Afiliações partidárias
16 de março de 2007Já se foram os bons tempos em que o popular Partido Social Democrata (SPD), do ex-chanceler federal Gerhard Schröder, atraía mais de 40% dos votos no país e também podia governar com maioria absoluta em vários estados. Também a União Democrata Cristã (CDU), da atual chefe de governo, Angela Merkel, procura formas para polir a imagem e aumentar a aceitação entre as bases.
Desde os anos 1970, o número de filiados do SPD reduziu-se à metade, para 550 mil. Entre 2003 e 2004, o número de pessoas que se desligaram do SPD havia crescido em represália à política reformista do ex-chanceler federal Gerhard Schröder. Em 2004, o partido social-democrata ainda contava 630 mil filiados.
O trágico para o partido é que 50% das perdas de clientela aconteceram justamente em sua principal base de apoio, que são os trabalhadores simples. Mesmo filiados de longo tempo estão voltando as costas ao partido de forma preocupante.
Desfiliações e falecimentos afetam CDU
Este problema também atinge a CDU, cuja perda de membros é contínua: de 571 mil em 2006 para atuais 560 mil, um número antes considerado "marca mágica". Da mesma forma como acontece com os social-democratas, os motivos da perda de correligionários são as desfiliações e os falecimentos dos membros antigos. A idade média dos membros da CDU hoje é 59 anos.
Desde 1990, a União Democrata Cristã perdeu 190 mil filiados. Boa parte dos que se desligam do partido vêm da classe média, um quinto são autônomos e um terço, assalariados. A perda, no entanto, acelerou-se desde o início do governo da grande coalizão. Segundo pesquisadores, a CDU e o SPD perderam 40 mil filiados desde novembro de 2005.
O fato de os social-democratas terem tido mais desfiliações não serve de consolo à CDU, pois todo e qualquer prejuízo nas bases do partido significa perdas no contato com os eleitores.