à liberdade de imprensa.
Nesse ínterim, foi acrescentado ao polêmico artigo que proíbe a filmagem de polciais um parágrafo prevendo explicitamente que o dispositivo não deve prejudicar "o direito legítimo de informar o público". Isso não tranquiliza a jornalista Adeline Quéraux, que trabalha para um grande jornal parisiense.
"Estou preocupada que esse regulamento venha a limitar o nosso trabalho em caráter duradouro", comenta. Ela, que frequenta manifestações desde criança, teve receios neste sábado, pela primeira vez. "Temo a violência, impera um clima tão agressivo, no momento, sem qualquer reserva. O governo escorrega cada vez mais para a direita."
As restrições para os representantes da imprensa que noticiem sobre manifestações populares já haviam sido endurecidas no começo de setembro, com a exigência de que os jornalistas se credenciem, a fim de poder exercer seu trabalho durante protestos, mesmo em espaços públicos.
Além disso, o governo Macron está elaborando uma lei contra o islamismo radical, a fim de controlar associações muçulmanas com mais rigor e limitar fortemente a educação domiciliar. Outra lei proíbe protestos nos campus universitários, embora os estudantes tenham sempre desempenhado um papel importante nos movimentos de protesto franceses.
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"Lei e ordem também são valores da esquerda"
Para o sociólogo Sebastian Roché, diretor de pesquisa do instituto federal CNRS, as leis mais recentes reforçam uma tendência que ele já observa desde a eleição do atual presidente, em 2017.
"Macron foi eleito como candidato da esquerda e da direita, e tinha um programa eleitoral muito equilibrado. Mas até o momento ele aplicou principalmente uma política conservadora, e agora chegamos a um ponto de virada: ele perdeu praticamente todos os seus eleitores de tendência esquerdista. Ele segue agora uma política muito dura, baseada em lei e ordem, penas mais severas, e mais polícia e mais vagas nas prisões."
Bruno Cautrès, do Centro de Pesquisa Política da Universidade Science Po, de Paris, critica que o chefe de Estado de 42 anos só esteja atentando para um aspecto da necessidade de segurança do eleitorado. "Os franceses querem segurança, mas também no sentido social; eles se preocupam com o funcionalismo público e o desemprego. Macron tem que abordar também isso, se quer ter uma chance no próximo pleito, em 2022."
Jean-Baptiste Moreau, deputado e porta-voz do partido governista A República em Marcha (LREM), nega que o governo esteja pendendo para a direita. "Lei e ordem, enfim, não são exclusivamente valores de direita, também eleitores de tendência esquerdista os almejam."
"Afinal de contas, sem segurança não há liberdade. Além disso, não podemos simplesmente relegar essas temáticas ao Reagrupamento Nacional (RN), de extrema direita, temos que encontrar para a questão as nossas próprias soluções, que são menos radicais."
Tudo, menos Macron?
Contudo o descontentamento parece crescer também entre os deputados do LREM. Cécile Rilhac é um dos dez membros da maioria parlamentar contrária à lei de segurança. Outros 30 membros do partido de Macron se abstiveram de votar. Em janeiro, o dispostivo poderá ser debatido no Senado, mesmo que até lá o governo tenha mudado ou retirado o Artigo 24, devido à pressão crescente.
"Estamos numa encruzilhada e temos que mostrar ao governo que existe uma linha vermelha, não devemos escorregar ainda mais para a direita", reivindica a deputada Rilhac. "Senão, em breve vamos ser como o RN." Juntamente com alguns outros colegas do LREM, ela está criando um novo partido mais de esquerda para o pleito parlamentar de 2022 – mesmo que a sigla siga pertencendo ao bloco político de Macron.
Na opinião do sociólogo Roché, contudo, pode ser que a estratégia de Macron funcione nas eleições de 2022, sob uma condição: "Ele tem boas chances de reeleição, se, num segundo turno, se confrontar com a líder do RN, Marine Le Pen."
"No entanto, se os partidos de esquerda e verdes conseguirem propor um candidato comum, este poderá ser o adversário de Macron. Aí o resultado não estaria tão claro, mesmo porque, até o momento, Macron fez pouca política de tendência esquerdista."
Com o estudante Kadeyan, entretanto, o chefe de Estado em exercício teria poucas chances. Em 2022 o jovem votará pela primeira vez em um pleito presidencial. Se já pudesse votar em 2017, teria escolhido Macron no segundo turno, a fim de bloquear Le Pen. Porém agora não agiria mais assim.
"Macron tem ainda dois anos para provar que possui empatia e decência humana básica. Caso contrário, numa constelação assim eu vou entregar um voto em branco."
O mês de novembro em imagens
Reveja alguns dos principais acontecimentos do mês.
Foto: Michele Tantussi/REUTERS
Desmatamento anual na Amazônia bate novo recorde
O desmatamento na Amazônia entre agosto de 2019 e julho de 2020 atingiu o maior patamar em mais de uma década. Foram 11.088 km² de devastação, a maior taxa registrada desde 2008, segundo dados divulgados pelo Inpe. Os números superaram o já alto índice registrado no período anterior, que havia sido de 10.129 km², e representam um aumento de 9,5% em relação aos dados do ano passado. (30/11)
Foto: Marcelo Sayao/efe/epa/dpa/picture-alliance
"Elefante mais solitário do mundo" é transferido para santuário
Kaavan, o "elefante mais solitário do mundo", foi transferido de avião para um santuário no Camboja após anos de maus-tratos num jardim zoológico em Islamabad, no Paquistão, na sequência de uma campanha liderada pela cantora americana Cher. A cantora chegou a Islamabad na semana passada para ficar com o elefante de 35 anos, desencadeando uma campanha pela transferência do animal. (29/11)
Foto: Aamir Qureshi/AFP/Getty Images
Franceses contra violência policial
Milhares de franceses saíram às ruas contra um projeto de lei que pode criminalizar a divulgação de ações da polícia. A maioria dos manifestantes marchou pacificamente, com cartazes que denunciavam a brutalidade policial, após novo caso de violência contra homem negro. Em Paris, houve confrontos com forças de segurança, que chegaram a lançar gás lacrimogêneo contra os manifestantes. (28/11)
Foto: Olivier Corsan/MAXPPP/dpa/picture alliance
Alemanha supera 1 milhão de casos de covid-19
A Alemanha superou a marca de 1 milhão de casos de infecção pelo novo coronavírus, no mesmo dia em que mais um recorde de mortes por covid-19 foi estabelecido, com o registro de 426 óbitos. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental alemã de controle e prevenção de doenças infecciosas, já foram contabilizadas 15.586 mortes causadas pela doença. (27/11)
Foto: Rupert Oberhäuser/picture alliance
Merkel defende medidas contra covid-19
A chanceler federal Angela Merkel afirmou, perante o Bundestag (Parlamento), que a taxa de infecção pelo novo coronavírus continua muito elevada na Alemanha e um afrouxamento das restrições impostas para conter a pandemia não seria uma atitude responsável. "Se formos esperar até as UTIs estarem cheias, aí seria tarde demais", afirmou. (26/11)
Foto: Tobias Schwarz/AFP
Maradona morre aos 60 anos
O ex-jogador argentino Diego Maradona, maior ídolo da história do futebol do país sul-americano, morreu aos 60 anos, após sofrer uma parada cardiorrespiratória em sua casa na cidade de Tigre, ao norte de Buenos Aires. Após um longo histórico de problemas de saúde, ele vinha se recuperando de uma cirurgia na cabeça. A Argentina declarou três dias de luto nacional por conta de sua morte. (25/11)
Foto: Carlo Fumagalli/AP Photo/picture alliance
ONU alerta contra racismo no Brasil
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos condenou o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, ocorrido num supermercado Carrefour em Porto Alegre, como "deplorável" e uma triste amostra do racismo estrutural que aflige o Brasil. A entidade pediu reformas urgentes para combater a discriminação racial persistente no país, e que o governo reconheça o problema do racismo. (24/11)
Foto: Diego Vara/Reuters
Perdão ao peru
O peru Corn se salvou do forno após receber "perdão" do presidente dos Estados Unidos, numa tradição que ocorre anualmente pelo Dia de Ação de Graças. "É um dia especial para os perus, não muito bom para a maioria", disse Donald Trump, durante cerimônia em que o mandatário "perdoa" uma dessas aves destinadas a serem consumidas como prato principal no feriado americano. (24/11)
Foto: Kevin Dietsch/UPI Photo/imago images
Trump autoriza transição de governo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, orientou seu governo a cooperar com a equipe de transição de Joe Biden, embora continue se recusando a reconhecer a derrota nas eleições. O republicano deu seu aval após a Administração de Serviços Gerais (GSA), agência governamental, confirmar Biden como "aparente vencedor" do pleito, abrindo caminho para o início da transição na Casa Branca. (23/11)
Foto: Susan Walsh/AP/picture alliance
Coloridos e distanciados
O kitesurf é classificado como um esporte "de pouco contato", e portanto permitido em tempos de coronavírus. Sorte para os surfistas de ambos os sexos em Sankt Ording, no Mar do Norte. E para os espectadores, cujos olhares podem vagar entre as ondas no mar e as coloridas pipas gigantes no céu. (22/11)
Foto: Georg Wendt/dpa/picture alliance
Bolsonaro refuta debate racial após morte em supermercado
Em meio à comoção provocada pela assassinato de um homem negro em um supermercado de Porto Alegre, Jair Bolsonaro usou uma linguagem típica de teóricos da conspiração para denunciar o que chamou de tentativa em curso de gerar tensões raciais artificiais no Brasil. No mesmo dia, João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foi enterrado. Parentes e amigos pediram justiça durante o funeral. (21/11)
Foto: Andre Borges/dpa/picture-alliance
Mourão diz que não existe racismo no Brasil
O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou no Dia da Consciência Negra que não existe racismo no Brasil. A declaração foi dada quando ele comentou a morte de negro, que foi espancado por seguranças no estacionamento de um supermercado Carrefour. "Para mim no Brasil não existe racismo. Isso é uma coisa que querem importar, isso não existe aqui", ressaltou Mourão. (20/11)
Foto: Getty Images/AFP/N. Almeida
Pompeo visita colônia israelense na Cisjordânia ocupada
Mike Pompeo se tornou o primeiro secretário de Estado americano a visitar um assentamento israelense na Cisjordânia ocupada. Ele ainda visitou as Colinas de Golã, território sírio anexado por Israel. Ele não se reuniu com nenhum líder palestino nesta viagem. (19/11)
Foto: Patrick Semansky/Pool/AP/picture alliance
EUA abrem caminho para retorno do Boeing 737 MAX aos céus
Reguladores dos EUA autorizaram o retorno do Boeing 737 MAX aos céus, quase dois anos depois de ordenarem que todos os modelos ficassem em terra, devido a dois acidentes que deixaram 346 mortos em cinco meses. O modelo, porém, não voltará a voar de forma imediata em todo o mundo, já que as autoridades do setor aéreo de outros países ainda devem realizar suas próprias certificações. (18/11)
Foto: Reuters/L. Wasson
Polícia detém suspeitos de roubo espetacular em museu alemão
A polícia alemã prendeu três suspeitos de participação no roubo do museu Grünes Gewölbe, em Dresden. As prisões aconteceram durante uma operação em grande escala com foco no bairro de Neukölln, em Berlim. O Grünes Gewölbe abriga uma das coleções mais importantes de joias antigas da Europa. Os itens furtados em 2019 eram de grande valor cultural e descritos como de importância inestimável. (17/11)
Foto: Robert Michael/dpa/picture alliance
Empresa anuncia vacina para covid com eficácia de 94,5%
A companhia americana de biotecnologia Moderna anunciou que sua vacina contra a covid-19, ainda em teste, mostrou ter 94,5% de eficácia, de acordo com os primeiros resultados de um ensaio com mais de 30 mil participantes. O estudo continua, e a Moderna reconhece que a taxa de proteção pode ainda mudar à medida que mais infecções por covid-19 vão sendo detectadas e adicionadas aos cálculos. (16/11)
Foto: H. Pennink/AP Photo/picture-alliance
Pressionado, presidente do Peru renuncia
Cinco dias após assumir o cargo, o presidente do Peru, Manuel Merino, anunciou sua renúncia, pressionado pelos maiores protestos em décadas no país. Mas ele disse que agiu dentro da lei quando foi empossado como chefe de Estado menos de uma semana antes, apesar de manifestantes sugerirem que o Congresso encenou um golpe parlamentar ao retirar do poder o então presidente Martín Vizcarra. (15/11)
Foto: Luka Gonzales/AFP/Getty Images
"Manda o vírus embora!"
A cidade alemã de Engelskirchen abre todos os anos uma filial dos correios de Natal, para responder às cartas enviadas ao Christkind (Menino Jesus), encarregado de realizar os desejos infantis em diversos países da Europa. Já chegaram milhares de cartas, muitas pedindo para que o coronavírus vá embora. Ou para poder passar as festas com os avós, como todos os anos. (14/11)
Foto: Oliver Berg/dpa/picture alliance
Cinco anos após massacre do Bataclan
Na noite de 13 novembro de 2015, homens armados mataram 130 pessoas a tiros e em ataques suicidas em Paris. Noventa delas foram assassinadas no Bataclan durante um show de uma banda de rock. Na capital francesa, homenagens marcaram os cinco anos da tragédia. Desde 2015, ataques jihadistas mataram mais de 250 pessoas no país e deixaram milhares com cicatrizes físicas e psicológicas. (13/11)
Foto: Christophe Archambault/REUTERS
UE apresenta estratégia em prol dos direitos LGBT+
A Comissão Europeia revelou um plano para melhorar a situação dos direitos dos gays, lésbicas, transgêneros, não binários, queer e intersexuais, após uma série de enfrentamentos com alguns países do bloco que adotam políticas contrárias a esses grupos. O plano para os próximos cinco anos prevê apoio legal e financeiro e medidas para apoiar o direito das famílias LGBT+ de terem filhos. (12/11)
Foto: imago/IPON
Itália supera 1 milhão de casos de covid-19
A Itália, um dos países europeus mais golpeados pela primeira onda da pandemia, acumula 1.028.424 de infecções pelo coronavírus Sars-Cov-2. Na luta contra a doença, o governo em Roma dividiu o país em três zonas de risco: amarelo, laranja e vermelho, e endureceu ainda mais as medidas preventivas em algumas das 20 regiões italianas. (11/11)
Foto: Antonio Calanni/dpa/picture alliance
UE acerta acordo para garantir vacina
A Comissão Europeia concluiu as negociações com a alemã BioNTech e a americana Pfizer para garantir à Europa doses da promissora vacina experimental contra o coronavírus elaborada em conjunto pelos dois laboratórios. Todos os 27 países terão acesso simultâneo às primeiras entregas, que devem ser distribuídas de acordo com o tamanho da população. Só a Alemanha receberá 100 milhões de doses. (10/11)
Foto: SvenSimon/picture alliance
Morales volta à Bolívia
O ex-presidente da Bolívia Evo Morales voltou ao país natal, após ficar cerca de um ano exilado na Argentina. Seu retorno ocorreu um dia depois da posse do esquerdista Luis Arce, que marcou a volta ao poder do Movimento ao Socialismo (MAS). Após renunciar no ano passado acusado de fraude eleitoral, Morales deixou o país. O ex-presidente sempre negou as acusações. (09/11)
Foto: Gianni Bulacio/AP Photo/picture alliance
Luis Arce toma posse na Bolívia
Luis Arce tomou posse como novo presidente da Bolívia, marcando o retorno do Movimento ao Socialismo (MAS), partido do ex-presidente Evo Morales, ao poder. Em seu discurso, o novo presidente adotou um tom conciliador, disse que governará para todos e se absteve de mencionar seu mentor político, Morales, que, pressionado por militares, deixou a presidência boliviana há um ano. (08/11)
Foto: AFP
Vitória de Biden
Após uma das campanhas eleitorais mais tensas e tumultuadas das últimas décadas, o democrata Joe Biden venceu a disputa pelo cargo mais poderoso do mundo. Após quatro dias consecutivos de contagem de votos, ele superou a marca de 270 votos no Colégio Eleitoral dos Estados Unidos, depois de conquistar a vitória na Pensilvânia, segundo projeções da imprensa americana. (07/11)
Foto: Drew Angerer/Getty Images
Mutação do coronavírus na Dinamarca
Uma mutação do coronavírus originada em visons infectou 214 pessoas na Dinamarca, segundo o Statens Serum Institut (SSI), centro de referência para doenças infecciosas no país. Para tentar conter o avanço da mutação, o governo anunciou um lockdown de quatro semanas que afeta os cerca de 280 mil habitantes da região da Jutlândia do Norte. Além disso, até 17 milhões de visons serão abatidos. (06/11)
Apuração nos EUA continua, ainda sem um vencedor claro
A contagem de votos nos Estados Unidos seguiu por mais um dia, com disputas acirradas nos estados da Geórgia, Nevada e Pensilvânia. O democrata Joe Biden continuou à frente na contagem de votos no colégio eleitoral, ficando próximo de conquistar a Presidência. Acuado, Donald Trump repetiu acusações infundadas de fraude eleitoral. (05/11)
Foto: Joe skipper/REUTERS
Suspense na apuração de votos nos EUA
A apuração da eleição presidencial americana seguiu sem um vencedor definido um dia após o pleito. O dia terminou com o democrata Joe Biden com vantagem na quantidade de votos. O presidente Donald Trump, acuado, partiu para a via da judicialização, pedindo que a contagem fosse barrada em três estados e pedindo recontagens. (04/11)
Foto: Kevin Lamarque/Reuters
Americanos escolhem seu próximo presidente
Os Estados Unidos chegaram ao fim de uma campanha à Presidência com uma pandemia como pano de fundo, uma votação antecipada sem precedentes e o temor de que a polarização possa escalar em violência. Ao longo do dia, o republicano Donald Trump e o desafiante democrata Joe Biden fizeram seus últimos esforços para conquistar eleitores. (03/11)
Foto: Karen Harrigan/The NEWS and SENTINEL/Xinhua News Agency/picture alliance
Alunos franceses prestam homenagem a professor decapitado
Alunos e professores de escolas de toda a França fizeram um minuto de silêncio em memória de Samuel Paty, o professor que foi decapitado em meados de outubro após mostrar uma caricatura do profeta islâmico Maomé em sala de aula. Os alunos franceses ficaram em silêncio exatamente às 11h. Estudantes e professores refletiram ainda sobre direitos e deveres em uma democracia. (02/11)
Foto: Lionel Bonaventure/AFP/Getty Images
Donald Trump vai para o lixo
O museu de cera Madame Tussauds de Berlim colocou a estátua do presidente dos Estados Unidos dentro de uma lixeira a poucos dias das eleições presidenciais nos EUA, em 3 de novembro. Foto publicada pelo museu no Instagram mostra o boneco de cera rodeado de sacos de lixo e tuítes ficcionais em papelão, com as frases "Você está demitido", "Fake News!" e "Eu amo Berlim". (01/11)