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Grécia quer "fiscais do Varoufakis" contra a sonegação

7 de março de 2015

Numa medida que lembra os tempos de combate à inflação do Plano Cruzado, ministro grego propõe empregar estudantes, donas de casa e até turistas para detectar casos de evasão fiscal.

Foto: Getty Images/AFP/E.Dunand

Na luta contra a fraude fiscal, o governo da Grécia propôs uma medida que lembra os tempos de combate à inflação do Plano Cruzado no Brasil: os fiscais populares. A proposta de recrutar cidadãos para agir como inspetores fiscais está numa carta do ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, ao chefe do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

Na carta, Varoufakis propõe, entre outras medidas, empregar durante tempo limitado um grande número de inspetores não profissionais, depois de submetê-los a uma breve formação. Equipados com gravadores de vídeo e áudio, esses inspetores deverão documentar casos de evasão fiscal, por exemplo se mercados e restaurantes estão dando a nota fiscal ao clientes.

Varoufikas sugere empregar estudantes, donas de casa e até mesmo turistas. Ao contrário do modelo brasileiro, que em 1986 deu origem aos fiscais do Sarney – cidadãos que, de forma voluntária, fiscalizavam o congelamento de preços no comércio brasileiro – Varoufakis fala em pagar os seus fiscais – e por hora de trabalho. Uma outra diferença é que os fiscais gregos repassariam as imagens e sons por eles gravados às autoridades. No modelo brasileiro, o fiscal podia chamar ele mesmo a polícia.

"A simples notícia de que milhares de testemunhas estão por todas as partes, levando consigo equipamentos de gravação de áudio e vídeo em nome das autoridades fiscais, tem a capacidade de mudar as atitudes muito rapidamente, propagando uma sensação de justiça por toda a sociedade e gerando um nova cultura de pagamento de impostos", justificou o ministro grego em sua carta.

AS/dpa

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