O Greenpeace elogiou a criação de sete novas áreas de proteção e a ampliação do Parque Nacional da Amazônia, que aumentam em 6,4 milhões de hectares as áreas de conservação no oeste do Pará.

Segundo o diretor internacional de política florestal da organização, Martin Kaiser, as novas áreas de proteção, sancionadas pelo presidente Lula na terça-feira (14/02), "são motivo de grande alegria. Mas a Floresta Amazônica precisa de um 'green wall',um muro verde formado por áreas de proteção, para ser preservada a longo prazo".

Ele também acusou os europeus de co-responsabilidade no desmatamento da Amazônia. "Além dos madeireiros, também sojicultores ocupam a Floresta Amazônica e plantam soja com a qual tratamos os porcos na Europa, para que possamos comer mais carne. Nós devoramos a Amazônia. Isso, o muro verde deve impedir", disse Kaiser em Hamburgo.

"Lula precisa tomar providências para que as áreas de proteção não sejam meros 'parques no papel' e, sim, representem um ganho para as florestas e seus habitantes", afirmou Kaiser, em nota do Greenpeace enviada à imprensa.