Nem a cautela dos tempos de ministra do Interior, nem a posição favorável à saída da UE agora como premiê: um mês antes de referendo, política trabalhista pintou cenário sombrio a banqueiros.
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Um mês antes do referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, Theresa May, na época ministra do Interior, fez um alerta a banqueiros sobre os impactos negativos para a economia britânica, caso a população optasse pelo Brexit, revelou nesta quarta-feira (26/10) uma reportagem do jornal britânico The Guardian.
A gravação foi feita no dia 23 de junho, em reunião privada com executivos do banco de investimentos Goldman Sachs. Nela, May mostra uma postura diferente do comedimento que irritou pró-europeus durante a campanha para o referendo e, sobretudo, distinta da veemência com que agora, como primeira-ministra, ela defende a saída da UE como positiva para o Reino Unido.
"Os argumentos econômicos são claros. Acho que fazer parte de um bloco comercial de 500 milhões é significante para nós. Eu acho, como estava dizendo anteriormente, é que muitas pessoas investiram aqui no Reino Unido porque o Reino Unido está na União Europeia", diz May nas gravações. "Se não estivermos na UE, acho que haverá empresas que questionarão se devem desenvolver uma presença maior no Reino Unido do que na União Europeia."
Na reunião com banqueiros, May disse ainda estar convencida que seria melhor a permanência na UE para a segurança do Reino Unido, devido à troca de informações entre as agências de inteligências que o bloco possibilita.
Recentemente, durante um congresso do Partido Conservador, May disse que preferia priorizar o controle da imigração, em detrimento de fazer parte de um mercado comum. As empresas britânicas, afirmou então, precisam de "máxima liberdade" para operar, mas não com o país "abrindo mão novamente do controle de imigração" ou aceitando imposições dos "juízes de Luxemburgo".
O líder do partido Liberais Democratas, Tim Farron, afirmou estar desapontado com a falta de "coragem política" da primeira-ministra para tornar públicas as declarações sobre os efeitos do Brexit.
Durante a campanha do referendo, May defendeu a permanência na UE, mas causou revolta entre colegas do Partido Conservador por se mostrar reticente a se manifestar com mais veemência contra o Brexit, chegando a reclamar de políticas do bloco.
Phil Wilson, do Partido Trabalhista, afirmou que é bom saber o que a premiê pensa sobre o Brexit. "Agora May está em uma posição de agir sobre as suas preocupações anteriores, começando por colocar a adesão no mercado comum no coração da posição do governo como negociador", disse.
Ao comentar a reportagem, um porta-voz do governo disse apenas que os britânicos optaram pela saída do bloco e que o governo está determinado a tornar um sucesso as oportunidades que se apresentam.
CN/ap/ots
O guarda-roupa da rainha
Normalmente, Elizabeth 2ª é vista de blazer e chapéu de mesma cor. Mas o closet tem muito mais a oferecer do que conjuntos sóbrios e adereços chiques de cabeça.
O tom sobre tom usual
O traje da rainha da Inglaterra é lendário. A um blazer com barras longas – para que nada voe para fora – soma-se uma criação de chapéu extravagante, com combinação perfeita de cor. Para completar, uma bolsa de mão sempre de um mesmo formato. Preta, pequena - com espaço para o batom, óculos de leitura, pastilhas de menta e lenço de papel. É assim que ela se apresenta ao mundo há 60 anos.
O segredo de seus chapéus
Ela possui chapéus em todas as formas e cores. Por vezes, é lúdico, com florzinhas, outras vezes, mais sóbrio e singelo. Mas as cores sempre se ajustam perfeitamente às vestimentas. Raramente se vê a rainha com a cabeça descoberta. Quantas caixas de chapéu se encontram no closet da rainha é um grande mistério.
Foto: picture-alliance/dpa/J. Brady
Chapéu-mania
A cabeça jamais descoberta! Mesmo na juventude, com visual despojado na praia. O registro pertence a uma série de fotografias históricas da rainha, que foram leiloadas em 2008 e hoje estão nas mãos de um colecionador privado.
Até a princesa se juntou à força-tarefa: durante a Segunda Guerra Mundial, Elizabeth Windsor fez parte da Divisão de Mulheres do Exército Britânico. Lá ela se formou em mecânica e aprendeu a dirigir caminhões. Esta foto foi tirada em abril de 1945. Aqui também ela não está com a cabeça à mostra.
Foto: public domain
O vestido de casamento
Dois anos e meio após a guerra, Elizabeth se casou com seu amor da adolescência, o príncipe Philip da Grécia e Dinamarca. Por este vestido, foi recolhida uma série de cupons de desconto, já que logo após a guerra, não era fácil nem para uma família real fazer aquisições valiosas como essas: cetim, 10 mil pérolas e cristais, além de um lenço de renda de quatro metros de comprimento.
Foto: Imago/ZUMA/Keystone
O manto da coroação
No dia 2 de junho de 1953, a princesa Elizabeth se tornou rainha. Na cerimônia de coroação, ela usou um vestido de seda branco, com o emblema dos países da Commonwealth bordado a cores. Por cima, o manto régio de veludo, cuja calda de cinco metros de comprimento foi segurada por seis damas de honra.
Foto: picture-alliance/Heritage Images
Na jovem república alemã
"A visita do século" aconteceu em maio de 1965: nenhuma visita oficial era mais bem-vinda do que a da rainha. A última visita de Estado da Inglaterra tinha ocorrido há 56 anos, depois de duas guerras, nas quais os alemães imprimiram grandes sofrimentos aos ingleses. A visita de Elizabeth 2ª à Alemanha durou 11 dias. Nesse período, ela encantou os alemães com sua seleção de trajes.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Rohwedder
Realeza na Áustria
Depois de desfilar pela Alemanha com seus chapéus extravagantes, Elizabeth optou por uma apresentação mais tradicional na visita de Estado à Áustria. Com um vestido de seda branco e faixa vermelha, e diadema no lugar de chapéu, ela visitou o país em 1969.
Foto: picture-alliance/G. Rauchwetter
Com turbante em visita a Walter Scheel
Em 1978, Elizabeth veio à Alemanha pela segunda vez. Ela foi recebida novamente com grande louvor, mas não chegou à altura daquela primeira visita. O pano de fundo: a normalidade tomou conta, e a amizade entre os dois países havia se consolidado – em grande parte graças ao empenho do então presidente alemão Walter Scheel.
Foto: imago
Moda verão na Tailândia
Em fevereiro de 1972, a rainha visitou o rei Bhumibol na Tailândia. Naturalmente, levou blazers e tiaras na bagagem, mas um ou outro vestido mais ousado (com chapéu combinando, é claro) também não faltou. Nesta imagem, ela veste um conjunto de verão, que, apesar de seu aspecto lúdico, não peca por falta de seriedade.
Foto: picture-alliance/H. Ossinger
Óculos high-tech
Na cabeça de um membro da realeza não pode faltar nada – inclusive, os óculos 3D, que a rainha apresenta nesta foto. Em uma visita à Universidade de Sheffield, a monarca pôde conduzir uma escavadeira através de um display com exibição em 3D.
Foto: Getty Images
Look casual
Em seu dia a dia, a rainha também gosta de trocar seu chapéu por um lenço de cabeça. E, subitamente, não há mais sinais de realeza nela: Elizabeth 2ª pode até ser confundida com uma avó plebeia.
Foto: Getty Images
A cavalo com Reagan
Estilo rústico também no passeio ao lado do então presidente americano, Ronald Reagan, em 1982. Na foto, ela mostra a Reagan o parque do Castelo de Windsor, a residência favorita da rainha.
Foto: public domain
O casamento do filho
No dia 29 de julho de 1981, o filho de Elizabeth, príncipe Charles, casou-se com Diana. Embora a rainha tenha contribuído significativamente para a realização do casamento e, sempre que possível, tenha aparecido junto ao casal, ela não ofuscou a nora naquele dia. Nem com essa roupa em tom turquesa brilhante.
Foto: Imago/Photoshot/John Shelley Collection
O casamento do neto
Quando o príncipe William se casou com Kate Middleton em 2011, a rainha se apresentou com uma vestimenta muito mais discreta do que no casamento de Charles e Diana; ela entrou na Abadia de Westminster com um tom mostarda singelo.
Foto: Imago/Photoshot/John Shelley Collection
Discurso oficial
Quando a rainha fala ao Parlamento, a tradição dita que ela esteja com sua vestimenta oficial. Toda vez que um novo período legislativo tem início, ela apresenta, com coroa, os projetos do governo.
Foto: Reuters/S. Plunkett
Realeza de manto púrpura
Apesar da idade, a rainha ainda aposta em pesados mantos régios. Aqui ela aparece junto ao príncipe Philip em frente à Catedral de Saint Paul durante um culto religioso.
Foto: Getty Images
Signo: touro
No dia 21 de abril, a rainha completa 90 anos. Oficialmente, ela prefere celebrar seu aniversário no segundo sábado de junho – primeiro porque é quando acontece a cerimônia militar "trooping the colour" em honra à monarquia britânica, e segundo porque faz tempo bom. A foto foi tirada em 13/06/2015, na celebração de seu 89º aniversário. Toda de branco, ao lado do marido, príncipe Philip.