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Greve da Lufthansa cancela 290 voos, incluindo um para o Rio

6 de novembro de 2015

Comissários de bordo iniciam nos aeroportos de Frankfurt e Düsseldorf aquela que pode ser a paralisação mais longa da história da companhia aérea alemã. Munique fica fora da greve até domingo.

Foto: picture-alliance/dpa/O. Spata

A companhia aérea alemã Lufthansa cancelou 290 voos nesta sexta-feira (06/11), após o sindicato dos comissários de bordo Ufo anunciar uma greve de oito dias em Frankfurt e Düsseldorf.

Até o início da tarde, o voo das 22h15 (hora local) de Frankfurt para o Rio de Janeiro havia sido cancelado, e o das 21h55 com destino a São Paulo estava previsto. Os voos para o Brasil operados pela TAM também estavam confirmados. O aeroporto de Munique não será afetado pela paralisação ao menos até domingo.

Confira aqui se seu voo está previsto ou foi cancelado.

Os 290 voos cancelados incluem ao menos 15 rotas de longa distância e correspondem a 10% dos 3 mil voos diários do Grupo Lufthansa. No entanto, o sindicato convocou para a greve apenas o pessoal de cabine da própria marca Lufthansa, que opera 18 mil voos por dia, e não de suas subsidiárias – Swiss, AUA, Germanwings e Eurowings.

A companhia aérea reservou 2,5 mil quartos de hotel em Frankfurt para acomodar passageiros cujos voos forem cancelados. A Lufthansa estima que 37,5 mil clientes serão afetados nos aeroportos de Frankfurt e Düsseldorf.

"Todos os passageiros da Lufthansa precisam estar preparados para que seus voos sejam cortados com pouco tempo de antecedência", disse o presidente do Ufo, Nicoley Baublies. "Anunciamos uma greve de oito dias, até a sexta-feira da semana que vem. Quantas exceções haverá nesse período dependerá do comportamento da Lufthansa."

Pouco depois do início da greve, às 14h, o sindicato dos comissários de bordo anunciou que a paralisação continuará neste sábado em Frankfurt e Düsseldorf, entre as 6h e as 23h. Para domingo, o Ufo convocou uma pausa na greve.

Se o sindicato realmente cumprir a paralisação de oito dias, ela será a mais longa da história da Lufthansa. Baubleis garantiu que o sindicato não pretende estender a greve para além da próxima sexta-feira. "Lamentamos essa ação, mas não vemos alternativa", disse.

A disputa entre sindicato e Lufthansa já dura dois anos, com aposentadorias precoces e a previdência complementar empresarial para os 19 mil comissários de bordo da companhia como principais pontos de discórdia.

O pessoal de cabine não é a única pedra no sapato da Lufthansa, que negocia com representantes de vários grupos. Devido à disputa tarifária com os pilotos, a Lufthansa enfrentou em setembro deste ano sua 13ª greve em 18 meses. A paralisação dos pilotos foi motivada pelos planos da companhia de modificar o sistema de aposentadoria antecipada.

Além disso, a companhia aérea pretende oferecer mais rotas através de suas subsidiárias low cost, estendendo os voos para trechos de longa distância. O projeto desagrada aos funcionários, pois os planos preveem que as equipes dessas subsidiárias recebam salários menores. Nesta segunda-feira, a subsidiária Eurowings inaugurou seus voos de longa distância.

LPF/dpa/rtr/afp

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