Revista dedica capa à jovem adolescente sueca por liderar a maior manifestação pelo clima na história da humanidade e diz que mudanças significativas raramente ocorrem sem a força mobilizadora de indivíduos influentes.
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A ativista sueca Greta Thunberg, que virou o rosto de um movimento global entre jovens por uma política climática mais assertiva, foi anunciada nesta quarta-feira (11/12) como a Pessoa do Ano de 2019 pela revista Time.
A sueca de 16 anos afirmou ainda estar esperançosa de que a mensagem que ela e outros ativistas tentam transmitir – de que os governos precisam aumentar drasticamente os seus esforços para combater as mudanças climáticas – está finalmente sendo transmitida.
"Por fazer soar o alarme sobre a relação predatória da humanidade com a única casa que temos, por trazer para um mundo fragmentado uma voz que transcende fundos e fronteiras, por mostrar a todos nós o que pode parecer quando uma nova geração assume a liderança", justificou a revista.
Uma foto da ativista é a capa da mais recente edição da Time e está acompanhada da manchete "O poder da juventude".
"A partir de agosto de 2018, ela passou dias acampando diante do Parlamento sueco, com um cartaz em que se lia: 'Greve escolar pelo clima'", relembra a publicação americana.
A Time recorda que a adolescente já conversou com chefes de Estado na ONU, se reuniu com o papa, discutiu com o presidente dos Estados Unidos e inspirou 4 milhões de pessoas, que se reuniram em uma paralisação global pelo clima em 20 de setembro.
"Esta foi a maior manifestação pelo clima na história da humanidade", destacou a revista.
Greta, segundo a Time, passou de uma militante solitária com um cartaz pintado com as mãos, para uma pessoa que levou alento aos habitantes de mais de 150 países, que foram às ruas em defesa do planeta.
"As mudanças significativas raramente ocorrem sem a força mobilizadora de indivíduos influentes e, em 2019, a crise existencial da Terra encontrou uma dessas pessoas em Greta Thunberg", diz a publicação.
Imagens dos protestos mundiais da Greve Global pelo Clima
Estudantes e jovens em cerca de 150 países saíram às ruas para pedir ações políticas concretas contra as mudanças climáticas.
Foto: Getty Images/D. Angerer
Protestos nos EUA
Manifestantes em frente ao Capitólio, a sede do Congresso dos EUA. Manifestações ocorreram em todos os 50 estados americanos. Os maiores atos foram registrados em Nova York, Los Angeles e São Francisco.
Foto: picture-alliance/dpa/K. Wolf
Protesto em Berlim reúne 270 mil
Na Alemanha, os organizadores estimaram que 1,4 milhão de pessoas participaram dos protestos – 270 mil apenas em Berlim, segundo a polícia local. Uma multidão se concentrou em volta do prédio do Reichstag, a sede do Parlamento alemão, e do Portão de Brandemburgo.
Foto: AFP/Getty Images/A. Schmidt
Protestos em cidades alemãs
Manifestações também foram registradas em Hamburgo. A polícia estimou que 70 mil pessoas participaram. Também foram registradas multidões com 20 mil pessoas em Munique, Münster e Freiburg. Na capital da Baviera, ativistas se apoiaram em blocos de gelo e enrolaram cordas no pescoço para simular que a mudança climática tem o efeito de uma forca sobre a humanidade.
Foto: Reuters/M. Dalder
Suecos pedem mais ação contra mudanças climáticas
Em Estocolmo, milhares de pessoas aderiram à greve. Vários exibiram cartazes e faixas com o lema da campanha lançada por Greta Thunberg na língua nativa da ativista: Skolstrejk för klimatet!".
Foto: Reuters/TT News Agency/S. Stjernkvist
Protestos na África
Manifestantes em Abuja, na Nigéria. Também foram registrados protestos na África do Sul, Quênia, Uganda e Ruanda.
Foto: DW/W. Abubakar Idris
Greve na Índia
O movimento também ganhou adesão na Índia, onde foram registrados protestos em Bombaim e Nova Déli.
Foto: Getty Images/AFP/I. Mukherjee
Protestos no Brasil
Jovens em manifestação no Rio de Janeiro. Também foram registrados protestos em São Paulo, Recife e Brasília. Vários manifestantes exibiram faixas e cartazes contra as políticas ambientais do governo do presidente Jair Bolsonaro e denunciando as queimadas da Amazônia.
Foto: picture-alliance/dpa/S. Izquierdo
Protestos no Reino Unido
A Greve Global pelo Clima também ganhou a adesão de estudantes da Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Manifestantes também saíram às ruas de Edimburgo e Belfast. Em Londres, os organizadores estimaram que 100 mil pessoas participaram.
Foto: picture-alliance/empics/J. Giddens
Greta em Nova York
As manifestações desta sexta-feira fazem parte de uma iniciativa lançada pela ativista sueca Greta Thunberg, de 16 anos, que sensibilizou jovens em todo o mundo desde que começou a fazer protestos solitários em frente ao Parlamento sueco com um cartaz que propunha uma greve escolar pelo clima. Hoje, Greta tomou parte na manifestação de Nova York, que reuniu xx mil pessoas.