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Greve de pilotos leva Lufthansa a cancelar mais de 800 voos

2 de setembro de 2022

Paralisação afetou 130 mil passageiros. Sindicato exige 5,5% de aumento e salários reajustados à inflação. Exigências vêm em meio a escalada inflacionária na Alemanha e alta nos preços de energia e alimentação.

Passageiros aguardam no aeroporto de Munique em meio a greve de pilotos da Lufthansa
Após cancelamentos, Lufthansa indicou aos passageiros a possibilidade de remarcar as passagensFoto: Boris Roessler/picture alliance/dpa

Uma greve dos pilotos da Lufthansa levou a companhia aérea alemã a cancelar mais de 800 voos nesta sexta-feira (02/09), em suas principais bases de operação nos aeroportos de Frankfurt e Munique.

O sindicato alemão Vereinigung Cockpit (VC) convocou mais de 5 mil pilotos a participar de uma greve de 24 horas, após o fracasso da última rodada de negociações com a empresa.

A paralisação desta sexta-feira afetou 130 mil passageiros. A Lufthansa pediu aos passageiros que não compareçam aos aeroportos e deu como alternativa a possibilidade de remarcar as passagens ou de procurar outros meios de transporte.

Greves e falta de funcionários já haviam forçado várias companhias aéreas, inclusive a Lufthansa, a cancelar milhares de voos durante as férias de verão na Europa, nos últimos meses. As paralisações frustraram milhares de passageiros que estavam ávidos para viajar após um longo período de lockdowns em razão da pandemia de covid-19.

O VC exige um aumento salarial de 5,5%, além dos correspondentes ajustes à inflação e melhores condições para os pilotos em início de contrato.

A Lufthansa afirma que as exigências do sindicato aumentariam suas despesas em 40% – em torno de 900 milhões de euros (4,6 bilhões de reais) – nos próximos dois anos.

Greve em meio à crise

A companhia ofereceu um aumento de 900 euros no salário mensal em duas etapas, durante um período de 18 meses. Isso, segundo a empresa, resultaria em um aumento de 18% para os pilotos recém-contratados e de 5% para os que estão há mais tempo.

As exigências do VC também ocorrem em meio a um cenário de aumento nos preços de energia e alimentação, com a inflação alemã atingindo o nível mais alto em 50 anos no mês de agosto.

Muitos se queixam de que os pilotos, uma categoria tradicionalmente bem remunerada no país, não sentem o mesmo impacto da crise econômica e da inflação da mesma forma que o restante da população.

No mês passado, a Lufthansa chegou a um acordo salarial com os aeroviários – os funcionários em terra – para impedir novas greves após uma paralisação que levou ao cancelamento de mais de mil voos.

Pilotos da Eurowings também ameaçam entrar em greve em caso de fracasso nas negociações com a companhia, que estão marcadas para a próxima semana.

Outras subsidiárias da Lufthansa, como a Swiss, Brussels e Austrian, não foram afetadas pelas paralisações.

rc (Reuters, DPA)

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