Greta, a jovem que inspira futuros pais na Alemanha
Meike Krüger
18 de novembro de 2019
A sueca Greta Thunberg não serve apenas de inspiração para ativistas ambientais. Uma pesquisa aponta que cada vez mais bebês alemães devem ser batizados com seu nome.
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Com apenas 16 anos, Greta Thunberg já percorreu muitos lugares, e o seu comprometimento com as questões climáticas lhe trouxe reconhecimento. Para alguns, uma heroína. Para muitos futuros papais, uma inspiração. Ao menos na Alemanha. Segundo uma pesquisa encomendada pela Deutsche Welle ao site babelli.de, a tendência é de que mais Gretas devam surgir no país em comparação às décadas anteriores.
Ao menos 2% dos casais entrevistados pretendem registrar a filha como Greta. O motivo é que, para eles, a ativista sueca é um modelo a ser seguido e, portanto, uma boa razão para colocar o nome dela nas filhas.
Nome como expressão
De acordo com Knud Bielefeld, operador do site beliebte-vornamen.de ("nomes preferidos”, em alemão), os pais costumam escolher o nome dos filhos no início da gravidez. A eufonia - a forma como o vocábulo soa, em termos agradáveis, claro - conta muito na hora da definição. Por outro lado, nomes associados negativamente a amigos ou familiares estão fora de cogitação.
Bielefeld acredita que haverá um aumento significativo de "gretas” especialmente como segundo nome, que muitas vezes é usado pelos pais para reforçar um significado ou um conceito. No caso de Greta, seria em relação às mudanças climáticas e ao ativismo ambiental.
Nomes curtos estão cada vez mais populares na Alemanha. Greta, uma derivação de Margarethe, é um exemplo. Ainda assim, os nomes tradicionais alemães continuam em alta.
De "pérola” ao comprometimento ambiental
O nome Margarethe foi registrado pela primeira vez na Alemanha no final do século 19. Segundo o pesquisador alemão Jürgen Udolph, foi importado da Pérsia, via Roma e Grécia, pelos cristãos. Greta, por sua vez, essa versão mais curta de Margarethe, é popular desde os anos 1990.
Talvez os pais estejam optando pelo nome também devido ao seu belo significado: traduzido do grego, Margarethe significa "pérola”. Em breve, o futuro mostrará se o nome será utilizado com mais frequência somente na Alemanha ou também em todo o mundo.
De qualquer forma, a partir de "Greta”, foi criado um verbo na língua alemã: "Greteln”, que significa comprometer-se com o meio ambiente.
Imagens dos protestos mundiais da Greve Global pelo Clima
Estudantes e jovens em cerca de 150 países saíram às ruas para pedir ações políticas concretas contra as mudanças climáticas.
Foto: Getty Images/D. Angerer
Protestos nos EUA
Manifestantes em frente ao Capitólio, a sede do Congresso dos EUA. Manifestações ocorreram em todos os 50 estados americanos. Os maiores atos foram registrados em Nova York, Los Angeles e São Francisco.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Wolf
Protesto em Berlim reúne 270 mil
Na Alemanha, os organizadores estimaram que 1,4 milhão de pessoas participaram dos protestos – 270 mil apenas em Berlim, segundo a polícia local. Uma multidão se concentrou em volta do prédio do Reichstag, a sede do Parlamento alemão, e do Portão de Brandemburgo.
Foto: AFP/Getty Images/A. Schmidt
Protestos em cidades alemãs
Manifestações também foram registradas em Hamburgo. A polícia estimou que 70 mil pessoas participaram. Também foram registradas multidões com 20 mil pessoas em Munique, Münster e Freiburg. Na capital da Baviera, ativistas se apoiaram em blocos de gelo e enrolaram cordas no pescoço para simular que a mudança climática tem o efeito de uma forca sobre a humanidade.
Foto: Reuters/M. Dalder
Suecos pedem mais ação contra mudanças climáticas
Em Estocolmo, milhares de pessoas aderiram à greve. Vários exibiram cartazes e faixas com o lema da campanha lançada por Greta Thunberg na língua nativa da ativista: Skolstrejk för klimatet!".
Foto: Reuters/TT News Agency/S. Stjernkvist
Protestos na África
Manifestantes em Abuja, na Nigéria. Também foram registrados protestos na África do Sul, Quênia, Uganda e Ruanda.
Foto: DW/W. Abubakar Idris
Greve na Índia
O movimento também ganhou adesão na Índia, onde foram registrados protestos em Bombaim e Nova Déli.
Foto: Getty Images/AFP/I. Mukherjee
Protestos no Brasil
Jovens em manifestação no Rio de Janeiro. Também foram registrados protestos em São Paulo, Recife e Brasília. Vários manifestantes exibiram faixas e cartazes contra as políticas ambientais do governo do presidente Jair Bolsonaro e denunciando as queimadas da Amazônia.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Izquierdo
Protestos no Reino Unido
A Greve Global pelo Clima também ganhou a adesão de estudantes da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Manifestantes também saíram às ruas de Edimburgo e Belfast. Em Londres, os organizadores estimaram que 100 mil pessoas participaram.
Foto: picture-alliance/empics/J. Giddens
Greta em Nova York
As manifestações desta sexta-feira fazem parte de uma iniciativa lançada pela ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, que sensibilizou jovens em todo o mundo desde que começou a fazer protestos solitários em frente ao Parlamento sueco com um cartaz que propunha uma greve escolar pelo clima. Hoje, Greta tomou parte na manifestação de Nova York, que reuniu xx mil pessoas.