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Grécia

7 de dezembro de 2011

Parlamento grego aprova medidas de austeridade, com aumento de impostos e uma rígida contenção de gastos. Manifestações em memória do estudante morto em 2008 pela polícia acabam em tumulto.

Parlamentares reunidos em Atenas aprovam medidasFoto: dapd

O Parlamento grego aprovou com grande maioria na madrugada desta quarta-feira (7/12) as medidas de austeridade previstas no orçamento para 2012 do país. Dos 299 parlamentares presentes, 258 deram o "sim" para as medidas sugeridas pelo governo de transição do primeiro-ministro Lucas Papademos, enquanto 41 foram contra.

A implementação do plano de austeridade deverá contribuir para a recuperação da credibilidade internacional da Grécia e criar condições para salvar a economia do país, afirmou Papademos em discurso aos deputados.

Mais impostos e menos gastos

O orçamento prevê acima de tudo aumentos de impostos e cortes drásticos nos gastos públicos, atingindo fortemente os servidores públicos e prevendo privatizações mais rápidas. Com isso, o governo espera economizar em torno de 5 bilhões de euros e arrecadar 4,5 bilhões de euros a mais. A meta, segundo o primeiro-ministro, é reduzir o déficit público do país dos atuais 9% do PIB para 5,4% em 2012.

O premiê grego Lucas PapademosFoto: dapd

A aprovação das medidas sucede o pacote de salvação do país oferecido pela União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que já havia determinado, em maio de 2010, uma redução de salários e aposentadorias no país, bem como o aumento de impostos.

Recuperação será lenta

Segundo Papademos, a crise econômica que assola a Grécia não será passageira. "Diante dos problemas que enfrentamos, não poderemos relaxar em 2012. Ainda vai demorar muitos anos [para que a situação seja contornada], exigindo a participação e os esforços de muitos governos", observou o premiê.

Segundo ele, a Grécia precisa reduzir sua dívida pública com urgência, levando adiante diversas reformas. Caso contrário, "a história não vai nos perdoar", afirmou o líder político.

Papademos, que é ex-vice-presidente do Banco Central Europeu, salientou que as medidas tomadas agora irão definir o futuro econômico do país não somente no ano de 2012, mas "para a próxima década". O premiê confirmou que a Grécia continuará pertencendo à zona do euro.

A Grécia aguarda, para meados de dezembro, mais uma parcela do empréstimo concedido pelos países da zona do euro e pelo FMI, no valor de 8 bilhões de euros. Esses recursos, cuja liberação já está aprovada, vêm do programa de ajuda de 2010.

Protestos nas ruas

Poucas horas antes da aprovação pelo Parlamento, ocorreram, na capital Atenas e em Salônica, manifestações em memória de Alexis Grigoropoulos, o jovem de 15 anos morto por policiais em dezembro de 2008 durante protestos no país.

Protestos nas ruas da Grécia não cessamFoto: dapd

As manifestações acabaram em tumultos. A televisão grega mostrou como a polícia agiu na capital com gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que atiraram pedras e bombas incendiárias nas forças de segurança.

SV/afp/dapd/dpa/rtr
Revisão: Roselaine Wandscheer

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