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Greenpeace apresenta queixa contra crédito alemão para Equador

tb4 de abril de 2002

Organização ambientalista entra com queixa junto a Secretarias Estaduais contra crédito concedido por banco da Renânia do Norte-Vestfália para construção de oleoduto no Equador.

Nesta quinta-feira (04), a organização ambientalista Greenpeace deu início a um processo judicial contra o Westdeutsche Landesbank, apresentando queixa junto às Secretarias da Fazenda, da Economia e do Interior do estado da Renânia do Norte-Vestfália.

Com a concessão de um crédito para a construção de oleoduto no Equador, o banco estadual infringe os acordos internacionais de proteção do meio ambiente e suas próprias normas, argumenta o Greenpeace. O regulamento do banco obriga a considerar o bem público nas negociações econômicas.

Michaela Braun, especialista em florestas do Greenpeace, disse: "Na conferência dos países que ratificaram a convenção da diversidade biológica, o governo estadual da Renânia do Norte-Vestfália precisa suspender o crédito, que é ecologica e socialmente intolerável." Nesta conferência, no domingo (07) em Haia, deve ser aprovado um programa de proteção da floresta para os próximos dez anos.

O projeto do oleoduto no Equador resulta em intervenções graves na natureza de um dos últimos espaços vitais originários do mundo, afirma o Greenpeace. A extensão planejada do oleoduto é de 500 quilômetros através da floresta equatoriana. Essa construção devasta, além da própria natureza, o habitat de animais ameaçados de extinção e de povos indígenas.

Além disso, existe o risco de contaminação da água e do solo através de acidentes com petróleo, provocados por terremotos e erosões. No início do março, o Ministério do Meio Ambiente equatoriano já conseguiu uma suspensão temporária da construção na região do Guarumos, perto do Quito, depois que peritos atestaram graves estragos da natureza.

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