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Governo projeta déficit de R$ 170,5 bilhões em 2016

21 de maio de 2016

Durante anúncio, ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, diz que está confiante na aprovação do Congresso Nacional. Previsão de rombo no Orçamento supera déficit de 96 bilhões previsto pelo governo de Rousseff.

Henrique Meirelles
Foto: Getty Images/AFP/A. Anholete

O governo interino do presidente Michel Temer estima um déficit primário de 170,5 bilhões de reais para 2016, informou nesta sexta-feira (20/05) a nova equipe econômica. A projeção supera o déficit de 96,7 bilhões de reais previsto no início do ano pelo governo da presidente afastada Dilma Rousseff.

Se aprovado pelo Congresso Nacional, este será o pior resultado histórico das contas públicas do país e o terceiro ano consecutivo no vermelho.

Os parlamentares têm até 30 de maio para aprovar a proposta. O anúncio foi feito em entrevista coletiva pelos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Romero Jucá. Se não for aprovada, o governo terá que fazer um novo contingenciamento para se adequar à meta fiscal ainda em curso.

Jucá disse que está confiante de que os parlamentares vão aprovar a previsão. "O Congresso está consciente da dificuldade que o Brasil vive", afirmou.

Segundo Meirelles, o rombo fiscal inclui a frustração de receitas e o desbloqueio de 21,2 bilhões de reais em contingenciamentos anunciados na gestão de Rousseff para efetuar o pagamento de dívidas e de valores atrasados.

Meta fiscal e PIB

A nova meta fiscal, que prevê um superávit primário de 24 bilhões de reais, contempla a renegociação de dívidas de Estados junto à União e não inclui o retorno da CPMF. Contando com o setor público em estados e municípios, a meta do superávit primário passa para 30,6 bilhões de reais.

"Vamos trabalhar para que o número seja menor que esse e que haja espaço para números extraordinários que possam surgir", disse Meirelles.

Ao dizer que "a meta não é novela para ser feita em capítulos", Jucá afirmou que a cifra não deve ser revisada posteriormente.

A estimativa de queda do Produto Interno Bruto (PIB) é de 3,8% para este ano. Já a inflação deve ficar em torno de 7%. A equipe de Rousseff tinha previsto uma baixa de 3,05% no PIB e inflação medida pelo IPCS de 7,44%.

KG/Abr/rtr

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